Aviso aos navegantes

Pois é, meus caros.

Passada a Quarta-Feira de Cinzas, chegamos à Quadragésima, que se encerrará no próximo Domingo de Páscoa.

Atento às suas raízes católicas, o Blog fará o seu tradicional recesso quaresmal, período em que espera contar com a vossa boa vontade para não abandonar definitivamente este espaço.

Com a certeza de contar com a paciência e a compreensão do meu leitor amigo, despeço-me momentaneamente pelos próximos quarenta dias.

Espero sinceramente rever-vos em breve.

Cordialmente,

O Autor

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Trilha sonora do momento

Normalmente eu utilizaria hoje uma música do Los Hermanos para manter a tradição.

Mas, para não deixar passar em branco a data, vamos de Mestre Caetano mesmo…

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Pensamento do dia

Eu sempre pensei que o ar era de graça, até o dia em que comprei um saco de batata chips.

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Recordar é viver: “A ‘verdade’ sobre João 8:32”

Chegando enfim à tão antecipada Quaresma (embora a maioria só queira curtir a folia carnavalesca), vamos aproveitar o mote da divulgação do cartão de vacinação de Jair Bolsonaro, mostrando – “ora ora que surpresa mas quem poderia imaginar” – que o ex-presidente de fato tomou vacina contra Covid, para relembrar um dos seus principais motes: “E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará”.

Até para que você, leitor amigo, não caia na esparrela de ficar espalhando essa inverdade por aí.

Tanto em um sentido quanto no outro…

A “verdade” sobre João 8:32

Publicado originalmente em 18.12.19

Chegando ao final de mais um ano aqui no Dando a cara a tapa, vamos recorrer a uma das seções mais incompreendidas deste espaço: a sempre vilipendiada Religião. Mas, para sair do encanto fácil de falar algo batido sobre o Natal ou o nascimento de Jesus, iremos analisar um tema do momento: o agora famoso capítulo 8, versículo 32, do Evangelho segundo João.

Como todo mundo sabe, o Evangelho de João compõe, ao lado de Mateus, Marcos e Lucas, os evangelhos canônicos, o que popularmente todos nós conhecemos como “Novo Testamento”. Em “substituição” ao Antigo Testamento, celebrado por Deus diretamente com o povo judaico, o Novo Testamento restabelece as bases da relação do homem com o divino. Se antes o, digamos, “objetivo” era que os judeus rejeitassem qualquer outro culto e admitissem Jeová como o seu único Deus, agora a “Nova Aliança” proposta por Jesus destina-se a salvar a humanidade amaldiçoada pelo pecado através do arrependimento sincero e do amor a Deus. Não por acaso, o “Deus” do Antigo Testamento é inteiramente “diferente” do do Novo: o anterior era vingativo, inclemente, quase rancoroso; o seu sucessor é amoroso, piedoso, um poço de compaixão.

Dos quatro evangelhos canônicos, João é disparado o mais místico e espiritual de todos eles. Seu começo deixa logo isso claro a qualquer um:

“1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.

Evidentemente, “verbo” não está aí na sua acepção comum, terrena, de uma palavra que indica uma ação ou alguma mudança de estado. Ao dizer que “no princípio era o Verbo”, o evangelista está a explicar que Deus é eterno; estava no começo de todas as coisas, e todas as coisas só são por sua causa. A segunda parte é autoexplicativa: a palavra de Deus é Deus e ponto, não se podendo estabelecer qualquer espécie de dissociação entre um e outro. Deve-se destacar que esse tipo de abordagem é exclusiva; nenhum dos outros três evangelistas estabelece esse tipo de relação entre Deus (ou Jesus) e a sua palavra.

Dito isto, a leitura de todo o Evangelho de João deve ser feita tendo isso em mente: trata-se do evangelho mais “metafórico” do Novo Testamento. Nada, portanto, pode ser lido “literalmente”, senão depois de um profundo estudo do que verdadeiramente representa cada palavra.

Pois bem. Qual o “problema” com João 8:32?

O capítulo oitavo do Evangelho de João contém um longo debate entre Jesus e os fariseus, ocorrido durante a Festa dos Tabernáculos, que celebra a colheita no calendário judaico. Continuando a discussão que começara no capítulo anterior, os fariseus continuam a tentar pegar Jesus no contrapé. A idéia, como parece óbvio, era desacreditar Jesus como filho de Deus ou mesmo seu profeta, qualificando-o como sacrílego.

