Escrevo este post sabendo que, se algum adepto da música clássica baixar por aqui, vou apanhar à beça. De todo modo, já que a ordem deste espaço é dar a cara a tapa, vou atravessar a linha do desconhecido. Dentre todos os grandes compositores da música clássica, nenhum foi mais genial do que Ludwig van Beethoven.
“Ah, mas e Mozart?”
Bem, discutir Mozart e Beethoven é quase como discutir Beatles e Rolling Stones. Quem gosta de um não aceita (ou não gosta de admitir) a genialidade do outro.
Contra Beethoven, pesa o fato de ter produzido uma quantidade de músicas bem menor do que Mozart. Mas onde os outros vêem vantagem do austríaco, eu vejo superioridade do alemão.
Mozart compunha sinfonias em questão de minutos, é fato. Aliás, grande parte de sua genialidade é atribuída a isso: à capacidade de escrever música em profusão quase infinita, com uma assombrosa rapidez. E – também não há como negar – suas composições eram de excelente qualidade.
Beethoven não. Demorava-se sobre suas partituras. Escrevia vagarosamente suas sinfonias, de tal modo que, mesmo vivendo 20 anos a mais do que Mozart (morreu com 56, enquanto Mozart morreu com 35), escreveu apenas 9 sinfonias, enquanto Mozart compôs mais de 40. Isso para não falar das sonatas e das suítes musicais.
Mesmo assim, é justamente nesse vagar que talvez residisse a superioridade de Beethoven sobre Mozart. Enquanto Mozart compunha freneticamente, como se quisesse sempre ter algo novo a apresentar, independentemente de ser a melhor coisa que poderia fazer, Beethoven ia e vinha nas suas partituras, analisava minuciosamente cada nota, e só lançava ao público quando estava certo de que aquela era a melhor versão possível da composição. Seu raciocínio era o seguinte: a menos que a partitura trouxesse algo surpreendente e genuinamente revolucionário, não valeria a pena tocá-la em público. Em termos atuais, Mozart era meio “Robert”; Beethoven, “para cada mergulho, um flash”.
Na verdade, a despeito da produção em massa, a música de Mozart torna-se um tanto comum após se ouvirem diversas obras. Isso, aliás, é confirmado à boca pequena por especialistas. É como um segredo de polichinelo da música clássica: Mozart é um gênio, mas sua música é aborrecida.
Em que pese a genialidade, Beethoven eram meio recalcado. Melhor explicando: Beethoven era muito traumatizado pelo fato de ter nascido pobre. Por muito tempo valeu-se de seu “va” para atribuir a si mesmo fumos de fidalgo. Caiu em desgraça quando se revelou que não passava de um sujeito da malta, sem qualquer origem aristocrática. Talvez por isso, tenha se dedicado cada vez mais a alcançar o estrelato por meio de sua música.
Quanto ao público em geral, Beethoven sofre do mesmo mal do Pink Floyd. Para boa parte da população mundial, o grupo inglês é limitado a Another Brick in the Wall – part II. Já Beethoven não passa do primeiro movimento de sua 5a. sinfonia (o famoso tan-tan-tan-taaaaannn). É uma pena. Pois há muito mais para se conhecer do gênio alemão.
Pra começar, mesmo da 5a. sinfonia o primeiro movimento não é o melhor. O segundo também é excelente, e o quarto, a despeito de ser o menos entusiástico, ainda assim é superior à média. Mas nenhum deles alcança a grandiosidade do terceiro movimento. Abaixo, uma palhinha na magistral interpretação de Arturo Toscanini:
Já com alguma fama nas costas, Beethoven resolveu dedicar uma de suas composições a outro gênio (político) da época: Napoleão Bonaparte. Sua terceira sinfonia, que ganhou o epíteto de Eroica, é também uma de suas mais conhecidas. Ao saber que Napoleão se auto-proclamara imperador na França, Beethoven riscou toda a partitura. Imagine você o desgosto dele ao saber que a composição feita para quem representava o triunfo da democracia sobre o absolutismo tinha virado a casaca. Abaixo, um trechinho da Filarmônica de Berlim sob a regência de Claudio Abbado:
Fora das sinfonias, uma de suas composições mais conhecidas é Fur Elise, canção preferida de 11 em cada 10 serviços de atendimento que mandam você aguardar enquanto a atendente “verifica o sistema”:
Já no final da vida, Beethoven passou a sofrer cada vez mais com a surdez, algo que já o acompanhava desde os 30 e poucos anos. Ao contrário do que muita gente diz, ele não ficou completamente surdo. Apenas seu espectro de audição ficou imensamente reduzido. Ele só conseguia ouvir notas muito altas ou muito graves. Talvez por isso mesmo, sua 9a. sinfonia é tão, digamos, “extremosa”.
Aliás, foi na 9a. sinfonia que Beethoven deu sua última contribuição à revolução musical. Pela primeira vez, um movimento sinfônico seria acompanhado por um coral. Baseando-se num poema de Friedrich Schiller, “Ode à Alegria” seria o final glorioso de sua última sinfonia. Abaixo, vai o quarto movimento, na magistral interpetação de von Karajan, como convite a conhecer um pouco mais esse gênio da música clássica:
Argumentos precisos e não apanhou à beça kkk. Tenho a mesma opinião, ou melhor, mesma preferência, embora Mozart tenha sido de fato um grande gênio musical.
Ainda bem, né, Victor? hehehe Abraços.
São os dois, grandes compositores, embora eu prefira a musica de Mozart. Dizer qual foi o melhor , é uma questão de gosto pessoal.
De fato, é uma questão de gosto pessoal, Morfeu. Mas, pessoalmente, não vejo como a musicalidade “quase compulsiva” de Mozart não acabe redundando em uma certa forma de banalização do próprio talento. Enfim, é uma discussão daquelas “Beatles x Rolling Stones”, e dificilmente chegaremos a um consenso em qualquer tempo. Um abraço.
Vamos resolver essa questão O MAIOR DE TODOS FOI JSB. Isso sim nao se discute, pois ele começou tudo e o que existe de harmonia hj temos que agradecer esse genio alemão.
Abds
Isso é muito discutível, Eduardo. “Só” porque Bach inventou o sistema temperado não o torna o maior compositor de todos os tempos. Se levarmos isso ao extremo, poderíamos dizer que o maior compositor de todos os tempos seria quem inventou o piano ou o violino. De fato, a divisão do intervalo de uma oitava em doze semi-tons iguais foi uma grande revolução – senão a maior – na história da música clássica. Mesmo assim, acredito que Beethoven – utilizando-se da base desenvolvida por Bach – conseguiu produzir peças de ainda maior qualidade. Mas, como tinha dito antes, discutir quem é o melhor nesse campo é sempre uma questão de idiossincrasia. Cada um vai ter o seu compositor preferido. Eu, modestamente, continuo com Beethoven. Um abraço.
“Algumas obras de Beethoven tocam o céu,mais Mozart veio de lá”
Mais??? Não seria ” mas “??? Pow cara… Putz!
Um homem que compõe o primeiro concerto aos 4 anos, uma sinfonia aos 7 e uma ópera completa aos 12; filho, você tem que parar pra ouvir! Isso não é normal! Este é Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart! Depois de ter lidos diversos livros e conhecer as obras de ambos, sem dúvidas Mozart é o maior. Beethoven interpretou na orquestra da corte de Bonn as óperas de Mozart e viajou para Viena em 1787 para estudar com ele, fora tantos outros detalhes que nem caberiam aqui. (P.S: Não concordo que as músicas de Mozart sejam “aborrecidas”. E falando em Beatles e Rolling Stones, apesar de gostar de ambas tbm, não vejo genialidade nenhuma nos Stones, já nos Beatles…)
Que Mozart é um gênio, ninguém duvida, Omar. O que está em jogo não é a genialidade dos dois, mas a qualidade da música que ambos produziram. De fato, não ignoro que esta seja uma questão polêmica, justamente por ser uma questão de idiossincrasia. O fato de você não enxergar genialidade nenhuma nos Stones é prova disso, quando quase todo mundo. Continuo acreditando, modestamente, que a música de Beethoven é superior à de Mozart. Um abraço.
Obrigado pela resposta, agradeço pela atenção. Bom, respeitando a opinião de todos, no fundo, o que vale é que a boa música toca a todos. Gostei do blog. Ótima semana!
Omar King, verdade seja dita, Mozart foi um virtuose na execução de instrumentos musicais, mormente o piano, nessa idade a que vc se refere. As primeira composições dele foi bem depois dessas idades, e nem fez tanto sucesso assim. Suas primeiras peças de sucesso foi depois dos 17, 18 anos, Há muita mistificação nessa história. A propósito, a verdadeira história, hoje, mostra que o filme AMADEUS – que mostra o Mozart criança, como virtuose, TOCANDO PIANO E NÃO COMPONDO – cometeu uma série de inverdades, como, por exemplo, o menosprezo pelo italiano Salieri. Ora, Salieri foi um grande e talentoso compositor, que, inclusive, na época, fez mais sucesso do que Mozart, em Paris, os os dois se apresentaram. Portanto, há um certo exagero sopbre essa infância de Mozart.
Caro Armando, citar a produção cinematográfica Amadeus é fora de propósito, pois a finalidade do mesmo teria sido criar um espetáculo, sensacionalizar,…. e não, como se sabe, trazer a história para a tela. Abs!
Amigo, Omar, menos, menos! Na verdade, Mozart compôs bem mair tarde, por volta dos 12, 13 anos, e não obteve tanto sucesso assim. Essa idade a que você se refere (4 anos) diz respeito a seu virtuosismo na arte de tocar piano, de fato um talento muito precoce. Mas, tem termos de compor, foi bem mais tarde. A propósito, o filme AMADEUS – que é eivado de uma série de inverdades~ mostra o Mozart virtuose TOCANDO PIANO E NÃO COMPONDO. É só uma observação..
Pois é. Mas muita gente acreditou naquela baboseira toda. Muitos mozartianos enchem a boca prá se referirem ao filme Amadeus. Santa ingenuidade!
Concordo com voce em gênero número e grau. Stones tem uma musiquinha ou outra. Querer compara com Beatles é muito pretensão. Voce tem razão em tudo que disse. Beethoven se apresentou a Mozart, para que ele avaliasse seu trabalho ou seja pedindo a aprovação de Mozart. Não existiu e nunca vai existir alguém maior que Mozart. Se Beethoven tem 5 músicas de alta qualidade, Mozart tem 20. Se Beethoven tem 2 sinfonias que o consagraram, Mozart tem 10, fora as óperas, os solos, e mais uma infinidade de outras composições maravilhosas. Se ele era rapidíssimo em escrever músicas, sim era e isso não é motivo para se dizer que sua música era aborrecida ou banal, visto que até hoje ninguém encontrou uma única nota musical errada e fora do contexto proposto e diga-se de passagem que ele nem corrigia o que pautava. Qi elevadíssimo. Sem dúvidas MOZART.
Johann Sebastian Bach, com todo o respeito, sobra na tríade, em quantidade e QUALIDADE. Bach tb compunha sem revisar as peças: suas 224 Cantatas, que se salvaram, jamais eram revisadas, pq ele não tinha tempo prá isso. E compôs muitas OBRAS-PRIMAS, que são cantadas e tocadas hoje, por todo o planeta. Na verdade, a Música de Bach, sendo POLIFÔNICA, na sua composição, tem um nível de complexidade (e beleza) acima de todas as outras músicas. E essa é uma das razões pela qual, na minha opinião, não pode ser comparada às outras. O nível de suas composições, com todo o respeito pelos outros Grandes Mestres, está alguns degraus acima ….e impacta aqueles que, de fato, tem sensibilidade musical apurada. Depois que vc ouve as Músicas de Bach, vc não é mais mesmo, para o bem ou para o mal.
Bom, acredito que seja delicado e talvez até perigoso comparar os dois estilos. Cada compositor possui a sua genialidade própria, fruto de um repertório cultural particular e outros diversos fatores. Tecnicamente a música de Beethoven pode estar a frente da de Mozart, decorrência da evolução trazida por seu senso visionário, porém isso não tira os méritos da genialidade de Mozart. São genialidades diferentes, únicas e inquestionáveis. Mozart foi gênio na sua espontaneidade e prodigiosidade, Beethoven foi gênio nas inovações e na tradução de todo seu sentimento. É óbvio que a música produzida por ambos é de extrema qualidade e refinamento, assim como a de Bach fora e a de Brahms e Debussy se revelariam. Optar por gostar mais de um ou outro vai de cada ouvinte. Seja qual for a escolha, terá sido de ótimo gosto.
Grande abraço!
Os dois pra mim são igualmente gênios,cada um com sua particularidade,porém o que mais me agrada são as obras de Beethoven.
Eu sou como você, Davi. Não é que eu desgoste as composições de Mozart, mas, de fato, as de Beethoven realmente me tocam mais na alma. Um abraço.
BEETHOVEN não tem igual é exemplo puro de superação, enfrentou o destino como ninguém vendo a morte bater à sua porta desde muito pequeno. Pobreza, solidão, rejeições amorosas, mortes, orfandade, surdez e outras doenças, tudo isso jamais inutilizaram a inspiração do arrojado Mestre de Bonn. Se por na balança as adversidade de Beethoven inversamente proporcional as proteções imperiais, as benesses saudáveis de Mozart o mestre LUDWIG VAN BEETHOVEN se destacava em muito, Mozart era gênio do improviso, do entretenimento momentâneo, Ludwig era gênio no ineditismo, da obra eterna, enquanto Mozart compunha 10 sinfonias, Beethoven preferia compor uma só com o zelo e tamanha qualidade que superaria as 10 do mestre Austríaco. A título de exemplo quando se fala em Nona Sinfonia e Quinta Sinfonia que quase todos os grandes compositores criaram, pergunto: a quem é associado?
Concordo em gênero, número e grau, Benedito. Um abraço.
Benedito, nunca li tanta besteira na minha vida. O que tem a vida particular do homem a ver com a genialidade de composições. Pelo contrário Beethoven tinha toda a aceitação dos aristocratas da época e da igreja. Era muito famoso como hoje um Frank Sinatra, enquanto Mozart era rejeitado por todos. Prova disso é que Beethoven teve um enterro de alto requinte enquanto Mozart foi enterrado numa cova rasa e comunitária, sem ninguém pra despedir-se dele. Mozart tem 60 sinfonias e muitas de muito sucesso, mas talvez voce não conheça. Amigo, vai estudar um pouco mais.
Sou leigo em música, comecei a aprender teclado, estudei por 2 anos, depois parei. E sabe por que esse pobre mortal, acostumado a ouvir MPB, Saint-Preux e samba de raiz, comecou a aprender música? Graças a ele ……, JOHANN SEBASTIAN BACH, depois de comprar, como curiosidade, e ouvir a singela coletânea “Best Bach 100”. Eu, que, até então, só ouvira, de vez em quanto, músicas de Beethoven, Mozart e outros, fiquei tão maravilhado.com as músicas daquela coletânea que resolvi estudar música, prá tentar tocá-las. Bach tocou fundo minha sensibilidade musical de leigo. Por isso, me desculpem, mas “O Pai da Harmonia” é, sem dúvida alguma, o maior gênio da música ocidental. Dia desses, estava analisando, é incrível como as mais de mil peças musicais de Bach são todas diferentes umas das outras. Não se percebe uma única música igual à outra. É como os genes das pessoas: cada uma tem o seu gene próprio. Isso mostra toda a grandiosa genialidade de Johann Sebastian Bach. Sem falar nas tecituras das notas musicais, dos tons, a enorme criatividade que há em suas músicas, os floreios perfeitamente harmônicos. Isso qualquer leigo que tenha sensibilidade musical percebe ….. e sente profundamente.
