É evidente que uma semana dedicada aos one hit wonders da histórica do Oscar não poderia deixar de terminar com ele: the one, the only, Cuba Gooding Jr!

Cuba Gooding Jr.
Verdade seja dita: em 1997, Cuba vinha numa crescente em sua carreira. Tinha feito bons papéis secundários e desempenhava bem o papel do negão gente boa, do qual todo mundo gosta. Sua escolha para co-estrelar Jerry Maguire ao lado de Tom Cruise foi quase natural; ele era, de fato, a melhor opção para o papel.
O problema era a concorrência. Para o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante daquele ano, concorriam, ninguém mais, ninguém menos, do que: o excelente Edward Norton (As duas faces de um crime); a lenda Armin Mueller-Stahl (Shine); o grande James Wood (Fantasmas do passado); e o impecável William H. Macy (Fargo).
De todos, Macy era o que mais merecia por seu desempenho soberbo como gerente de uma revenda de automóveis da pacata cidade que dá nome ao filme dos irmãos Coen. Se, ainda assim, a Academia preferisse manter o preconceito que sempre teve contra os filmes deles, poderia sortear para cima qualquer um dos outros três; o prêmio cairia em boas mãos fosse quem fosse o escolhido.
No entanto, provavelmente devido ao fato de Jerry Maguire ser a única produção daquele ano promovida por um grande estúdio a concorrer a Melhor Filme (os demais eram considerados “independentes”), a Academia resolveu dar uma espécie de prêmio de consolação ao filme. Melhor para Cuba, que desbancou quatro magníficos atores e foi ao palco emocionado berrar que amava todo mundo:
Depois disso, contudo, Cuba foi tomado pela “Maldição do Oscar” e nunca mais fez um papel decente na vida. E, claro, nunca mais foi lembrado para um Oscar, qualquer Oscar.
Life is kinda hard all around, you know…