Na primeira batida, os fariseus confrontam Jesus com a mulher flagrada em adultério. Como a Lei de Moisés ordenava que se lhe apedrejasse até a morte, perguntam então o que fazer com ela. Jesus tira de letra o desafio: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” (João 8:7). Uma vez que não houvesse ninguém na multidão que preenchesse esse requisito, a mulher se salva. Jesus então pergunta: “Ninguém a condenou?”. “Ninguém, Senhor”, responde ela. E então Jesus sentencia: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado” (João 8: 10-11).

A segunda parada diz respeito à natureza divina de Jesus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12). Ao que os fariseus replicam: “Você está testemunhando a respeito de si próprio. O seu testemunho não é válido!” (João 8:13). E mais uma vez Jesus deixa os fariseus com a brocha na mão: “Ainda que eu mesmo testemunhe em meu favor, o meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou. Mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou” (João 8:14).

Finalmente, chegamos à terceira confrontação entre os fariseus e Jesus. Jesus diz: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos” (João 8:31), para então completar: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32).

Aturdidos, os fariseus contestam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?” (João 8:33). E Jesus responde com paciência divina: “Digo a vocês a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” (João 8:34). E conclui: “Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres” (João 8:36).

Dessa forma, pode-se verificar que, quando Jesus faz referência a “verdade” no versículo 32, não está se referindo exatamente ao vocábulo “verdade”, mas, sim, a Ele mesmo. Jesus éverdade. Por isso, quando os pecadores enfim o reconhecerem como tal, a “Verdade” – ou seja, “Jesus” – os libertará. E só assim eles serão “de fato livres”.

O erro, portanto, do Presidente Jair Bolsonaro – e de tantos outros que o seguem – é o de fazer uma leitura rasa e desatenta do texto bíblico, ignorando que o vocábulo “verdade” não se encontra aqui no seu uso regular, mas, sim, como “sinônimo” do próprio Jesus. O dito bíblico, em resumo, nada tem a ver com tentar ensinar o crente a não mentir, mas, sim, em mostrar que Jesus é a única salvação do indivíduo. Afinal, como diz João em outra passagem de seu Evangelho, Ele é “o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

Boa reflexão a todos.

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Trilha sonora do momento

Enfim ele chegou…

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Pensamento do dia

As pessoas não ficam mais fáceis no carnaval. Elas ficam mais objetivas.

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Oscar 2023

É isso aí, meus caros.

Após um ano de ausência por conta do recesso quaresmal, neste ano voltaremos com nosso tradicional Palpitão do Oscar.

Eu sei, eu sei, já quase ninguém liga mais para o prêmio, que dirá assistir à enfadonha cerimônia de premiação, cujos índices de audiência têm deixado os produtores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood de cabelo em pé, tal é o desinteresse do público. Mesmo assim, até por falta de opção, a estatueta dourada continua sendo o prêmio mais cobiçado por quem trabalha fazendo e produzindo filmes.

Os últimos anos têm sido bastante avaros no que toca à qualidade do material apresentado nas telas de cinema, é verdade. Talvez o melhor exemplo disso seja o Oscar do ano passado, que ficou marcado pelo bizarro incidente do tapa de Will Smith em Chris Rock, sem que ninguém sequer se lembre da película vencedora do prêmio de Melhor Filme (o bisonho Coda). Pior que isso, só imaginar que um filme sub-Sessão da Tarde como o insosso Green Book tenha vencido dois anos antes a principal estatueta em disputa.

O ano passado, infelizmente, não fugiu à regra. Somente isso explica que filmes como Top Gun: Maverick e Avatar: O caminho das águas estejam concorrendo a Melhor Filme. Não que sejam filmes horrorosos, que fique claro. Mas, quando se trata de colocar a película lado a lado – na condição de vencedores da principal categoria – de verdadeiros ícones do cinema como E o vento levou… e O Poderoso Chefão, convenhamos, espera-se algo mais do que puro entretenimento da experiência cinematográfica.

Seja como for, o fato é que esses são os filmes disponíveis na prateleira e – salvo as honrosas exceções de praxe – com isso que temos de nos virar, vamos ao Bolão do Dando a cara a tapa para o Oscar de 2023:

1 – Melhor ator: Barbada das barbadas. O irreconhecível Brendan Fraser oferece o combo “boa atuação + transformação física” para faturar um improvável Oscar, considerando seu histórico como ator.