Bach é, sem dúvida, o precursor de toda a grande música clássica que chegou aos nossos tempos, Josbach. No entanto, continuo acreditado que Beethoven foi quem pegou, digamos, a “arquitetura” idealizada por ele e elevou-a à categoria de obra de arte inigualável. Mas isso vai muito da opinião de cada um. Um abraço.
Todos são maravilhosos, mas JOHANN SEBASTIAN BACH é inigualável, na minha opinião. AMO!!!!
mozart foi o primeiro que queria aparecer tanto quanto ou mais do que a sua propria musica, algo relacionado com a sua grande imagem de “star” mas claro, utilizando-a como instrumento para ascenção social, já beethoven dedicou-se inteiramente á música, dá para ver que estava mais preocupado em fazer música para a posteridade e quem sabe melhorar de vida, pois nós que nascemos pobres sabemos que o que importa é fazer, o reconhecimento muitas vezes não o vemos nem mesmo nesta vida, talvez por isso entre os dois diriamos que Beethoven teve uma vida um pouco mais honrosa e digna que a vida caprichosa de Mozart, mas são os dois maiores músicos da história da humanidade, imagine o que fariam nos dias de hoje com toda a tecnologia que foi empregada no mundo da música.
Pois é, Gabriel, que bom seria se ambos estivessem vivos e ainda produzindo. Pelo menos não estaríamos condenados a ficar ouvindo “lepo-lepo” e outras tosqueiras do gênero. Um abraço.
Gabriel, desculpe,mas podem ser os dois mais famosos e divulgados. Todavia, NA MINHA OPINIÃO, não superaram Bach, em genialidade, apesar de serem, também, gênios, em muitas de suas composições, não em todas. Bach foi gênio em quase todas as suas 1096 peças, que correspondem, acredite, a 70% do que ele compôs. Um monstro! .
Não resta a menor dúvida que foi Beethoven foi o maior revolucionário da música, colocando-a num pedestal jamais alcançado antes ou depois. Apesar de todo o sofrimento que viveu e as decepções que enfrentou, soube transformar tudo em obra prima de grande inspiração. Indiscutivelmente, a maior glória do talento, da força criadora e do mais profundo sentimentalismo. Beethoven, escreveu sua obra com as tintas da alma. Ele foi simplesmente EXTRAORDINÁRIO !!!
Ouço uma, duas, três músicas de Mozart, e, tudo bem, bem bonitas. Mas na quarta música estou bocejando de tédio. Ouço a quinta sinfonia de Beethoven, depois a “Postorale”, depois a Nona, …. e, aí, não aguento mais: tal qual Mozart, o restante de sua obra é quase toda igual, com os mesmos ritmos, os mesmos tons, as mesmas pausas, as mesmas variações musicais. Depois, me aventuro na música de Chopin. Ouço uma, duas, três, sempre ao piano, e já me acho enfarado daquela monotonia melódica que é a música de Chopin. Aí, já de saco cheio de tanta monotonia, me ponha a ouvir JOAHNN SEBASTIAN BACH. Meu Deus! Que mudança! Que riqueza, criatividade e variação melódica. Aí, não quero mais parar de ouvir aquele que, a meu sentir melódico, é o DEUS MAIOR DA MÚSICA: JOHANN SEBASTIAN BACH. Sou capaz de ficar 3 horas, direto, à frente do computador, ouvindo o PAI DA HARMONIA. Tenho uma teoria sobre a música erudita, que é a seguinte: DEUS ESTAVA CANSADO DE TANTA MONOTONIA NA MÚSICA ERUDITA, NO PLANETA TERRA. O que ELE fez? Resolveu mudar coisa prá melhor, prá muito melhor: veio à terra, se fez homem, encarnando em alguém, e permitiu lhe fosse dado o nome de JOHANN SEBASTIAN BACH. E COMEÇOU A FAZER MÚSICA ERUDITA, SEJA ELA SACRA OU PROFANA. E nunca mais a música foi a mesma coisa. De lá prá cá, todos vieram bebendo em sua fonte, inclusive outros gênios posteriores. Portanto, esse é JOHANN SEBASTIAN BACH, sinônimo de DEUS! Gènios da musica, há varios; mas somente um é DEUS DA MÚSICA: JOHANN SEBASTIAN BACH!
Caro Armando
Com todo respeito pelo seu louvável e refinado gosto como apreciador de Bach, permita-me discordar de sua opinião. Ainda há muita coisa que talvez você não conheça em música erudita.
Só para ilustrar um pouco, convém citar nomes de outros gênios como Dvorak, Saint-Saens, Tchaikovsky, Mendelssohn, …, além do já citado Beethoven e muitos outros de grande valor, que criaram obras magníficas e da mais profunda inspiração e beleza (quase divinas).
Há variados estilos dentro da música e dentro de cada um encontram-se mais destaques. É o caso de Johan S. Bach, indiscutível gênio, autor da “Paixão Segundo São Mateus”, “Introdução e Fuga em Ré Menor”, etc, etc. Contudo, considerá-lo deus da música, além de soar como exagero, pode significar uma injustiça discriminatória com relação aos demais compositores. Até os geniais mestres da ópera, entre os quais, Donizetti, Puccini, Verdi e outros mais, nos deixaram árias belíssimas e de grande popularidade. Portanto, vale a pena rever seu ponto de vista, mesmo que não venha a mudar de opinião, pelo menos poderá refletir melhor sobre endeusar um artista, por mais elevada que seja sua obra. O status de deus da música, só foi alcançado dentro do conceito mitológico da Grécia, que elegeu a musa Euterpe como tal. Na verdade, podemos considerar a música como a mais sublime forma de expressão do homem ao buscar aproximar-se de Deus.
Nisso, acredito que Bach foi realmente o que tentou chegar mais perto.
Abraços,
Edson Barreto
Ok, Edson Barreto, concordo com você, quando diz que outros grandes gênios da música fizeram magníficas peças musicais. De fato, isso é verdade, pois as tenho aos montes em minha modesta, mas bem sortida, digamos assim, “discoteca”. Indubitavelmente, há peças magníficas, divinamente lindas. Mas, amigão, o que tento escrever é que nenhum outro, a meu ver, fez tantas peças magníficas, às centenas, com tamanha beleza e perfeição como Johann Sebastian Bach. Por isso é que chego a pensar que ele tem algo de divino. Como é, por exemplo, que um compositor consegue criar uma peça musical em que se ouve, ao mesmo tempo, 2, 3, 4 melodias – o chamado CONTRAPONTO – com tamanha perfeição?! Contraponto, muitos fizeram. Mas nenhum o fez com a perfeição e harmonia de Bach. Vejo nisso uma genialidade próxima do divino, pois o contraponto é dificílimo de se fazer com absoluta perfeição. E Bach assim o fez … sempre! Outro aspecto? Ouço o genial Antonio Vivaldi – que é, de fato, genial em peças prá violino – e, depois, ouço as peças de Bach. Bach, a meu ver, consegue ser ainda mais genial que Vivaldi, pois sua música consegue se encaixa ainda mais com mais suavidade que Vivaldi. O violino de Bach é tocado com tal harmonia, perfeição e suavidade que não há como colocá-lo no pedestal maior, também nas músicas destinadas a esse instrumento. E digo mais: se em sua época houvesse o piano – pois esse instrumento ainda não havia sido criado – Bach teria feito as mais geniais peças musicais prá piano, não duvide disso! Ok, amigão, Deus, não; mas coloquemo-lo, pelo menos, no rol dos semi-deuses, ok?
Ok, Armando
Também concordo com você quando tenta dizer que Bach atingiu as raias do divino, não só pela sua obra sublime e de grande inspiração, mas por todo o conjunto de contribuição artística criadora, inovando e elevando a expressão musical ao mais alto nível da época. No entanto não podemos esquecer outro grande mestre que viveu mais tarde, em plena era do romantismo, que teve a honra de descobrir e divulgar a obra de Bach: Mendelssohn. Sem dúvida outro gênio, igualmente inspirado não somente nas suas obras, mas pelo fato achar parte da obra de Bach, que hoje poderia ser desconhecida. Foi uma grande contribuição a de Mendelssohn para a humanidade.
Mas, se quisermos continuar falando de obras divinas, aí vamos bem mais longe. Não podemos deixar de lado páginas imorredouras que mexem com nossas emoções e nos arrancam lágrimas. Muitos conseguiram isso, mas desconheço quem tentou mais agarrar nossa alma que Beethoven. E continua conseguindo, mesmo que o ouçamos repetidamente. Profundamente romântico, temperamental, explosivo, humano e dono de um domínio criativo quase divino, inspirado, apaixonado, sonhador… Um verdadeiro gênio. Mesmo infeliz, soube produzir o que há de mais sublime em música. Sabia como ninguém transformar emoções em notas musicais de grande beleza e imensa força expressiva. Viva Bach e Viva Beethoven ! … e os demais.
Abr.
Edson Barreto
Gente, passo aqui rapidamente apenas para parabenizar o Edson e o Armando pelo nível dos comentários que têm deixado aqui. Espero que mais gente esteja vendo e lendo o que vocês estão postando. Um abraço aos dois.
Olá Arthur
Obrigado pelas palavras (mais merecidas ao Armando). Sou apenas um apreciador fiel de música erudita, sem muito conhecimento técnico, há mais de 60 anos. Não consigo gostar de outro gênero, embora nada tenha contra outras preferências.
Congratulo-me com os demais participantes desse papo agradável e aproveito o momento para desejar a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de alegrias e realizações (e muita música erudita).
Araços,
Edson Barreto
DEUS resolveu criar sua orquestra, chamou um grupo de anjos habilidosos na arte musical e recomendou ao regente e aos músicos que não queria nunca ouvir músicas feitas pelas mãos humanas, pois, para Ele seria uma abominação vinda de pecador. O regente e os músicos eram muito rebeldes e teimosos e adoravam a trindade da música clássica humana. Desafiando a vontade de DEUS resolveram tocar um fragmento do concerto de Brandeburgo e DEUS reprendeu de imediato: parem! de quem é essa composição? respondeu o regente: de Bach, pra quem ele compôs: para o príncipe de Brandeburgo. DEUS se irritou profundamente e puniu desativando a orquestra por 80 anos. Passado os 80 anos volta a orquestra meia cabisbaixa mas sem perder a rebeldia e após algumas apresentações intercala no meio a 40 sinfonia de Mozart. DEUS esbraveja, Vocês não tomam jeito! de quem é essa? de, de,de Mozart meu Senhor. Para quem toca esse tal Mozart? to, to, toca no palácio para o Príncipe da Áustria. DEUS puniu novamente e desativou a orquestra por 20 anos. Passado os 20 anos voltam mais ainda continua rebeldes como sempre. DEUS mais uma vez lhes repreendeu e disse: chega de teimosia, se vocês mais uma vez Me desobedecer tocando música humana agora extinguirei em definitivo essa orquestra e no momento estou cansado fiquem aí quietos que Eu vou dormir um pouco.
Ficaram quietos por meia hora más não resistiram, começaram a executar bem baixinho a Nona Sinfonia de Ludwig Van Beethoven e de tão envolvidos com a melodia sequer perceberam DEUS acordar e se aproximar. DEUS indagou: quem compôs? foi Beethoven. Pra quem ele toca? ele toca pra ele mesmo. DEUS ordenou: toquem mais alto e continue a execução até o final.
Conclusão: Beethoven é incomparável e imbatível no antes, durante ou depois, até mesmo com a trindade da música erudita denominada clássica: (Bach, Mozart, Beethoven) ou a trindade de Viena (Mozart, Beethoven, Haiden).
Gostei da anedota (ou da história), Benedito Coelho, e respeito sua predileção por Ludwig Van Beethoven, o qual aprecio, também …., mas não tanto quanto “O Pai da Harmonia”. Mas não vamos brigar, né. São todos gènios! .
Edson Barreto
Niterói – RJ
Até o momento os comentários refletem mais a preferência musical de cada um. Não há o que discutir, pois ”gosto não se discute”. Valores artísticos submetidos à crítica resultam em opiniões técnicas. Se falamos que tal ou qual compositor foi mais ou menos feliz, que sua obra traduz seus sentimentos, isso nada acrescenta na preferência musical.
O que não se pode negar em qualquer parte do mundo é que Beethoven soube mais do que ninguém traduzir para a linguagem musical toda a força de expressão da alma humana, expondo seus sentimentos, suas mágoas, suas frustrações e também seus momentos felizes. Neste caso, a 7ª Sinfonia pode atestar isso.
Seu estilo eletrizante, espontâneo, audacioso…, o faz exclusivo, inédito, inigualável !
Sem jamais querer desmerecer qualquer outro gênio musical, na curva da evolução musical Beethoven, sem dúvida ocuparia o ponto máximo.
Obrigado Armando por sua magnânima reverencia aos Grandes Mestres da música erudita. DEUS ensurdeceu BEETHOVEN porque se Ele tivesse audição perfeita sua obra iria além da criação humana. Segundo disse Herbert Von Carajan, regente e um dos mais renomados interpretes da obra repertório do Mestre LUDWIG: JOHANN SEBASTIAN BACH, WOLGANG AMADEUS MOZART E LUDWIG VAN BEETHOVEN não devem ser comparados, pois, estão bem acima, o que podem ser comparados são outros compositores. Acho bem interessante as pessoas de bom senso reverenciares esses três grandes Mestres pelo nome completo como Você fez.
Vou dar essa reposta ao amigo Armando, pois não encontrei o responda abaixo de seu comentário. Voce que se diz um profundo conhecedor de Bach, está completamente equivocado quando diz que não existiu o piano em sua época. Voce esqueceu que ele recebeu de presente um pianoforte, como era conhecido o piano na época e depois ainda se tornou professor do mesmo, compondo várias tocatas, para jovens aprendizes de conservatórios. Hoje eu assisto muito um grande pianista americano David Fray, executando Bach ao piano que é algo simplesmente maravilhoso, apesar da extrema dificuldade na execução.
Mozart – Requiem, já diz quem é o melhor
Amigo, André, se você se impressiona com a, de fato, excelente peça “Requiem”, de Mozart, ouça – com espírito receptivo e sensível aos sons de instrumentos e vozes – a “MISSA EM SI MENOR”, de Johann Sebastian Bach. Aí, sim, você terá a máxima dimensão da harmonia e da criatividade. Trata-se, a meu ver (de leigo) e de muita gente especialista em música erudita , da mais perfeita obra musical já feita na música ocidental ……, e, quiçá, do planeta – visto que os orientais (Ásia e Oriente) tem executado peças ocidentais, às centenas. Considero-a até superior à excepcional “Paixão Segundo São Mateus”, também de J S Bach.
O que o Armando postou aí aconteceu comigo também. Comecei a estudar música depois de ouvir uns cds de Bach que me impressionou pacas. Comecei a aprender violino. Estudo a 4 anos. O cara mexeu comigo!
Não gosto de música clássica. Eu gosto é de JOHANN SEBASTIAN BACH!
E Bach é o quê, então?
BACH É E SEMPRE SERÁ O MAIOR E MAIS MAGNÍFICO COMPOSITOR CLÁSSICO DE TODOS OS TEMPOSSSSS!!!!!
UMA COISA QUE QUERIA DISCUTIR AQUI, no meu novo “pitaco”, é a característica musical de cada grande mestre, diretamente relacionada à sua vida emocional, afetiva. Deixa de lado o aspecto de maior ou menor genialidade, prá abordar apenas a influência que as emoções de gênios como BACH, MOZART E BEETHOVEN exerceram em sua obra musical. BEETHOVEN, por exemplo, não teve uma vida amorosa bem sucedida, tendo vivido uma longa solidão amorosa, quase sempre pouco correspondido. E nota-se essa desilusão, visivelmente, em suas sinfonias, por exemplo: todas perfeitas, na harmonia, no ritmo, no compasso e na sonoridade, mas quase sempre “carregadas”, “pesadas”, fortes, exigindo-se de todos os instrumentos e eventuais corais (de vozes) um severo ribombar, uma força de resposta que, por vezes, chega a “agredir” os ouvidos mais sensíveis, a exemplo da Nona Sinfonia. MOZART, irrequieto, teve, formalmente, um único amor, uma única mulher, em sua curta vida, além de uma amante eventual. Ou seja, afetivamente, se não foi feliz, teve momentos felizes, que, também, transferiu prá sua música. Mas era um músico mais que irrequieto; era tenso. E fez peças musicais “tensas”, movimentadas, grande parte delas de movimento “rápido”. Alguns critícos as acham tão rápidas que lhe deram a alcunha de “rapidinho”, o que é um desrespeito para com um grande mestre que tem seus momentos de gênio. Parece até que ele antevia a brevidade de sua vida (faleceu com míseros 34 anos, o que é uma pena) e resolveu se “apressar” nos movimentos de suas peças musicais. Escreveu cerca de 498 peças musicais catalogadas, muitas delas, óperas. Acho que perdeu muito tempo fazendo ÓPERAS, que muitos, como eu, não apreciam. Mas era moda, naquela época, e ele precisava satisfazer o público, prá sobreviver da música. O engraçado e que. fora da ÓPERA, as peças que MOZART mais mostra seu enorme talento são aquelas de Movimento “andante”, digamos assim, de movimento lento, a exemplo do espetacular Concerto prá Clarinete. Se ele se dedicasse menos à ópera e mais às sonatas e concertos, por exemplo, acho que, depois de Bach, seria o maior gênio da música, na minha modesta opinião, visto que ele tinha um talento imenso. Quanto a BACH, foi o bem amado, e, visivelmente, mostrava isso em suas peças musicais. J S BACH teve 7 filhos com a primeira esposa, a Bárbara, e 13 com a segunda, Ana Magdalena. Teve 20 filhos, no total, tendo alguns falecido ainda bebês. E dá prá ver, pelas biografias editadas sobre ele, que foi muito feliz com as duas esposas, foi feliz durante seus 65 anos, apesar da vida difícil de músico daquela época. Essa felicidade ele transportou prá suas músicas, que são de uma leveza, harmonia, criatividade e sonoridade melódica inigualáveis na música ocidental. Portanto, BACH tinha de estar feliz, prá poder fazer a obra musical monumental que ele fez, com a qualidade que tem. São 1045 peças musicais catalogadas – que se conseguiu salvar de seu imenso acervo criativo – com uma qualidade difícil de ser igualada. Outras tantas peças foram perdidas, cerca de 40%. Portanto, o que está aí, é apenas cerca de 60% do que ele compôs. Um monstro, um semi-deus, atrevo-me a dizer! . ,
Armando, Você conhece profundo como ninguém a vida e o talento dos três gigantes da música erudita. Acho de bom tom e muito interessante com o exímio conhecimento musical que Você demonstra sempre reverendar os grandes mestre em letras maiúsculas. Parece, ao meu ver, que, LUDWIG VAN BEETHOVEN exerceu um fascínio transcendental maior na humanidade.
Olá Benedito. Demorei prá contraargumentar sua afirmação, mas o faço, ainda que meio intempestivamente. Sim, concordo que Ludwig Van Beethoven exerceu um fascínio maior EM PARTE DA HUMANIDADE, não em toda ela, amigo. E, aqui, não posso faltar com a verdade, né. Basta você fazer uma pesquisa na internet e atestará o que afirmo As execuções de músicas dos 3 Grandes Mestres mostra isso, assim como as estatísticas (números) de vizualizações. Há, na verdade, quase um equilíbrio, estando Mozart à frente em algumas peças, Bach e Beetroven em outras. De um modo geral, Wolfgang Amadeus Mozart é, sim, mais popular do que os outros dois, isso é quase evidente. Guardadas as devidas proporções, Mozart é uma espécie de Roberto Carlos da musica erudita, em termos de popularidade, Mas não é algo absoluto, não. Acho que o filme hollioodiano “Amadeus” contribuiu bastante prá isso. Entre aqueles que são músicos, críticos ou militam na área, Bach e Beethoven tendem a disputar a dianteira. Gosto muito de algumas peças de Beethoven, que sempre costumo ouvir, exatamente aquelas que, de um modo geral, o público erudito ou não o faz. Mas cada um com sua preferência, né. Aqueles que gostam da música mais branda, suave e ornamentada ouvem mais o Barroco de Bach e outros Mestres da época. Os que preferem as sinfonias, sonatas e outras peças mais veementes, retumbantes, mais com melodias também refinadas, com orquestras maiores, ouvem mais Beethoven. Os que transitam entre as óperas, os concertos, sonatas e demansi gêneros, ouvem Mozart, No fim das contas, é o gosto de cada um.
Comentários de alto nível. Lendo e aprendendo.
Ontem acordei ouvindo JOHANNES BRAHMS, que seria melhor classificado como músico barroco, apesar de ter feito música na época Romântica, quase contemporâneo de Ludwig Van Beethoven. A música de Brahms é de um modo geral bem suave. É o seu estilo apesar de ter convivido com Grandes Mestres, numa época em que além das sonatas as sinfonias ditavam moda e eram “retumbantes”, fortes, pesadas, solenes. Gosto de BRAHMS que tem músicas surpreendestes. Amanhã ouvirei a NONA em homenagem ao “BETÃO”, como dizem osinstrumentistas que gostam do Ludwig. Será em comemoração ao sábado de páscoa. Nesse momento, Sexta-feira da Paixão, ouço a “PAIXÃO SEGUNDO SÃO MATEUS”, dele Johann Sebastian Bach ….. enquanto faço meu leite de coco, pois tb sou filho de Deus tanpouco esse viúvo sozinho, ………… até momento.
Excelente texto. Confesso não ter o conhecimento técnico e tampouco a sensibilidade para identificar e pormenorizar as idiossincrasias de cada artista. Parabéns ao autor. A música, em que pesem os detalhes técnicos que permitem abrir essas questões, atinge cada um de forma distinta. No meu caso, quando escuto Vivaldi, em especial “Le quattro stagioni”, me toca profundamente. Desperta-me os mais sublimes sentimentos.
E parabéns aos defensores que promovem um debate sadio e engrandecedor. É realmente edificante acompanhar os argumentos, contra argumentos, réplicas, tréplicas… me sinto desafiado a aprender mais sobre a música erudita. Aproveito para congratular meu conterrâneo Edson, da belíssima e rica culturalmente falando Niterói.
Por sinal, gostaria de recomendar a leitura do Livro “Maestro”, bibliográfico de Antonio Carlos Martins. Uma das maiores autoridades em Bach no MUNDO atualmente. Ele que é muito mais festejado por suas habilidades lá fora do que aqui, infelizmente.
Abraço a todos
Obrigado, Leonardo. Este espaço existe justamente para isso: suscitar o debate saudável sobre assuntos que normalmente não ocupam a grande mídia. E obrigado pela dica do livro. Antônio Carlos Martins é um gênio muito pouco reconhecido em seu próprio país. Às vezes me pergunto se nossos “heróis” todos estão condenados a ser somente jogadores de futebol… Um abraço.
Verdade Arthur. Precisamos cada vez mais de espaços públicos de discussão onde a tônica não seja maniqueísta encharcada de ódio como temos presenciado na nossa frágil democracia. Já ganhou um leitor assiduo! Já até coloquei no meu “favoritos”.
Sobre os heróis, concordo plenamente. Há pouco tempo perdemos um dos mais consagrados percussionistas do mundo: Naná Vasconcelos. Pena que sua consagração tenha se dado mais lá fora do que aqui…
O maestro Antônio Carlos é alguém que merece, enquanto está vivo principalmente, nossos maiores apupos (já que o assunto aqui é a música erudita), principalmente pela superação em decorrência da deficiência física que dificulta muito fazer aquilo que ele mais gosta: tocar piano.
Parabéns pelo espaço. Forte abraço
Com certeza, Leonardo. O espaço aqui é dedicado a isso. Na verdade, ao contrário do ódio que permeia a nossa sociedade de hoje, o Blog valoriza muito o contraditório, desde que observadas regras mínimas de civilidade. Obrigado pelos elogios e seja bem-vindo. Um abraço.
Bom dia, Leonardo
Agradeço pela indicação do livro “Maestro”, de Antonio Carlos Martins. Vou procurar nas livrarias. Também o congratulo e concordo com o que diz sobre Niterói, cidade realmente belíssima e cheia de história. Aproveito para parabenizá-lo pelo seu refinado gosto por Vivaldi, um dos expoentes da música barroca. As Quatro Estações, ou “Le quattro stagioni”, como disse em italiano, além de muito bonita, é uma das obras eruditas mais tocadas no mundo. E…, não poderia deixar de lembrar, com todo respeito pelos demais gênios que também aprecio, Beethoven continuará sendo o máximo !
Um abraço
Edson Barreto
Niterói – RJ
Bach é o maior, embora Beethoven o tenha superado em algumas obras. Mas algumas obras de Bach são insuperáveis em técnica e harmonia. Exemplo? A Grande Missa e a Arte da Fuga. Beethoven estudou-as para compor suas últimas obras, mas não conseguiu superá-las. Pode ter igualado, mas não superado.
Na verdade, Ludwig Van Beethoven estudou muito as Obras de Bach, como já fizera antes Wolfgang Amadeus Mozart. O que, afinal, não é nenhum demérito, pois mesmo Bach estudou Mestres de sua época e anteriores a Ele. E Beethoven estudou tanto o CRAVO BEM TEMPERADO, que o conhecia, de cabo a rabo. Estudou tanto a MISSA EM SI MENOR, que fez a MISSA SOLEMNIS, como se quizesse imitar o Mestre Barroco. Estudou tão desmesuradamente as VARIAÇOES GOLDBERG, que quis, de certa forma, lembrar o Pai da Harmonia, compondo as VARIAÇÕES (DE) DIABELLI. Aliás, É UMA HERESIA AFIRMAR QUE BACH FICOU MAIS DE UM ´SECULO ESQUECIDO, POIS OS GRANDES MESTRES POSTERIORES A ELE ESTUDARAM, PROFUNDAMENTE, SUA OBRA, NELAS SE INSPIRANDO E APRENDENDO. O “grande público” leigo, esse sim, ignorou, por dezenas de anos, sua magnifica obra.
Em tempo e corrigindo o que escrevi: maestro João Carlos Martins. Não “Antônio Carlos”, como dito. Ato falho!!
Tem razão, Leonardo. Eu nem reparei na hora. De todo modo, fica aqui o registro. Um abraço.
Bem lembrado, por Leonardo Schettini, o maestro João Carlos Martins e sua obra “Maestro”. João Carlos Martins, talentosíssimo e super premiado aqui e no exterior, foi um bachiano de mão cheia. Vou anotar aqui em meus “alfarrábios” e comprar essa obra literária! Hoje, acordei às 3 da madrugada e enquanto não voltava a dormir, resolvi escutar, na internet, os NOTURNOS (obra completa), de Fréderic Chopin. e me deliciei. Mas não conseguí dormir. De fato, só consegui retomar meu sono, quando “acessei” os CONCERTOS PRÁ VIOLINO, de J S Bach, mais de 2 horas de orgasmo musical. Aí, dormí até o sol raiar! O que posso fazer, amigo! BACH me faz isso, me faz dormir, me faz sonhar!
Acordei ouvindo “Silêncio”, de LUDWIG VAN BEETHOVEN. Viajei durante 10 minutos! … , e tive vontade de continuar de olhos fechados, prá dormir, novamente. . ! Muito Linda!
Uma correção, ainda que tardia: não é “Silêncio”, de LUDWIG VAN BEETHOVEN”, mas O SILÊNCIO DE BEETHOVEN, belíssima peça erudita do Século XX, composta pelo brilhante músico mexicano Ernesto Cortázar Filho, já falecido.
O FUTEBOL FOI ANTES E DEPOIS DE PELÉ
A MÚSICA FOI ANTES E DEPOIS DE BEETHOVEN
Hoje de manhã, como de costume, minha “pineal” me acordou,lembrando-me do meu “mister”: ouvir música. E, obediente, “acessei” “O CRAVO BEM TEMPERADO”, de Johann Sebastian Bach, executado pelo pianista italiano Maurizio Pollini. Detalhe: essa peça de Bach foi feita prá cravo, como indica o título. Todavia, ao piano, fica ainda mais sonora. Poderia ser executada no violão, na guitarra, na sanfano/acordeon, na harpa, na flauta, etc. Na verdade, não faz diferença, devido à multiinstrumental música desse Grande Génio. É 1 hora e 52 minutos de música revolucionária. O Cravo Bem Temperado marcou o início de uma nova fase na música, em termos de tons e semitons. Criou uma nova dimensão na Música Ocidental.. Os Anais da História da Música registram que Ludwig Van Beethoven, aos 17, 18 anos, sabia, de cor e salteado, toda a peça de O Cravo Bem Temperado. Ouso afirmar que o grande instrumentista Saint Preux, na sua peça musical “No More Nadine”, do Volume 9 (To Be Or Not), literal e despudoradamente copiou-a de “O Cravo …..”, tamanha é a semelhança dos acordes. E, até hoje, seguem bebendo na fonte do Grande Gênio.
A MEU VER, é impressionante a diferença de BACH pros outros Grandes Mestres em termos de criatividade, sonoridade musical e expressão suave e cristalina dos instrumentos em suas musicas. Cada vez mais não tenho duvida em dizer que existe BACH E EXISTEM OS OUTROS. Na minha opinião, ouvindo todos eles a distância que os separa é bem grande, mesmo comparando ele a Mozart e Beethoven!
Edson Barreto
Alto lá, amigo ! Não se empolgue muito, pois a genialidade de cada mestre em discussão não deve ser tratada com tanto rigor. Cada um tem suas peculiaridades e seu lugar garantido no altar
da música. Cada um deles foi realmente extraordinário como gênio, legando ao mundo sua obra de inestimável valor. Mas, o diferencial é que, cada estilo musical se desenvolveu em sua época, produzindo seus valores em momentos diversos. Eis aí por que existem tantos nomes de destaque no mundo musical em tantos estilos diferentes. Com o maior respeito pela sua opinião, reproduzo o pensamento de autoridades e críticos de todos os continentes e partes do mundo, ao me colocar do lado deles que afirmam categoricamente que Beethoven foi e será o maior nome da música erudita de todos os tempos. Isso não desmerece nenhum outro mestre, pelo contrário, até realça o valor e a grandeza deles, pois se os mesmos pudessem se reunir, certamente Bach diria a respeito de Beethoven: Magnífico !!! Este aprendeu tudo que ensinei e acrescentou muito mais com a sua genialidade !