2 – Melhor atriz: Cate Blanchett já foi considerada mais barbada nessa categoria. No entanto, com a subida de Tudo em todo lugar ao mesmo tempo no lobby de bastidores da Academia, Michelle Yeoh ameaça seriamente a favorita. De minha parte, acho que nem isso conseguirá tirar a terceira estatueta da atriz australiana, mas vai saber…

3 – Melhor atriz coadjuvante: Aqui provavelmente teremos o prêmio de consolação para o absolutamente dispensável Pantera Negra: Wakanda Forever. Angela Basset deve levar pra casa uma estatueta dourada para chamar de sua.

4 – Melhor ator coadjuvante: Aqui temos outra barbada. Depois de estourar como ator-mirim e estrelar (coadjuvando, é verdade) filmes do naipe de um Goonies ou de um Indiana Jones e o Templo da Perdição, Ken Huy Quan praticamente despontou para o anonimato e desapareceu por completo do cenário cinematográfico. Com Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, Ken Quan faz seu regresso triunfal à telona e é pule de dez para o prêmio de melhor ator coadjuvante.

5 – Melhor filme de animação: Sem discussão. Pinóquio de Guillermo del Toro deve levar pra casa o prêmio na categoria, com muita justiça e os dois pés nas costas.

6 – Melhor Fotografia: Especialistas consideram Bardo como favorito em Fotografia. Para ser do contra, cravo que o prêmio irá para Nada de novo no front, já que a Academia adora premiar filmes de guerra nessa categoria.

7 – Melhor montagem: Filme do Tom Cruise que é filme do Tom Cruise não pode deixar de concorrer nessa categoria. Nesse caso, creio que com justiça o “filme-pipoca” levará a estatueta pra casa.

8 – Melhores efeitos especiais: Pra não dizerem que a maior bilheteria do ano voltou pra casa de mãos abanando, darão a James Cameron mais uma estatueta de efeitos especiais para o fraquíssimo Avatar 2. E dê-se por satisfeito.

9 – Melhor som: Como a Academia finalmente acabou com a divisão entre Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som (um doce pra quem entender a diferença), a coisa ficou menos técnica e um tanto mais óbvia. Embora haja gente disposta a apostar em Elvis, acho que Maverick abocanha aqui mais uma estatueta dourada para sua coleção.

10 – Melhor Roteiro Original:  Os Fabelmans corre por fora, mas acho difícil tirar o prêmio de Tudo em todo lugar ao mesmo tempo.

11 – Melhor Roteiro Adaptado: Os entendidos cravam que Glass Onion leva o prêmio nessa categoria, mas novamente acho que o fator “dramalhão de guerra” acabará pesando no final, o que leverá o prêmio para Nada de novo no front.

12 – Melhor figurinoElvis é aqui o claro favorito da categoria, com Pantera Negra correndo por fora.

13 – Melhor maquiagem: Mais uma vez Pantera Negra aqui corre por fora, mas o prêmio deve ir – com justiça – para A baleia de Brenda Fraser.

14 – Melhor canção: Após ter sido caronada injustamente algumas vezes, Lady Gaga quebrou o gelo com a Academia vencendo o prêmio de melhor canção com Shallow. Agora, deve repetir a dose com Hold my hand, de Maverick.

15 – Melhor Direção: Parece piada, mas a última vez em que Steven Spielberg ganhou um Oscar por Melhor Direção foi no milênio passado (1998, com O resgate do Soldado Ryan). Na próxima cerimônia, a Academia deve enfim render ao diretor sua merecida terceira estatueta, colocando-o ao lado de Frank Capra (Aconteceu naquela noite) e William Wyler (Ben Hur).

16 – Melhor filme estrangeiro: Todo mundo aqui crava Nada de novo no front como vencedor da estatueta. Se isso acontecer, será mais uma vergonha histórica na longa lista de bizarrices da Academia de Hollywood, que deveria premiar – e espero que de fato premie – o magnífico Argentina, 1985.

17 – Melhor filme: Aqui teremos uma parada verdadeiramente encarniçada. Descontando-se os filmes que foram colocados no rol apenas para fazer figuração (como Maverick, por exemplo), teríamos basicamente uma disputa entre Tudo ao mesmo tempo em todo lugar e Os Fabelmans, com Spielberg e seu carisma. No entanto, como o lobby da Netflix tem se intensificado nos últimos anos, eu não descartaria que o serviço de streaming enfim levasse um Oscar pra casa. Mesmo assim, Tudo ao mesmo tempo em todo lugar deve fazer uma reprise de O Parasita em 2020 e ganhar o prêmio máximo da noite.