Amigo, EDSON BARRETO, sempre que exprimo meu “pitaco” aqui neste espaço faço questão de pinçar o termo “na minha opinião”, “a meu sentir”, “a meu juízo”, etc, etc, mostrando que não sou o dono da verdade e apenas expresso meu gosto particular, como faz você, né.. Assim digo que Johann Sebastian Bach é, NA MINHA PERCEPÇÃO E PRO MEU GOSTO MUSICAL, o maior compositor da música erudita ocidental, porque: 1) compos 1096 peças musicais catalogadas, todas perfeitas, harmônicas e extremamente melodicas (224 cantatas, 24 grandes obras para corais e orquestras, 274 cantos corais e cantos sagrados,, 223 musicas para orgãos, 222 obras prá teclados, 5 peças para alaude, 40 obras prá prquestra de camara, 30 musicas orquetrais e 54 canones e fugas); 2) grande parte dos músicos e crtíticos de musica mundiais – que vão de Vila Lobos e João Carlos Martins ao renomado maestro Sir John Eliot Gardiner, dentre muitos outros o colocam no pedestal maior da musica ociental, por sua extensa e estupenda obra; 3) parte da obra de Bach foi, tambem, revolucionária para a musica, a exemplo de “O Cravo Bem Temperado”, “A Arte da Fuga”, as “Variações Goldberg”, apenas prá citar algumas: 4) ninguém fez musica coral com a perfeição de J S Bach, a não ser Giovanni Perluigi da Palestrina, que só fez canto coral; 4) as músicas de J S Bach podem ser tocadas em qualquer ritmo, com qualquer instrumento e em qualquer época, bastando pesquisar, na internet, os milhares de musicos instrumentistas que executam suas musicas; 5) suas 1096 peças musicais são absolutamente diferenciadas umas das outras, não quardando similaridade entre elas, mostrando a extraordinária capacidade criativa desse grande gênio; 6) suas músicas são tocadas no mundo todo, nos mais diversos ritmos e instrumentos, por milhares de musicos instrumentistas e orquestras, sendo atenporal e multiinstrumental; 7) a NASA, quando mandou ao espaço espaçonave com o que de melhor o ser humano tinha criado e construido na terra, em cada área do conhecimento, prá que os possiveis alienigenas tivessem conhecimento da grande capacidade humana, escolheu a obra de JOHANN SEBASTIAN BACH, prá representar nossa capacidade, na area musical; 8) e o principal é que foi o Grande Mestre que me “tocou fundo”, me fazendo gostar de ouvir musica erudita, inclusive de outros Grandes Mestres, o que não ocorria antes. Esse ultimo item é, sem dúvida, o principal, prá mim. A propósito, é bem simplista considerar a obra de J S Bach como BARROCA. Ela é ATEMPORAL isso sim, pois foi feita muito a frente de seu tempo; tanto é que no Século XVIII – quando a ópera já “bombava” – praticamente a ignoraram, pois eram incapazes de a entenderem. Tenho profundo respeito pelos outros Grande Mestres, mas a MONUMENTAL OBRA MUSICAL de JOHANN SEBASTIAN BACH, QUE MEXEU E MEXE COMIGO, o coloca, forçosamente, como o MAIOR GÊNIO DA MÚSICA OCIDENTAL, com todo o respeito pelos outros!
Gente, só passando para renovar meus sinceros elogios aos níveis dos comentários aqui postados. Saibam que quem visita o Blog vai se enriquecer muito com as observações que vocês têm colocado aqui. Um grande abraço a todos.
A Nona de Ludwig Van Beethoven é a obra de arte mais perfeita pela mão humana e foi o manuscrito mais de maior preço arrematado em leilão A Quinta é ouvida de pé pelos Poloneses. A Sonata “Quasi Una Fantasia” ou “Ao Luar” é considerada por muitos “raio da cura”. A bagatela “Por Elise” é unânime nos telemarketing da vida. Gênio algum conseguiu reunir 10.000 pessoas de todas as faixas etárias na execução de uma sinfonia, no caso, o povo Japonês para executar a Nona de BEETHOVEN. Ludwig Van Beethoven foi também o mais venerado pelos compositores famosos contemporâneos e posteriores (Schubert, Gregg, Dbussy) que chegaram a afirmar após ouvir a Nona Sinfonia: “é uma meta a ser perseguida e um grande pesadelo porque ninguém consegui atingir”. BEETHOVEN é insuperável.
Procuro ser um cara justo, e , por isso, ouço inúmeros Grandes Mestres, sempre que possível, até mesmo prá apurar meu senso crítico, por meio da diferenciação e comparação, essa uma importante – mas não a única ferramenta para isso. E hoje, tive o prazer de ouvir a versão completa de “Sonata ao Luar”, de Ludwig Von Beethoven. Belíssima peça musical! Mas o que me agrada mais nela é a Segunda Parte, em que se rtealça o grande talento de Beethoven, e em que a peça proporciona ao pianista virtuose toda sua intimidade com o piano. Alí, sim, na Segunda Parte está a genialidade de Beethoven! Saint E, também alí, na Segunda Parte, o talentoso músico francês Saint Preux, mais uma vez, PLAGIOU despudoradamente:sua música “Amour Meteor”, do álbum “To Be Or Not”, é uma cópia fidedigna de “Sonata ao Luar”, Segunda Parte. E eu pensando que Saint Preux era um gênio da música instrumental do Século XX e XXI! Será que ele plagiou tudo, desde Concerto Pour Une Voix” até “The Last Opera”?!! Eu que tenho toda a sua discografia, prefiro não acreditar nisso, pois seria uma baita decepção!
Prezado Armando, na minha singela opinião acho o Adagio do primeiro movimento uma coisa que transcende a criação humana e acho que é o fragmento “raio de cura” que comentam. Na sua opinião como um músico de elevado quilate demonstrado nos seus comentários, opine sobre o adagio.
Na versão do próprio Mestre “Quasi Una Fantasia” na opinião de Franz Liszt “uma flor entre dois abismos”. Merece também sua valorosa opinião.
Caro Beco, boa tarde. Andei perambulando por ai, e, enfim, estou de volta. Agradeco sua deferência aos meus conhecimentos musicais, mas me considero apenas um curioso amante da música erudita, com bastante sensibilidade musical, é bem verdade. Sobre o Primeiro Movimento de “Serenata ao Luar”, já comentei aqui nesse espaço democrático. Considero-o belíssimo, tanto quanto outras milhares de melodias já feitas nesse ramo de música. Todavia, o Terceiro Movimento é que, a meu sentir, mostra a marca de gênio de L. V, Beethoven, no nível de um J. S. Bach. Como diz o vulgo, “cada um é cada um”. Eu, de minha parte, não me contento com aquela música reta, certinha, melodiosa, perfeita no ritmo, nos acordes, nos tempos, no diapasão. Demando criatividade, esse aspecto mexe comigo, atiça minha exigência. O floreio melódico e o contraponto são alguns desses recursos criativos que ornamentam a música, de forma magistral. Johann Sebastian Bach usa esses recursos, genialmente. Por isso, ele é meu preferido. E L.V. Beethoven cria muito no Terceiro Movimento de “Moonlight Sonata”. Assim como cria muito em “Pastorale”, Sexta Sinfonia. E na Quinta, na Nona. E nos 10 minutos de “Silêncio”, só prá citar algumas passagens da música desse genial compositor. Mas não é só “criar”. É criar, com qualidade bastante prá nos sensibilizar, até mesmo nos emocionar.
Uma correção de meu “pitaco” anterior: “Sonata ao Luar”, pelo que percebo, é dividida em 3 partes (ou movimentos). Apesar da belíssima melodia do Primeiro Movimento (Primeira Parte), igual a tantas outras milhares de belíssimas melodias do mundo da música, o Terceiro Movimento (Terceira Parte) é que mais me encanta e me faz pensar que Beethoven foi um gênio.
Por falar em gênio, hoje, domingo, como aprecio muito música coral, acordei ouvindo o belíssimo “GLORIA”, de Antonio Vivaldi, com desempenho da Orquestra de Câmara da Armênia, regida por R. Mikeyan. Desempenho satisfatório, mas triste. Ora, o GLORIA é um canto de júbilo, de regozijo, de exaltação de Deus. E a performance das duas sopranos e da mezzo-soprano parecia mais com a execução de peça da paixão de Cristo, tamanha era a tristeza de seus semblantes e a cara “amarrada”, não sei se uma característica do povo armênio. Convenhamos, porém, o Gloria, de Vivaldi, apesar de belíssimo, não proporciona, me parece, aquele ar de júbilo ideal, que pede essa peça litúrgica. Parece-me um pouquinho “carregado”. E, inevitavelmente, vem a comparação com o Gloria, de Bach.
Resolvo, pois, par e passo, ouvir os 7 minutos e 20 segundos, do GLORIA, da MISSA EM SI MENOR, de J S Bach, com desempenho da Orquestra Bach de Munich, regida por Carl Richter, Amigo vivaldiano, me desculpe, mas é outra coisa! O júbilo, o regozijo, dos cantores, entoando a peça é ajudada muito pela alegria da música, litúrgicamente uma glória a Deus, como deve ser. São apenas 7 minutos e 20 segundos de uma melodia belíssima, alegre, ágil, leve, adequadamente jubilosa, absolutamente perfeita prá glorificar Deus! A meu sentir, também da música coral, Johann Sebastian Bach é gênio só comparável a Giovanni Pierluigi da Palestrina, gênio do período pré-Barroco / Barroco, que, pelo que se sabe, dedicou sua genialidade quase que somente ao canto coral.
Uma correção: PALESTRINA é gênio incomparável da RENASCENÇA, período imediatamente anterior ao Barroco. A MEU VER, somente ele fez Música Coral no nível de perfeição de Johann Sebastian Bach, considerando-se o conjunto total de suas peças.
Vou “botar fogo na fogueira” e dar a cara a tapa, reforçando os argumentos do Josbach – já que, aqui na Grande Vitória, o sol não aparece e o tempo está, mais que nunca, cinzento, convidando-me a “jogar conversa fora”, aqui neste espaço democrático. A BBC apresentou, tempos atrás, uma série de 5 documentários sobre os 5 EVENTOS MAIS MARCANTES DA HISTÓRIA DA MÚSICA. Um dos episódios foi sobre o TEMERAMENTO IGUAL, inventado e melhor deselvolvido por J S Bach. Os 5 eventos são: 1) a invenção da nota musical; 2) a invenção da ópera; 3) a invenção do temperamento igual; 4) a invenção do piano; 5) a invenção do som gravado. Howard Goodall, que produziu a série, chega a afirmar que a invenção do temperamento igual é, provavelmente, “o mais importante dos 5 eventos”, todos qualificados como “BIG BANGS”.
Já o maestro João Carlos Martins faz referências reverenciais a J S Bach, dentre tantas outras, com os seguintes dezeres: ” Bach é o pai da obra clássica. romântica, impressionista, moderna, do jazz, de tudo. Tudo na música veio por causa de Bach. Ele é a catedral e os outros são as grandes igrejas”.
A propósito, há um excelente texto, na internet, intitulado “Porque eu gosto da música de Johann Sebastian Bach”, subscrito pelo Professor da UFPE, Francisco Crivari Neto, ateu, de carteirinha, mas fervoroso apreciador da música desse Grande Mestre. A meu ver, vale a pena lê-lo. Como eu, ele é profundo apreciador de J S Bach, tendo L V Beethoven como uma segunda opção.
Beethoven realmente foi um gênio, sua obra retrata esse cara fechado, mas cheio de sentimentos contados em sua
música
HOJE, ACORDEI OUVINDO “TOCATA E FUGA EM RÉ MENOR”, dele, Johann Sebastian Bach. Música perfeita, forte, melodiosa, matematicamente construída. Rio, às escâncaras, quando tentam insinuar (apenas tentam) que há dúvida se a composição original dessa melodia é de Bach, vez que, “comenta-se” que “fora feita, de início, prá violino”, blá, blá, blá. Ora bolas, se há uma música organística que é a cara de Johann Sebastian Bach é a Tocata …. . Bach, além de poliglota e professor de latim, era exímio matemático. E essa melodia foi feita com dimensões melódicas matemáticas, área que o “Pai da Harmonia” dominava magistralmente. Ademais, Bach era um virtuose em cravo, violino e, principalmente, órgão. Assim, afirmo, com absoluta convicção: SIM, A PEÇA TOCATA E FUGA EM RÉ MENOR É, SEM DÚVIDA ALGUMA, DE AUTORIA DE JOHANN SEBASTIAN BACH. Penso – e, insisto, essa é apenas uma percepção pessoal – a relativa má vontade que ainda há, em certos setores musicais, relativamente a Johann Sebastian Bach, pode ser devido os fatos: 1) de a “Missa em Si Menor” ter sido a peça musical escolhida por Adolf Hitler, prá ser recitada na “Catédral Notre Dame”, em Paris, prá comemorar a vitória sobre a França, e a entrada triunfal na Capital Francesa; 2) de o Grande Mestre jamais haver saído dos limites da Alemanha, ao contrário de L V Beethoven e Georg Friedrich Haendel, por exemplo, que viveram grande parte de suas vidas em Viena e na Inglaterra, respectivamente, tendo Haendel, inclusive, adotado a cidadania britânica, em 1727. Há, portanto, uma maior glamourização de Mozart e Beethoven, provavelmente por esses motivos e mais alguns que desconheço. O certo é que muitos anglo-saxões ainda resistem a reconhecer a real genialidade de Bach, dentre estes um tal crítico John Burrows, que escreveu o livro “Música Clássica” – obra essa presente em meu acervo – e que se refere a Bach com alguma reticência, apesar do reconhecimento obrigatório, tecendo loas a Haendel. Ora bolas! Querer comparar Haendel a Bach é quase um sacrilégio. Ouço o Grande Mestre germano/britânico Georg Friedrich Haendel e vejo, no geral, uma música “reta”, simples, sem maiores floreios, sem maiores complexidades, inúmeras delas muito belas. Mas, só. Gosto bastante de Haendel, pois gosto do período Barroco. Mas, desculpe, não se pode compará-lo a Johann Sebastian Bach, amigo. Há, aí, uma distância considerável, em termos de talento, de genialidade.
Apenas como complemento às afirmações acima, do Armando, acrescento que Johann Sebastian Bach era uma espécie de ISO (certificado de qualidade), na fabricação de órgãos, na Alemanha de sua época: nenhum fabricante de órgão colocava à venda o instrumento fabricado, sem antes passar por Bach, que o analisava, testava e dava o veredito, tamanho era o conhecimento que ele tinha desse instrumento, seja a nível de sua afinação, seja a nível de sua confecção (em termos de componentes físicos). Bach era, de fato, um expert em órgão, uma autoridade nesse instrumento.
Apesar de apreciador da musica erudita e sentir me maravilhado com as obras dos diferentes Compositores, sou um principiante na materia,.A titulo de curiosidade , como Tenho contacto dia rio com muitas pessoas, venho perguntando ha alguns anos ,a musicos profissionais e a maestros , qual compositor eles consideram mais genial, indepentendemente do seu gosto pessoal.Ate o momento a maioria citou J.S.Bach.
Pois é, amigo Saturnino. Acho que só alguns críticos anglo-saxões ainda não se convenceram da grandiosidade da obra musical de J. S. Bach. Mas isso já foi pior, né
Dia desses acordei ouvindo a Eroica, de Ludwig Van Beethoven. Confesso que prefiro a “Pastorale” e a “Quinta”, além da “Nona”, que é bem forte e solene. Já ouvi a “Pastorale” (Sexta Sinfonia) várias vezes, nesses últimos anos. Agrada-me muito. Nela, “Betão” (para os músicos que se julgam íntimos) mostra o quanto da sua verve genial.
Hoje, resolví revisitar algumas das várias SUITES ORQUESTRAIS, de Johann Sebastian Bach. De uma só “talagada”, ouví as SUITES 1, 2, 3 e 4, executadas pela Amsterdan Barroque Orchestra, regida pelo ótimo maestro Tom Koopman. Todas belíssimas, especialmente a 2 e 3! Amigo, o último Movimento, de encerramento, da Suíte Orquestral número 1 é divino, é primoroso! De uma sonoridade, harmonia e beleza melódica ímpar! E o que não dizer do “Bourée”, da “Sarabande”, da “Polonaise”, do “Menuet” e da “Badinerie”, da Suíte Orquestral número 2?! Divinos! Música absolutamente atemporal! Mal comparando, e guardadas as devidas proporções, é como se se ouvisse um Hermeto Pascoal ou Toninho Horta tocando, nos nossos dias! Inacreditável que essas Suítes Orquestrais tenham sido compostas na Primeira Metade do Século XVIII! Isso mostra toda a genialidade de JOHANN SEBASTIAN BACH. A Suíte número 2, por exemplo, proporciona ao flautista mostrar toda a sua virtuose, pois há trechos de grande complexidade, que exige, também, grande agilidade nos dedos. Não é peça prá iniciante. Tem de treinar muito. Mas, como dizem os músicos, maestros e professores de música, “quem toca Bach, toca qualquer outro Grande Mestre”. Acredito nessa afirmação.
Hoje, de uma só “talagada”, ouví as Suítes Orquestrais 1, 2, 3 e 4, de Johann Sebastian Bach, executadas pela Amsterdan Baroque Orchestra, regida pelo ótimo maestro Tom Koopman. Todas belíssimas, especialmente a 2 e 3! O último Movimento da Suíte número 1 é divino, com uma harmonia e sonoridade melódica ímpares! É um fechamento com chave de ouro! E o que não dizer do “Bourée”, da “Sarabande”, da “Polonaise”, do “Menuet” e da “Badinerie”, da Suíte número 2! Música absolutamente ATEMPORAL! Parece feita ontem! Guardadas as devidas proporções, é como se se ouvisse Hermeto Pascoal ou Toninho Horta nos deliciando com suas peças musicais! Mas, acredite, amigo, foi feita na Primeira metade do Século XVIII! Isso mostra toda a genialidade de Johann Sebastian Bach. Na citada Peça, o flautista é muito exigido. E não é trabalho prá iniciante, não. Exige-se, certamente, muito treino e, também, virtuosismo, nesse instrumento de sopro. Mas, como dizem os professores de música e maestros, “quem toca Bach, toca qualquer outro Grande Mestre. Quem sou eu prá contestar!
Na minha humilde opinião JSB é o melhor.
Prezados, impressionante o elevadíssimo nível das discussões. Não sou conhecedor dos meandros musicais, apenas aprecio ouvir os sons originários dos grandes compositores, quizá gênios.
Gostaria de agradecê-los pela oportunidade a mim conferida em aprender a cada comentário.
Particularmente, aprecio mais as composições de Beethoven, embora, partilho do posicionamento de que Bach é o mais “completo”.
Mozart é um gênio por si só, contudo, aos meus ouvidos, as composições Beethovianas soam mais suaves.
Tenho ouvido, ultimamente, seja no “pen-drive” do meu carro, quando vou visitar minha irmã em Aracruz, seja no cd que tenho em casa, as VARIAÇÕES GOLDBERG, dele, JOAHNN SEBASTIAN BACH. Bach fez essa belíssima peça prá seu aluno Johann Goldberb, prá que ele tocasse no palácio do Conde Hermann Keyserling. E caprichou nas tecituras, na complexidade, pois queria exigir de seu aluno o máximo de virtuosismo. E são inúmeros os belos trechos de uma música complexa, ágil, melodiosa, criativa. Ignorada, a princípio, como toda a obra desse extraordinário gênio, hoje é peça fundamental na arte de tocar piano. Muitos alunos incluem dentre as peças do seu repertório de treinamento, as Variações Goldberg. Composta de uma Ária inicial, essa Ária vai sofrendo variações por cerca de 1 hora e meia, numa simbiose de tons e semitons, de alternância de ritmos melódicosw muito interessantes. Foi feito prá cravo – vez que ainda não havia piano, na época – mas pode ser tocado tranquilamente no piano, com uma belíssima sonoridade. Depois das Variações Goldberg, inúmeros outros Grandes Mestrres se aventuraram nesse estilo musical, como Ludwig Van Beethoven, que compôs as belas VARIAÇÕES (de) DIABELLI, mais forte, mais “pesada”, mais veemente, mas, convenhamos, não tão lindas quanto as pioneiras Variações Goldberg, de Bach, a meu sentir, mais suave, mais melodiosa, com belíssima sonoridade e criatividade. Ouço as duas, com prazer. …., mas as “Goldberg” entra no meu ouvido e invade minha alma irrequieta, acalmando-a, apaziguando-a. É isso: a música de Johann Sebastian Bach acalma meu espírito, inquiridor, eivado de indignação cidadã! Não sei o que seria de minha vida, se não existisse Bach. Às vezes, nem a companheira que acompanha minha viuvez, nos fins de semana, me faz tão bem.
Ola amigos realmente essa é uma escolha de caráter subjetivo,mas eu quero desviar um pouco o foco e acrescentar que a frequência 432 Hz que é a frequência da musica clássica além de elevar o espírito de quem a escuta também tem poder curativo e eu gostaria de deixar aqui uma palestra onde é analisada o papel de cada integrante da TRINCA DE OURO da MUSICA CLÁSSICA:
E um VIVA a todos os compositores que de uma forma ou de outra nos ajudam a chegar mais perto de DEUS,independente do estilo de cada um deles.
Forte Abraço Amigos !!
Assisti ao video acima e respeito o teor de sua mensagem. A propósito, quem sou eu prá bater de frente com “as forças ocultas”, sejam elas do bem ou do mal. Só acho que, relativamente à “Santíssima Trindade” da música erudita, que, na verdade, se transformou em “Santíssimo Quarteto”, no mister / missão ocultista, a meu ver e preferência, escolheria, por exemplo, Johannes Brahms, em vez do comprovada e odiosamente racista Richard Wagner, que não deixa de ter, sem dúvida, seus méritos como Grande Mestre. É que o RACISMO É ODIOSO, sabe! Como é sabido, Hitler e sua gangue é que gostava dele. Mas achei interessante o tema da Palestra…., que, como o Espiritismo, tem uma explicação prá tudo ……, se bem que nem sempre concorde.
Fato bem interessante é que os Grandes Mestres sabem reconhecer o valor musical dos antecessores. Wolgang Amadeus Mozart exaltou às alturas Joahnn Sebastian Bach, Ludwig Van Beethoven elevou Joahnn Sebastian Bach e Wolgang Amadeus Mozart e Richard Wagner assumiu a idolatria ao afirmar que acreditava em DEUS, MOZART e BEETHOVEN. Merece profunda reflexão a musicalidade desses três mestre gênios .incontestáveis da arte sonora todos de origem Germânica e pertencentes a um ciclo temporal muito curto. Ludwig Van Beethoven cheio de adversidades com a morte prematura de MOZART teve de suportar sobre seus ombros o peso do bastão dos dois Grandes Gênios e com muita luta e perseverança conseguiu triunfar com a sua Nona Sinfonia, Uma pena a Humanidade não saber o que diria BACH e MOZART após ouvirem o maior triunfo do Mestre LUDWIG.
Acordei ouvindo MÚSICA CORAL, que muito aprecio. E ninguém melhor do que ele, Johann Sebatian Bach, prá abrilantar minha manhã, com seu estupendo MOTETO “Jesu, Meine Freud” (BWV 227), cantada, de maneira afinadíssima pelo Vocalconsort Berlin, regido pelo excelente Maestro holandês Daniel Reuss, especialista em Canto Coral. Música de Deus! Entusiasmado, resolví ouvir os outros 5 Motetos feitos pelo Grande Mestre, todos estupendos! O MOTETO é um gênero musical criado, na França, pela Escola Notre Dame, por volta do Século XI, inicialmente, prá 3 vozes (soprano, contralto e tenor), tendo sido, anos depois, acrescentado mais um naipe de voz, o Baixo. O CONTRAPONTO é a regra, nesse gênero de música. J S Bach foi o introdutor e grande nome do Moteto prá Coral, basicamente com 5 sopranos, 5 contraltos, 4 tenores e 4 baixos. Se ao amigo leitor aprouver ouvir esses Motetos de Bach, terá uma pequena amostra da perfeição técnica e criativa do Pai da Harmonia,, que “brinca alegremente”, por entre as peças, de fazer arranjos contrapontísticos, de maneira genial, mais parecendo obras musicais de cunho celestial. Uma perfeição só! Uma beleza incomparável, em termos de Música Coral!.
Aquilo que mais estudamos mais nos envolveremos, então ficamos tão inebriados que esquecemos os outros não menos geniais, por isso, estudo de tudo um pouco e o que mais me impressiona mesmo é Chopin, pela leveza, inspiração e independência da criatividade nas duas mãos, mas, de um modo geral, todos tem muitas coisas bastante inspiradoras…não fosse assim, não seriam gênios.
Concordo com você, há muitos gênios, na música erudita ocidental. Tenho na minha cabeceira uma coletânea (com 6 cds) de Frédéric Chopin, que tenho ouvido, com frequência, principalmente os “Noturnos” – confesso que não tenho vergonha de comprar coletâneas, sempre na esperança de que sejam, de fato, “as melhores peças”. No meu modesto “acervo”, tenho mais alguns cds desse Grande Mestre, INCOMPARÁVEL AO PIANO. Costumo dizer prá alguns amigos apreciadores de música erudita que “Frédéric Chopin é o Bach do piano”, devido sua imensa criatividade naquele instrumento. E não fez somente música prá piano, né. Mas no piano é gênio, é revolucionário. E sei que, por isso, tem um enorme público admirador, merecidamente.
Olá..
Que interessante ler estes comentários. Acho que sou o mais leigo de todos aqui no que diz respeito à história e à musica em si. Nessa minha vida de “ouvinte” de música clássica aprendi a apreciar a cada um destes grandes.. Mozart, Beethoven, Bach o violino de Vivaldi.. (a ordem aqui mencionada é meramente aleatória rsrs). Dois instrumentos que me tocam profundamente são o piano e o violino.
Tenho uma esposa que amavelmente toca o piano toda vez que peço e sempre me emociono ao ouvir o “Moonlight” de Beethoven. Só gostaria de colaborar com o humilde comentário de que Beethoven toca profundamente na alma e não me canso de ouvir, como alguns aqui já mencionaram.
Parabéns pela discussão (acalorada às vezes) mas sempre respeitando as opiniões dos demais. Estes são os tipos de grupos dos quais gostaria de participar e aprender mais. Estou neste momento “seguindo” o blog e espero ler sempre comentários produtivos aqui.
Um grupo do whatsapp seria válido também😀
Abraço a todos!
Mateus Nunes
mateus.bnunes@hotmail.com
+5567991308878
Seja bem-vindo, Mateus. Que privilégio esse seu, ter uma esposa que toca piano. As discussões aqui são sempre bem-vindas e o propósito é fazer um debate saudável e respeitoso sobre temas controvertidos. Um abraço.
Olá, Mateus Nunes, como vai?! Amigo, também sou leigo … e curioso. E como curioso a gente vai tentando pegar o traquejo, né. Mas confesso que os cerca de 3 anos que estudei teclado com teoria musical não me deu conhecimento técnico aprofundado, não. Isso é fruto de anos e anos de estudo da música. Mas com esse conhecimento técnico bem superficial e muita sensibilidade musical tento expressar minha opinião nesse espaço democrático. E posso, sim, cometer equívocos. Mas dou a cara a tapa. .
No dia de Finados, me deliciei, na internet, com o REQUIEM, de Wolfgand Amadeus Mozart! É a quarta vez que ouço essa peça. Belíssima! Dessa vez, sob a batuta do competentíssimo Maestro Sir John Elliot Gardiner, regendo o Monteverdi Choir & Orchester e o English Baroque Soloists. O engraçado é que, quando se referem ao Requiem, somente se lembram do LACRIMOSA. Na verdade,é bem mais do que essa bela passagem. No KYRIE, DOMINE JESU, HOSTIAS, SANCTUS, BENEDICTUS E AGNUS DEI trava-se um belo “diálogo” dos naipes de vozes, uniforme e harmônico, muito bem sedimentado pelo conjunto de cordas e metais. E no encerramento, o COMMUNIO, o contraponto fala alto, floreando e dando um tom diferenciado a essa magnífica peça. Se não atinge a perfeição de uma MISSA EM SI MENOR, de J S Bach, o REQUIEM, a meu sentir, deve ser, obrigatoriamente, incluída entre as maiores peças sacras da música ocidental, revelando as digitais do genial Wolfgang Amadeus Mozart. Amém! .
Sinceramente acho toda essa conversa de ficar comparando compositores ou qualquer manifestação artística uma completa estupidez, música é arte e não um campeonato de pontos corridos de futebol.
Nesse caso, podemos concluir que é impossível comparar Chopin com Weslei Safadão. É isso mesmo, Dário?
Nesse mundo tudo é e sempre foi comparado e os comentários são de excelente nível, . Quem lê os comentário tecnicamente precisos da batuta afinadíssima do Armando só tem a ganhar com a sua clareza de raciocínio e aplicada desenvoltura musical. Parabéns ao arthurmaximus pela iniciativa e a todos os comentaristas.
Respeito muito, mas sou mais Mozart e Beatles. hahahaha. Abraço.
fico com bach por enquanto
“Se eu decidir ser um idiota, serei um idiota com acorde próprio.”
JOHANN SEBASTIAN BACH
Foi uma ótima fonte, valeu moral.
Johann Sebastian Bach: o maior gênio da história da música.
Opinião de um mero leigo. Pouco me importa se compôs com 6 meses de idade ou na cadeira de rodas. O que me faz parar, e querer ouvir, e sentir um êxtase é o melhor. E isso é pessoal. Beethoven é quem me toca. Mozart é quem paro para admirar e viajar, talvez o extase do “autismo” musical, uma prodígio aritmético. Parece empate, mas normalmente escolhemos a música que nos toca.
Concordo com você. É, aí, não adianta argumentos e contraargumentos. O que importa, aí, é o argumento do coração.
Johann Sebastian Bach foi o Grande Mestre que menos abriu concessão aos desejos musicais do público ouvinte de sua época.