A sorte, pois, está lançada. Na próxima semana saberemos a quantas anda a bola de cristal hollywoodiana deste que vos escreve.

Quem viver, verá.

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Trilha sonora do momento

Tem horas que só João Gilberto salva.

Porque eu vou te contar…

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Pensamento do dia

Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer.

By Barão de Itararé

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Crônicas do cotidiano: Projetando o futuro

Houve uma época em que fazer intercâmbio no exterior era sinal de status. A escassez dos voos para o exterior, o preço absolutamente proibitivo das passagens e uma moeda pra lá de desvalorizada limitavam o mimo às classes mais abastadas. Não que hoje as passagens sejam baratas ou o dólar acima de R$ 5 esteja em um nível convidativo, mas há de se reconhecer que as classes médias um pouco mais remediadas conseguem enviar seus filhos para estudar fora com menos sofrimento do que era há trinta ou quarenta anos.

O fato, no entanto, é que os intercâmbios para imersão linguística perderam muito da sua atratividade com a modernidade pós-internet. Atualmente, há uma gama praticamente infinita de possibilidades para aprender-se o inglês, por exemplo, escolha de 9 em cada 10 famílias: YouTube, professores nativos online, séries e mais séries na TV, streaming infinito e por aí vai. Mandando o papo reto: hoje, só não aprende inglês quem não quer; quem quer, basta dedicar meia horinha por dia que já não passará fome nas terras do Tio Sam. Maria Fernanda, contudo, insistia em ir pessoalmente ver de que material os gringos eram feitos.

Desde a escolha até a a data da viagem, a maior parte da família passou a operar em um esquema de bipolaridade. Havia dias em que a euforia tomava conta de todo mundo (“Você tá vendo?!? A Maria Fernanda vai pros Estados Unidos sozinha! Não tá uma moça?!?”) e havia dias em que batia o banzo geral (“Como é que vai ser a Maria Fernanda sozinha nos Estados Unidos?!? Ela é só uma moça, meu Deus do Céu!”). Conhecendo bem a família, Maria Fernanda tratou logo de deixar tudo contratado, assinado e – mais importante – pago, para que nenhuma desses episódios ocasionais de depressão coletiva pudesse fazer com que seus pais desistissem da empreitada.

E assim os dias foram se passando, com maior ou menor ansiedade, com pequenas ou grandes tristezas, até que chegou o bendito dia da viagem. No aeroporto, as cenas tradicionais de despedida: mãe e avó de óculos escuros para disfarçar as lágrimas, amigos se despedindo aos abraços e pai em silêncio, para não denunciar com palavras a sua apreensão.

O resto da família estava todo na mesma vibe, mas ali no canto, mantendo-se isolado dos grupos que se abraçavam como forma de consolo, uma exceção se apresentava em forma de desleixo. Um tio da moça assistia a tudo impávido, como se nada estivesse acontecendo. Se a aparente indiferença não bastasse, o sujeito – com seu jeito bruto de ser – ainda se meteu a censurar o choro alheio:

“Cês tão chorando por mói de quê, mesmo? A Maria Fernanda vai viajar, não vai morrer, não! Vocês parecem é que estão agourando a viagem da menina! Nam!”

Mãe e avó replicaram praticamente em uníssono:

“Mas como assim?!? É normal a gente ficar com saudade! Ninguém está torcendo contra a viagem, não!”

“Ah, é?!? Pois não parece!”, cortou rispidamente o tio insensível.

Ao observar a cena, uma tia de Maria Fernanda resolveu sair em defesa do choro alheio. Repreendendo o tio chato, resolveu bater abaixo da linha da cintura:

“Vem cá: tu não tem uma filha, não? Imagina só se um dia ela resolver fazer intercâmbio. Quero ver se você não ficar chorando na despedida dela no aeroporto, com saudade dela!”

“Eu não me preocupo sequer um segundo com essa possibilidade, porque isso nunca vai acontecer”, respondeu calmamente o insensível de coração.

“Como não?!? Quem garante que a tua filha não vai querer fazer intercâmbio quando chegar na adolescência?!?”, replicou em espanto a tia.

“Ela pode querer fazer intercâmbio, mas isso não será problema”, continuou o tio chato. “Se isso vier a acontecer, eu vou junto com ela. Simples assim”.

E foi assim que a família de Maria Fernanda descobriu que, mesmo em momentos de adversidade, é possível projetar o futuro…

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