De volta a esse espaço democrático, reafirmo que, relativamente à denominada “Santíssima Trindade” da música ocidental, Johann Sebastian Bach foi o Grande Mestre que não fez concessão aos gostos musicais de sua época. Ele fez a música que sua mente lhe ditava. Ele pôs na pauta aquilo que lhe brotava da mente e lhe perpassava o coração ….., unicamente “para a glória de Deus e o deleite da alma”. Os dois outros Grandes Mestres, um mais, outro menos, fizeram concessão, sim. O filme de produção e direção austríaca, em preto e branco, “O GÊNIO DA MÚSICA” – uma imersão na vida de Wolfgang Amadeus Mozart – mostra o famoso encontro entre os dois gênios, Mozart-Beethoven, em que Ludwig afirma seu propósito de “fazer uma música revolucionária”, fugindo aos parâmetros até então vigentes. Apesar de não discordar do que ouvia, a resposta de Mozart é sintomática e reveladora. Os dizeres são mais ou menos nesses termos: “que adianta fazer uma música revolucionária, diferente dos padrões existentes, se não tem aceitação? Se lhe vão virar as costas, relegando-o ao ostracismo?”. Disse isso, talvez se lembrando daquele que foi uma de suas maiores fontes de aprendizado, Johann Sebastian Bach, de onde mais “bebeu na fonte”. Por isso, ouso afirmar que Mozart nem sempre fez a música que ditava sua mente e seu coração. Visou muito ao que demandava o público ouvinte da época. No fim da vida, quando resolveu mandar tudo às favas e fazer a música que sua mente genial ditava, fez muitas, senão grande parte, de suas melhores peças, algumas geniais, como o Requiem, o Concerto Prá Clarinete, e outras tantas. Ludwig Van Beethoven foi mais intransigente, durante toda a vida, mas não o foi a ferro e fogo. Apesar de ter vivido numa época, o Romantismo, em que a mentalidade já era diferente, talvez resultado das primeiros ventos da vindoura Revolução Industrial, havia ainda as mentes conservadoras que ditavam “regras”, inclusive musicais. É compreensível, pois, que não desse total vasão à seu talento inquieto e sequioso do novo, pois vivia – e muito bem – da música, e, vaidoso como era, pretendia deixar sua obra pra posteridade, como afirmou, mais de uma vez. Em sã consciência, o músico que quisesse sobreviver e até mesmo ter uma vida financeira digna, haveria de fazer concessões, pois não havia, em meio ao público consumidor de música, um viés muito amplo grande de gostos , a ponto de o músico poder divagar em suas músicas, “viajando” em mares nunca dantes navegados. Bach o fez, e deu no que deu: só veio a ser reconhecido e aclamado, dezenas de anos depois, por um público, agora sim, bem mais evoluído na percepção e sensibilidade musical. Em sua época, Ludwig Van Beethoven transigiu, sim. Senão, não sobreviveria e, certamente, não teria milhares de pessoas em seu sepultamento. E mesmo transigindo fez tantas peças geniais, não é! Wolfgang Amadeus Mozart, quando parou de fazer música prá seu público e resolveu fazê-la pra sua mente e seu coração, foi esquecido e morreu na miséria, tendo em seu sepultamento meia dúzia de sete ou oito pessoas. Johann Sebastian Bach, idem, tendo presentes em seu entrerro apenas os parentes. Mas fez, desde o início de sua genial carreira musical, a música que ditava seu coração, …. “para a glória de Deus e o deleite da alma”. Por isso mesmo, tem a mais bela e completa obra da música ocidental, EM MINHA MODESTA OPINIÃO!
Beethoven transitou entre o Período Clássico e o Românfico. Se foi um dos Grandes do Classicismo, juntamente Mozart e Haydn, no Romantismo foi o grande expoente, periodo em que, fez,,Sem dúvida, a maioria de suas grandes peças musicais.
Não tenho conhecimento técnico pra discutir isso, no entanto, nada me fascinou mais do que a música de Bach, especialmente a “paixão segundo São Mateus”. Foi um verdadeiro baque pra mim, ao escutar pela primeira vez e, pela primeira vez, realmente apreciar a música erudita…
Isso aconteceu comigo também, Eder Cerqueira. Houve, em mim, um impacto imediato. E me tornei bachiano e também apreciador dos outros Grandes Mestres.
Uma análise interessante!
Beethoven era fantastico, mas discordo
Seria como CR7 e Messi. Beethoven tal como o 1°, era grandioso, mas a pratica, o esforço e a disciplina que o levaram a ser majestoso
Ja Mozart como o Messi tinha um talento natural, absurdo, de outro mundo. (E que se nao tivesse uma vida tao desregrada e abusiva, poderia ter nos contribuido com muito mais)
Entao, Beethoven é fantástico, mas genio mesmo é Mozart
Abraços
Senhor Oak, de fato Mozart gostava das festas e das reverências. O filme austríaco sobre sua vida, O GÊNIO DA MÚSICA, mostra isso. Acho que por gostar das reverências e dos confortos da vida, fez concessões musicais. E isso o tolheu no sentido de voos ainda mais altos.
Piotr Ilyich Tchaikovsky e seu Pas de Deux (The Nutbracker, em inglês). É emocionante essa peça curta, inicialmente destina ao Ato 3 (Opus 20) , do Lago dos Cisnes. Essa peça me emociona sempre que ouço! Como sempre tenho a mania de fazer “as 10 mais”, em cada área, incluo essa curta peça entre as minhas 10 mais da música erudita”, tranquilamente! Melodia empolgante, majestosa, instrumentação rica, utilizando todos os naipes, iniciando-se com um solo de violoncelo maravilhoso – talvez um dos dois mais belos que já ouví – e encerrando-se com um uso bastante criativo e potente dos metais. Música linda de se ouvir! Como se vê, não é somente Johann Sebastian Bach que me emociona.
Há de se acrescentar que, inicialmente composto para o Lago dos Cisnes, o Pas de Deux, de Piotr Ilyich Tchaikovsky, acabou sendo utilizado por George Balanchine em sua coreografia de balé;
Corrigindo, o Pas de Deux recebe o título em inglês de The Nutcracker, e não The Nutbraker.
Não entendo de técnica musical, e gosto muito de ambos, mas tem um que agrada mais aos meus ouvidos que é o Bach.
Sou Músico e, há muito, acompanho comentários sobre esse ou aquele compositor, mas, deixarei bem claro: antes de Johann Sebastian Bach já existiam sistemas de afinação para o teclado (cravo, espineta, virginal etc., ou sejam, instrumentos anteriores ao pianoforte). A divisão da escala em doze notas “iguais” ou Temperamento foi proposto pelo organista alemão Andreas Werckmeister (pronuncia-se “Verrkmaisterr”); na verdade ele sugeriu quatro formas de afinação, mas é bom lembrar que não existem sons puros com o temperamento, mas essa discussão pode ficar para depois. Johann Sebastian Bach foi o Músico que deu mais ênfase ao sistema temperado em seu tempo, tanto que compôs em todas as tonalidades, algo impossível em um instrumento não temperado. Sobre Beethoven ter sido o maior compositor da História é discutível, ele foi o mais revolucionário de seu tempo, a Era Clássica e deu início ao Romantismo Musical; seu aluno Carl Czerny tocava todas as sonatas para piano de seu mestre de memória e ainda era um garoto. Mozart também carrega essa aura de inatingível, mas foi desafiado por Muzio Clementi e a disputa terminou empatada, ao que Mozart disse que seu oponente seria uma “maravilha mecânica”; foi um lance de “ciúme”, mas, obviamente eram dois gênios, não há como compará-los no tocante à técnica pianística, embora as obras de Mozart sejam mais lembradas, aliás, Mozart “bebeu da fonte” de Franz Joseph Haydn e de Johann Christian Bach, filho mais novo de Johann Sebastian Bach, além de ter estudado Carl Philipp Emanuel Bach. Há quem diga que o maior pianista da História foi o húngaro Liszt Ferenc (Franz Liszt), mas a ele se igualou um contemporâneo, o francês Charles-Valentin Alkan, cujas obras são dificílimas (e Chopin?). Eu considero o alemão Johann Sebastian Bach o maior Contrapontista da História da Música e, também, o maior compositor, pela beleza de suas obras, pelo equilíbrio entre harmonia e contraponto, pela variedade de temas maravilhosamente melódicos e pela criatividade. Existem muitos compositores barrocos, antes e depois de J. S. Bach, inclusive contemporâneos, já que o Período Barroco foi de 1600 até 1750, tais como: Telemann, Zelenka, Buxtehude, Pachelbel, Vivaldi, Monteverdi, Corelli, Alessandro e Domenico Scarlatti, Händel, Purcell, Marin Marais, Rameau, Alessandro e Benedetto Marcello, Lully, Élisabeth Jacquet de La Guerre, Heinrich Schütz, Johann Jackob Froberger etc.. Gosto não se discute, eu ouço Beethoven com prazer, é um de meus favoritos, mas Johann Sebastian Bach está no topo.
De fato, consta que Johann Sebastian Bach não criou o denominado Temperamento Igual. Mas em cima das teorias formuladas por Andreas Werckmeister – e que não eram postas em prática, prá valer, no sentido de uso pelo grande público da música. J S Bach as aperfeiçoou e criou a escala tonal com 12 elementos (tons e semitons), que até então não existia. Foi uma novidade inserida nos instrumentos musicais, mormente de teclados, tal qual existe hoje. A idéia inicial (os primeiros estudos) não foi dele. Mas a adaptação e uso foi; inclusive adequando os instrumentos musicais a essa nova e revolucionaria ordem na música. Concordo, também, quanto à importante referência musical que a Família Bach foi prá Wolfgang Amadeus Mozart, principalmente J S Bach. O Barão Van Swieten, admirador de J S Bach, foi um importante municiador de Mozart com obras do Grande Mestre alemão. Primeiro, como diplomata em Berlim – centro de divulgação da Música de Bach – e, depois, em sua casa, com o acervo de manuscritos do Pai da Harmonia, Há várias cartas de Mozart endereçadas ao Barão Gottfried Bernhard Van Swieten agradecendo a cessão temporária de manuscritos de Bach e Haendel. O amigo Aloísio está certíssimo em suas lúcidas e ricas considerações.
Especificamente em se tratando de Johann Sebastian Bach, há músicos e críticos de música que defendem o uso, unicamente, de instrumentos de época, na execução de determinadas peças eruditas do Grande Mestre alemão. A justificativa é que Bach assim determinou, em seus manuscritos. Discordo, frontalmente. Ora, convenhamos! O Grande Mestre viveu entre 1685 e 1750, sendo que a esmagadora maioria de suas peças datam de 1710 em diante, Século Dezoito, portanto, quando os instrumentos musicais não tinham o alcance tonal de hoje. Tampouco, O Grande Mestre sonhava com a atual diversidade e qualidade de som dos mesmos. É difícil acreditar que ante a tamanha gama de magistrais instrumentos de hoje Bach não quisesse que fossem utilizados em sua magnífica e sonora música. E é exatamente por essa espetacular sonoridade e ornamentação melódica é que afirmo que a MÚSICA DE JOHANN SEBASTIAN BACH MERECE E DEVE SER TOCADA COM OS MAIS MODERNOS INSTRUMENTOS QUE SE TIVER À MÃO, de modo a dar-lhe o eco que merece ter. Assim, que não se restrinja a tocar as peças do Pai da Harmonia apenas com instrumentos de época, em obediência a uma alegada “recomendação inserida nos manuscritos”. Que se deixe ao livre arbítrio de cada regente ou diretor musical a decisão de quais naipes de instrumentos usar para executá-las. Amém!!!
A exemplo do que afirmo acima, tomemos o Concerto de Brandemburgo número 4, dentre os 6 Concertos, o que mais aprecio. No Primeiro Movimento (rápido, como é de praxe), a flauta doce trava um belíssimo “diálogo” com o violino e demais instrumentos da orquestra. Mas é visível que leva desvantagem, em termos de intensidade de som, de força sonora. No Segundo Movimento (lento, como soe ser), essa dicotomia, essa desvantagem aumenta, mormente no início do Movimento. O violino e orquestra se manifestam, e a flauta doce replica numa intensidade bem menor, como se ouvíssemos o som vindo de longe, criando, a meu ver, um “diálogo” desigual, sem uma uniformidade ideal. Ora, um diãlogo prá que seja democrático, tem de ter o mesmo nível de discussão, o mesmo alcance de tom, sem imposição de vozes. Assim deve ser na música! O violino não pode suplantar, sobrepujar a flauta, abafando-a. Há que haver a mesma força de resposta de um e de outro! Assim, por que não utilizar a Flauta Transversa, que é mais potente, mais retumbante? Ademais, há cerca de 25 tipos de flautas. Logo, há muitas opções de escolha
Nessas manhãs de domingo, não tenho saído de casa, pois gosto de assistir ao “Prelúdio”, da TV Cultura, programa de música clássica – que prefiro chamar de erudita. E e, hoje, enquanto esperava esse programa, me pus a ouvir, dentre outros, o Primeiro Movimento, do supra referido Concerto de Brandemburgo número 4, executado pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, regida pelo Maestro Tiago Medeiros, com Bernardo Toledo Piza e Ana Cristina Rosseto, nas flautas doce, e Maria Fernanda Krug, no violino solo. Uma execução que não ficou a dever a nenhuma outra orquestra do Prmeiro Mundo, provando que ha no Brasil excelentes músicos eruditos! E, nesse caso, as flautas doces escolhidas deram conta do recado, não deixando que o violino e os demais instrumentos da orquestra as abafassem. Concluo que, na execução de uma peça erudita ou outra música qualquer, a posição dos instrumentistas no palco pesa bastante, em termos de resposta dos instrumentos aos nossos ouvidos, da intensidade do som que nos chega. Assim é que a flauta, por ter um som mais suave, deve, teoricamente, sempre ficar mais próximo da platéia, e os instrumentos mais sonoros, mais intensos, mais distantes, prá manter o equilíbrio das tonalidades. Ainda assim, defendo que a flauta tranversa seja utilizada na execução dessa peça, prá “duelar” com o violino num pé de igualdade. E, sobre isso, dou a cara a tapa.
Também acho que os dois estão em pé de igualdade e a prova de Mozart era um gênio que merece ser colocado em outra prateleira é que ele foi, possivelmente, o compositor mais influente das gerações seguintes. Acredito que Mozart fora melhor músico, do ponte de vista de talento. Foi o mais prodígio, um dos mais criativos com certeza, multi-instrumentalista etc. Mas sem dúvida acredito que as sinfonias produzidas por Beethoven, de maneira geral, são mais encantadoras e icônicas.
Mozart “o compositor mais influente das gerações seguintes”? Quem afirma isso deve ter assistido o filme “Amadeus” e está sugestionado até hoje pelo clima oba oba, hollyoodiano e mentiroso daquela película. Se há alguém que influenciou a geração de músicos posteriores ATÉ OS DIAS DE HOJE, esse músico se chama Johann Sebastian Bach. Inclusive Mozart bebeu e bebeu na fonte de Bach. Começou aprendendo com o filho, Johann Christian Bach. Como percebeu logo que J C Bach, o “Bach Inglês” era “meia boca” e não tinha talento diferenciado, gênio que é, procurou o Bach Pai, esse sim com muita coisa prá lhe oferecer, pois os gênios percebem quem é gênio. E o rapaz de Salzburg deitou e rolou nos manuscritos do Gênio da Turíngia. Isso, qualquer mozartiano que conheça razoavelmente a vida musical de seu ídolo, sabe. Beethoven foi outro que explorou as peças de Bach Pai com sagacidade. Basta ver que, aos 18 anos, já sabia de cor e salteado cada nota de O CRAVO BEM TEMPERADO. Todos eles, posteriores a J S Bach, estudaram muito as partituras do Pai da Harmonia. Isso sim significa, de fato e comprovadamente, influenciar gerações seguintes de músicos. Tudo o mais é “paixão clubística”.
Estou lendo “CANTATAS, de Johann Sebastian Bach, do pesquisador alemão Alfred Dürr. São mais de 1400 páginas de leitura. E alí se lê que Bach simplesmente fazia as cantatas e não as revia, porque não tinha tempo prá isso, visto que, por Contrato, tinha de apresentar um cantata por semana, na missa do domingo. Ele compunha a cantata na segunda-feira, o copista a transcrevia, na terça, fazia-se o livreto (o texto) na quarta, reunia-se os músicos (coral e instrumentistas) na quinta, ensaiava-se na sexta e sábado e apresentava-se, no domingo, na missa dominical. Amigo, foram compostas mais de 350 cantatas assim, das quais se conseguiu salvar pouco mais de 200. Portanto, acredite, Cantatas como a BWV 147, em que se contém, dentre outras preciosidades, o Movimento “Jesu, Bleibet Mein Freud” (“Jesus, Alegria dos Homens”), foi composta sem revisão! Assim como o BWV 140, o BWV 4 e outras obras-primas. Esse cara bnão era deste mundo, amigo!
Hoje é 28 de julho de 1750. Há 269 anos falecia JOHANN SEBASTIAN BACH, na minha opinião e de muita gente com profundo conhecimento de música, O MAIOR GÊNIO DA MÚSICA OCIDENTAL.Todo ano, em Leipzig, Alemanha,, ele é homenageado com o BACHFEST. Milhares de pessoas, de todo o mundo, acorrem a Leipzig, para assistir aos concertos e diversos eventos em homenagem ao gênio. E em todo o mundo os bachianos festejam e homenageiam o PAI DA HARMONIA. Eu, como BACHIANO, o fiz, da melhor maneira que podia fazê-lo: acordei ouvindo Bach e vou dormir ouvindo Bach. Se não fora contratempos e compromissos pessoais, iria ao BACHFEST deste ano – ocorrido entre 13 e 22 de junho – que, pelo visto, foi sensacional: 100 Concertos com músicas de Bach e algumas peças de Mendelsohn, além de vários eventos sobre o Grande Mestre Barroco, nas cidades onde Ele foi Kapellmeister ou Kantor.. Uma total intromissão no Mundo Bachiano. Um verdadeiro orgasmo musical e artístico, prá quem ama a música do Revolucionário Gênio. Como a homenagem é prestada anualmente, no próximo ano irei., sem falta, se Deus quiser. E Ele há de querer!
Corrigindo o texto acima, “HOJE É 28 DE JULHO DE 2019”.
Relativamente à obra musical de Johann Sebastian Bach, não são as duas Paixões que mais me encantam, tampouco os 6 Concertos de Brandemburgo, nem a Missa em Si Menor, nem os Oratórios e as Cantatas. Todas essas magníficas peças me dão prazer de ouvir. O que mais me encanta na música de Bach são os 6 CONCERTOS PRÁ VIOLINO E ORQUESTRA (BWV 1041-1064). Ouço-os quase todos os dias, seja no arranjo prá piano, prá violino ou cravo, principalmente o CONCERTO PRÁ VIOLINO E ORQUESTRA em E. Parece que faço isso, inadvertidamente, prá me lembrar que se trata de um gênio, de um extraterrestre. ouvir o Adágio (Segundo Movimento), dessa Peça é como conversar com Deus. Violino e violoncelo travam um diálogo, cada um a seu tempo, maravilhoso, numa suavidade tocante! O violoncelo inicia e termina o “dialogo” de maneira soberba! .
Paulino, meu caro bachiano, é difíciil, de fato, escolher qual peça de Johann Sebastian Bach prá ouvir, pois são 1.100 composições já catalogadas, perfeitas tecnicamente, centenas delas de uma beleza incomparável! A Paixão Segundo São Mateus e a Missa em Si Menor são as mais citadas, sendo, para muitos, as mais perfeitas peças clássicas (eruditas) já compostas na Música Ocidental. Já as ouvi várias vezes. Mas confesso que minhas preferidas (as que mais ouço), não necessariamente nessa ordem, são: 1) as 4 Suites Orquestrais; 2) os 6 Concertos de Brandemburgo; 3) os 6 Concertos Prá Violino e Orquestra (ou Prá Piano e Orquestera ou Prá Cravo e Orquestra, tanto faz); 4) a espetacular Cantata 140 (“Wachet Auf Ruft Uns Die Stimme”), especialmente o Primeiro Movimento (o Introdutório); 5) a melancólica, mas também espetacular Cantata “Actus Tragicus”; 6) o lindíssimo Oratório de Páscoa (“Easter Oratorio”, em inglês); 7) as Variações Goldberg, apenas prá mostrar que a música multi-instrumental de J S Bach é também genial, quando executada ao piano. Citei essas peças, mas poderia citar algumas centenas, com lindíssimas melodias. Essas, porém, são minhas preferidas. E como você já escreveu acima, há que se ouvir as peças musicais clássicas, de cabo a rabo, e não apenas um ou outro Movimento. É o que faço: Ouço-as, por inteiro. Não se deve apreciar uma composição musical pela sua metade (ou por um ou outro Movimento), pois é uma apreciação incompleta. Ouví-la, por inteiro, é, antes de tudo, uma questão de respeito e de deferência ao Grande Mestre que a compôs!
Sem esquecer os 5 Concertos Prá Oboé ou que tenham a participação do oboé, como instrumento solo ou em parceria solo (BWV 1055, BWV 1056, BWV 1059R, BWV 1053R e BWV 1060). Acho que não houve tempo prá Bach compor o Sexto Concerto ou Ele se esqueceu, visto que costumava compor 6 peças de cada modalidade.
ANTONIO LUCIO VIVALDI não era gênio somente no violino. Afirmo isso, depois de ouvir o CONCERTO PARA FLAUTIM E CORDAS. Também, pudera! Um “Cara” que recebe homenagem musical do Maior Gênio da Música Ocidental, Johann Sebastian Bach, tem de ser Especial! Antonio Lucio Vivaldi não é somente violino, amigo!
Não tenho nenhuma vontade de ser POLITICAMENTE CORRETO, nesse Blog, e assim externo minha opinião.Entre MOZART e BEETHOVEN, fico com JOHANN SEBATIAN BACH, sobrando, ganhando de lavada
Agora, estritamente entre MOZART e BEETHOVEN, deixando Bach, incomparável, fora dessa “briga”, prefiro – eu disse PREFIRO – no geral, WOLFGANG AMADEUS MOZART, nas peças líricas, e na explosão de criatividade. Gosto mais de Ludwig Van Beethoven, nas peças instrumentais, especialmente as SONATAS.
Em minha opinião, nas peças líricas, Mozart dá banho em Beethoven, que só começou a crescer, nessa modalidade de música, e mostrar seu enorme talento, prá valer, no fim da vida, na Nona Sinfonia. No mais, foram peças esporádicas, aqui e ali, com lampejos de grande talento.
Acabei de ouvir a Grande Missa em D Menor, do Grande Mestre Austríaco, e me encantei! Como já tinha me encantado, mais de uma vez, com o Requiem.
Mozart, mesmo tendo nascido Gênio, teve a humildade de aprender com os Grandes Mestres que o antecederam, especialmente a Família Bach. E aprendeu muito.
A Grande Missa e o Requiem, por exemplo, são a prova cabal desse aprendizado. Nessas 2 peças sacras nota-se o uso de tudo aquilo que Bach Pai utiizava em suas composições sacras: o CONTRAPONTO PERFEITO, os belíssimos recitativos a duas vozes, a alternância de ritmos e a exploração do Canto Coral com rara beleza. E certamente Ele levou, também, para as peças operísticas esse rico aprendizado.
Mozart tem uma técnica apurada, nas peças líricas,
muito em razão desse aprendizado. A meu ver, Mozart supera Beethoven nesse gênero de música erudita, a Peça Lírica.
Ouvi a Missa Solemnis de Beethoven, mais de uma vez, e não me tocou, não despertou minha emoção.
Outro aspecto, Mozart, tal como J S Bach, compunha peças, sem revisá-las. Bach compôs 350 Cantatas, sem sequer revisá-las, como alguém jcompôs á afirmou nesse Blog, pois simplesmente não tinha tempo prá isso: por Contrato, tinha de fazer uma peça por semana.
Mozart também, pelo que se sabe, compôs inúmeras , sem revisão. Compunha-as, e, passo seguinte, as executava. E fez muita coisa com a qualidade lá em cima.
Nesse aspecto, acho que Beethoven perdeu muito tempo revisando e revisando
Essa obcessão pelo “LEGADO PRÁ POSTERIDADE” travou a fluidez, o jorrar, generoso de suas peças, em termos de QUANTIDADE.
Mozart era um gênio que calçava as sandálias da humildade, bebendo o quanto pode da fonte dos Mestres anteriores a ele.
Beethoven, nem tanto, mesmo tendo buscado conhecer suas obras. Parece que Ele se bastava. Humildade zero. O filme “O Segredo de Beethoven” mostra isso, de maneira cristalina.
“Ah, mas e as 9 Sinfonias”!!! “As Sonatas”!!!
Ouço as 9 sinfonias de Ludwig Van Beethoven e pontuo, aqui e ali, o que gosto de ouvir ou que prende minha atenção:
1) o Primeiro Movimento da 5a. Sinfonia (mas apenas o Primeiro Movimento); no Segundo e Terceiro Movimentos, bocejo enquanto ouço, nada de especial, em termos de construção musical diferenciada, de criatividade melódica.
Mas os BEETHOVENIANOS, quando se referem à Quinta Sinfonia, a esmagadora maioria, na verdade, se refere apenas ao PRIMEIRO MOVIMENTO. Não!!! Tem de ouvir toda a peça! E se assim o fizessem, a grande maioria bocejaria, ou ia “tratar da vida”.
2) toda a “Pastorale” (6a. Sinfonia). É a única Sinfonia de Beethoven que ouço, de cabo a rabo, sem bocejar. Gostoe de ouvÍ-la. Beethoven cria muito, nessa Sinfonia.
3) a Nona Sinfonia, mormente nas passagens em que se entoa o Canto Coral, o Canto Lírico, belíssimo. A meu ver, é o grande momento lírico de Beethoven, infelizmente no fim da vida.
E só. Não vi nada de criativo e melodicamente belo, que me emocionasse, nas Sinfonias 1, 2, 3, 4, 7 e 8.
As SONATAS de Beethoven, sim, aí é que estão as marcas do gênio, que o fazem superar Mozart e, às vezes, até ombrear com o Pai da Harmonia.
Bem, sinto decepcionar muita gente, mas meu parâmetro, caro amigo, é JOHANN SEBASTIAN BACH. E esse parâmetro é lá em cima, é muito alto!
Paulino, caro amigo, não seria a Grande Missa em C Menor? Concordo com você, peça lindíssima, assim como o Requiem e a Missa da Coroação! Quanto à comparação W. A. Mozart e L. V. Beethoven, apesar do mais profundo respeito por suas considerações, divirjo em alguns itens. Mas faz parte, né.
Ah, outra coisa, só prá pontuar, sem querer ser o sabichão, a Quinta Sinfonia, me parece, tem 4 Movimentos, e não 3. Mas concordo com vc, em várias de suas considerações.
Ainda que tardia minha referência ( e deferência), me é obrigatório, lembrar que, no dia 21 de março último, completaram-se 335 anos do nascimento daquele que é considerado por muitos … e também por mim, como o maior nome da história da música, Johann Sebastian Bach. Em 21 de março de 1685, nascia, em Eisenach, Província da Turíngia, no Sacro Império Romano Germânico (hoje, Alemanha), o Grande Mestre, o Pai da Harmonia, conforme o cognominou o genial L V Beethoven. De minha parte, para homenageá-lo, já acordei ouvindo os 6 Consertos de Brandemburgo. Depois, emendei com as 4 Suites Orquestrais. Já,de pé e tomando meu desjejum matinal, deu-me enorme vontade de ouvir o trio de Cantatas 140 (Wachet Auf Ruft Uns Die Stimme), 147 e a “Actus Tragicus”. À tarde, pus no som as Variações Goldberg – prá deliciar meus ouvidos com o som do piano. E encerrei o dia com o Oratório de Pascoa (“Easter Oratorio”, em inglês). Fui dormir emocionando-me, mais uma vez, com a Missa Em Si Menor. Um verdadeiro porre de felicidade, no dia 21 de março último. A bênçao, JOHANN SEBASTIAN BACH!
Mozart, em seus últimos anos, compôs várias de suas melhores obras. Isso me faz pensar se, com mais cinco anos de sua música, ainda haveria esse debate. Quanto aos que ficam entediados ao ouvirem a música de Mozart, me pergunto se gostam mesmo de música erudita? É mesmo preciso desmerecer um artista para enaltecer outro? Eu sei que vocês dirão que não estão desmerecendo ninguém, mas chamar as musicas de um artista de tediosas seria o quê?
O tedioso Mozart foi o maior autor de operas e um dos maiores em quase todos os subgêneros da música erudita. Compôs, com qualidade, missas, sonatas, operas, sinfonias, concertos para piano, clarinete, flauta, oboé etc e etc… Mozart não fazia música a rodo para “aparecer” ou porque não tinha preciosismo, ele o fazia porque era assim que ele sabia, sua essência enquanto compositor, seu jeito, sua natureza. Ele não saberia fazer diferente. Faço aqui uma analogia (tosca, eu sei) com os arremessos da jogadora genial Paula, os quais ela fazia de forma repentina, sem aparente preparação. Muitos poderiam dizer: Porque ela solta a bola tão rápido? Ela não melhoraria sua média de acertos se “preparasse melhor” seus arremessos? _ Não amigos! Ela era fantástica daquele jeito, e ponto. Não existe e nunca existirá o maior. No nível atingido pelos maiores, o diferencial é o gosto. Lembro-me sempre de uma fala do gênio pianista Vladimir Horowitz, no qual ele se refere a Beethoven como sendo um compositor que jamais seria capaz de produzir uma obra como Ave Maria, de Shubert. E o que isso significa? Sinceramente… Nada!
Mozart jamais comporia como Beethoven, e vice versa. Cada um expressou o melhor da sua arte a sua maneira. É tão tolo pensar que Mozart faria melhor se demorasse mais para compor, revisando e reescrevendo sua obras tantas vezes quanto necessário, quanto é tolo acreditar que Beethoven poderia produzir a toque de caixa.
Em tempo… Meu predileto é Bach, mas eu sou apaixonado por boa música, clássica ou não.
Abraços!
Romão, concordo com você em vários aspectos. Inclusive quando você escreve que Mozart escreveu muitas de suas melhores peças, nos últimos cinco anos. E isso aconteceu quando ele se livrou do jugo dos gostos e ditames musicais da época, um tanto castradores da criatividade. Pagou um preço por isso, assim como havia ocorrido com Bach antes, mas pode, a partir dessa libertação, compor peças belíssimas.
JAHANN SEBASTIAN BACH, A MULHER RENDEIRA DA MÚSICA.
“CARA, POR QUE VOCÊ GOSTA TANTO DA MÚSICA DE BACH”? Respondo. PRINCIPALMENTE POR CAUSA DA COSTURA MELÓDICA DE SUAS PEÇAS, MAIS ATÉ DO QUE DOS GENIAIS CONTRAPONTO E ALTERNÂNCIA DE RITMO. E explico.
Minha mãe era MULHER RENDEIRA, na Bahia. Ainda criancinha, ficava eu, alí, olhando, encantado, ela tecer a renda, usando os bilros,com grande agilidade nas mãos, resultando em lindíssimos tecidos de renda. Com o meu olhar de criança, achava aquilo o máximo, aqueles tecidos com linhas entrelaçadas. Aquilo me ficou na memória.
Hoje, ouvindo a música de Bach, percebo essa COSTURA MELÓDICA extraordinária, semelhante a um tecido rendado. Vejo o genial Grande Mestre tecendo suas notas na partitura, entrelaçando tons e semitons, com sustenidos e bemóis, acordes e arpejos, em alternâncias de ritmo ditadas pela conveniência da música. Sim, a Música de Bach se assemelha a um TECIDO DE RENDA, confeccionado com o uso da pena (BILRO), manipulando as notas musicais na partitura, em seus complexos e lindíssimos entrelaçamentos. Percebo isso ao ouvir tanto as Variações Goldberg (ao piano ou ao cravo) quanto os Concertos Prá Violino e Orquestra ou Piao Concerto, como queira) ou ainda o Primeiro Movimento da Cantata BWV (Bach Werke Verzeichnis, Catálogo das Obras de Bach) 140 (“Wachet Auf Ruft Uns Die Stimme”), em que se tece ao violino, nesse último, uma breve e admirável costura melódica solo, típica de suas peças musicais “rendadas”. Isso ocorre, também, nas peças líricas, tais como os Motetos, as Missas, os Oratórios e as próprias Cantatas.
Assim é que Johann Sebastian Bach poderia ser chamado, mais do que qualquer outro Grande Mestre, de o GRANDE ARTESÃO DA MÚSICA, a “MULHER RENDEIRA” DA HISTÓRIA DA MÚSICA, tamanha é a costura melódica de suas peças musicais. E ISSO ME ENCANTA
DEMAIS!
Sim, Armando, a Música Polifônica praticada por Bach permite essa “Costura” que vc cita. Realmente é muitp bonito isso!
Ouvi, mais uma vez, hoje, a SEXTA SINFONIA DE LUDWIG VAN BEETHOVEN, a “PASTORAL” (“PASTORALE”, em alemão). São 5 Movimentos admiráveis, muito criativos, com belas tecituras melódicas! Beethoven, amante do campo – onde, inclusive, trabalhou – compôs essa peça prá louvar os aspectos aprazíveis da vida rural. Portanto, é uma OBRA PROGRAMÁTICA, ou seja, se dá títulos (denominações) a cada uma das partes da peça (Movimentos), associando-lhe idéias ou temas. Muitos consideram essa Peça precursora da Música Programática. Discordo, respeitosamente. Na Era Barroca, Antonio Vivaldi, com “As 4 Estações”, por exemplo, já compunha Música Programática. Assim como Johann Sebastian Bach, com “Capricho Sobre a Despedida de um Estimado Irmão” (BWV 992), ou, até mesmo no Renascimento, Willian Byrd e outros compuseram esse tipo de Mússica Descritiva.
Mas o que interessa, aqui, é que a SINFONIA PASTORAL me encanta! Criativa. do início ao fim. A Orquestra trava um diálogo dinâmico e jovial, como deve ser as conversas do campo, com instrumentos de sopro (madeiras e metais) realçando os floreios melódicos da música, aconpanhados das cordas, que nada deixam a desejar. E o final (o Quinto e último Movimento) é muito aprazível e belo, espelhando, exatamente, o ameno e agradável retrato campestre. É muito gostoso ouvir a SInfonia Pastoral, do gênio Ludwig Van Beethovem!
EM 28 DE JULHO DE 1750, HÁ EXATOS 270 ANOS, partia JOHANN SEBASTIAN BACH, o maior gênio da história da música, na minha opinião e de milhões de pessoas, mundo a fora! Certamente os Bachianos, como eu, estarão lhe prestando, hoje, as mais que merecidas homenagens. Eu, de minha parte, ouvirei Bach, do início ao fim do dia. É a melhor homenagem que acho que pode lhe prestar esse simples mortal. Prá começar, já ouví, ainda na cama, as VARIAÇÕES GOLDBERG, tocadas, ao piano, pelo pioanista, maestro e bachiano, João Carlos Martins. A suavidade da música me fez dormir mais uma hora. Vou, na sequência, me deliciar com os 6 motetos admiráveis, prá ter uma aula de canto coral regado a muito contraponto. É música coral perfeita e bela. Um exemplo da melhor polifonia musical! Depois, no correr do dia, vou me encantando com os 6 Concertos Prá Violinno e Orquestra (ou Piano Concertos, como eu quiser), depois os 6 Concertos de Brandemburgo, as 4 Suites Orquestrais. A seguir, as 2 Paixões, entremeadas com O Cravo Bem Temperado e algumas belas Cantatas. E encerro com a Missa em Si Menor. Mas posso, num último momento, alterar a Programação, recheando-a com a Oferenda Musical ou uma ou outra Suite Prá Violoncelo e um ou outro Oratório, tato faz….., pois são 1.100 peças, amigo, e não é fácil escolher aquela que mais gosto e admiro! A BÊNÇÃO JOHANN SEBASTIAN BACH, você partiu, mas sua Música é imortal!
pela primeira vez encontrei alguém com a mesma opinião kkkkkkk
Bem vindo ao clube, Hiago, hehehe…
Enquanto escrevo essas mal traçadas linhas, ouço algumas PEÇAS ORGANÍSTICAS de Bach. Cara, confesso que músicas organísticas não me tocam, não me fazem a cabeça, mesmo quando é de meu ídolo BACH. E conheço muito bachiano ou não que também torce o nariz prá esse instrumento. Digo mais: que instrumento chato de ouvir o órgão! o inacreditável é que era chamado de o “nobre instrumento”. Não sei se ainda recebe esse título. O órgão me lembra logo IGREJA. Me lembra o harmônio dos meus tempos de seminário. Sim eu quase fui padre. Teria sido um grande erro vestir uma batina. Bach compôs peças magistrais para órgão. Nesse caso, o problema é o órgão? Não! São meus pobres e leigos ouvidos, que ainda não aprenderam a sentir toda a potência tonitroante desse “nobre instrumento”. Mas, cara, não consigo – ainda não aprendi a – gostar de música organística. Mesmo a TOCATA E FUGA EM RÉ MENOR não é, nem de longe, a peça de Johann Sebastian Bach que mais gosto. É que sou um leigo, entende? Talvez no dia que me tornar um grande e fecundo musicista clássico, venha apreciar mais o que se toca ao órgão. E, cara, estou estudando (teclado) prá isso. A verdade é que mesmo quando se trata de nossos ídolos, há aqueles pontos fracos na Obra do Grande Mestre que não faz muito nossa cabeça. Mas a culpa é muito mais nossa, de simples mortais, com todos os nossos defeitos e insuficiência musicais do que dos “Monstros” que compuseram essas peças e ditaram os instrumentos a serem usados. Desculpe, Bach, pela minha finitude! Foi mal!!!
Já fiz alguns comentários a parte em resposta a alguns amigos e percebi alguns equívocos em suas colocações. Primeiro o fato de se dizer que na época de Bach não havia piano, isso é uma erro pois Bach foi presenteado na época com um pianoforte, e existem inúmeras composições do artista em vários instrumento de teclas inclusive o pianoforte. Hoje o grande músico David Fray executa essas tocatas com maestria. Pianoforte era como o instrumento era conhecido na época e que inclusive toda as composições de Mozart, também foram construídas nele. O único compositor depois desses que se sentou num piano de calda foi Beethoven e os outros após ele. Bach não foi o melhor executor de contraponto ele foi o criador do contrapontismo em músicas barrocas, o que anteriormente eram chamadas de polifonias, então ninguém melhor do que o criador para ser o melhor em sua criação. Digo isso sabendo que o contrapontismo já existia na renascença, mas ainda em fase de construção harmônica. Bach foi quem revolucionou essa técnica e se tornou como o criador do contrapontismo harmônico. No mais, considero Mozart mais adequado ao título de gênio pelo seu elevado QI, tendo em vista a elaboração sem erros de notação em suas obras. Quase não havia necessidade de correções, suas notas eram perfeitas e até hoje tentam descobrir erros no contexto musical de Mozart e ninguém consegue, ser isso não é ser gênio, então não sei o que é. Em questão de musicalidade eu acho que Beethoven era o compositor transcendental que tentava elevar seus acordes a Deus, enquanto Mozart às paixões mundanas, então as emoções, sentimento e paixões são diferentes em cada um, então é notadamente óbvio que os dois são diferentes em seus estilos. São dois monstros inigualáveis e estarão para sempre em nossos corações.
De fato, Bach conheceu e usou pela primeira vez o pianoforte, em 1747, já no fim da vida, na côrte do Rei Frederico, da Prússia, que o chamara para testar sua capacidade musical. O rei, um amante da música e ótimo flautista, deu a Bach um tema prá que ele improvisasse, o que foi feito, sem maiores problemas. O rei prá provocá-lo pediu que ele improvisasse um tema a 6 vozes, bem mais complexo. Bach respondeu que, devido à complexidade do pedido, necessitava de mais tempo e que o prepararia em casa e traria ao rei. O que foi aceito. 4 ou 5 dias depois, Bach voltou ao palácio do rei Frederico com a genial OFERENDA MUSICAL, debaixo do braço.
Quanto ao fato de já haver o pianoforte, na época de Bach, e ele o ter sub-utilizado, deve-se ressaltar que em suas peças prá teclado, ele sempre anotava, em alemão, na partitura ‘KLAVIER” (teclado, em português), indicando que a peça podia ser executada no cravo, pianoforte, órgão, piano, clavicórdio, etc. Assim, pouco importa se havia ou não pianoforte em sua época, vez que SUAS PEÇAS PODIAM (E PODEM) SER TOCADAS EM QUALQUER INSTRUMENTO DE TECLAS. Ponto.
Quanto a Mozart ser mais genial que Bach, esse é outro assunto que precisa ser abordado. É sua opinião, que respeito, mas não concordo.
Voce só reforçou o que eu disse. Bach foi inclusive professor de piano. Agora foi voce quem falou que se existesse piano em sua época ele seria um Deus ou algo parecido. Então eu discordei. E voce mesmo agora concordou que existia. Somente isso. O resto é opinião de quem é o maior gênio.
Respondendo ao Afrânio, sobre “Bach foi professor de piano”. Primeiro, pianoforte não era piano. Era um instrumento que estava sendo desenvolvido, com características ainda rudimentares de piano (como o temos hoje), prá, lá na frente, se tornar piano. Bach sabia da existência desse instrumento e acompanhava e incentivava, de longe, sua evolução. Só foi ter contato. pela primeira vez, com esse instrumento, em meados de 1747, menos de 3 anos antes de morrer, na corte do rei Frederico, da Prússia. Pelo que se sabe, foi a única vez que o Pai da Harmonia teve contato físico com esse instrumento. Portanto, ele não foi professor de música, utilizando-o. O CLAVICÓRDIO, sim, ele teve um contato maior.
Sim, foi professor sim de piano, ele dava aulas para universitários de música na época, e pianofore é sim um instrumento chamado piano. Mozart também fez todas as suas composições em cravos e em pianoforte, então não é exclusividade de Bach em não tocar num piano de cauda, que só foi se usado por Beethoven. Pesquise amigo, um pouco mais.
Pianos são desenvolvidos até hoje. Estude como é contruido um piano por dentro que voce vai entender. Voce está falando bobagem. É lógico que pianoforte é um piano ou então me diaga o que é??? é uma instrumento de sopro??é um instrumento de corda?? É um cravo?? especifique então o que é um pianoforte.
Acho que pianoforte deveria ser um piano musculoso!
…A invenção se tornou conhecida como pianoforte, união dos termos italianos para “suave” e “forte” (piano-forte). Era descrito dessa forma no inventário citado (che fa’ il piano, e il forte), e em 1711 um jornalista chamou publicamente o instrumento de um “cravo com altos e baixos”, “gravicembalo col piano e forte” (gravicembalo sendo uma corruptela do nome italiano do cravo, — clavicembalo). Como a habilidade de emitir notas mais baixas ou mais altas enquanto era tocado era uma das características marcantes do instrumento, o nome pegou. Mais tarde, é claro, foi abreviado para simplesmente “piano.”
Desenhos e descrições do design original do piano foram publicadas em 1711 e fabricantes de instrumento por toda a Europa começaram a tentar recriar o instrumento inovador de Cristofori, especialmente Gottfried Silbermann, da Alemanha. Silbermann era tão conhecido por seu trabalho com o piano que ele é muitas vezes chamado incorretamente de seu inventor. Na verdade, apesar de Silbermann ter um papel fundamental na história do piano (e ter inventado o precursor do pedal de sustentação), ele dependia dos desenhos de Cristofori para criar sua própria versão do instrumento, aparentemente feita um ano após a morte de Cristofori.
Entretanto, de acordo com Johan Friedrich Agricola, um músico do século XVIII, os primeiros trabalhos de Silbermann com o piano não foram muito bons. Após ter completado sua primeira versão, Silbermann fez com que “Johann Sebastian Bach” o testasse e os resultados não foram exatamente brilhantes. As críticas de Bach ao instrumento levaram Silbermann a desenvolver um piano melhor, dessa vez tentando copiar os desenhos posteriores de Cristofori, dos anos 1720, que “já continham muitas das ferramentas presentes nos pianos modernos”. Depois de copiar essa versão e dá-la pra Bach testar, o compositor mudou de tom sobre a construção de Silbermann. Existem algumas outras evidências que talvez deem crédito a história de Agricola, ao menos a parte sobre Bach ter gostado das versões finais do instrumento feitas por Silbermann, existe um recibo de 8 de maio de 1749 que mostra que Bach ajudou Silbermann a vender um de seus pianos.
“Então, veja nesse manuscrito acima que Bach já muito antes se ultilizou do piano forte e já o conhecia, mostrando que voce e sua história estão equivocados.
O Rei da Prussia, pediu que Bach “testasse” todos os pianosforte da corte e em troca dando um a ele de presente. Isso não quer dizer que ele viu esse instrumento chamado “piano” pele primeira vez, então entenda isso agora. “Bach já conhecia o pianofote muito anos antes do que voce imagina.”
Bobagem quem está dizendo é você. Não afirmei que Bach não conhecesse o pianoforte. Afirmei que ele teve contato, em termos de tocar, pela primeira, em público, na corte do rei Frederico, da Prússia. Ele acompanhava, sim, as melhorias que Gottfried Silbermann fazia e incentivava isso. Mas não usava esse instrumento prá tocar em público. tanto é que a improvisação que ele fez, na corte, a pedido do rei Frederico, em 1747, JÁ NO FIM DA VIDA, ele o fez NO CRAVO, e não no pianoforte. O pianoforte ele apenas dedilhou e experimentou seu teclado. Mas a improvisação ele o fez no CRAVO. e, depois, em casa fez, NO CRAVO, a Oferenda Musical, prá presentear o rei. E mais. A partir de 1740, Bach já diminuia, cada vez mais, suas aulas, devido o avanço da cegueira, do problema nos olhos e da saúde e vigor físico que já não eram os mesmos. Em meados de 1747, já no fim da vida, quando esteve na corte do rei Frederico, e dedillhou um pianoforte, PELA PRIMEIRA VEZ EM PÚBLICO, praticamente já não lecionava mais, pois estava num estágio avançado de cegueira. Portanto, ele não usava nas suas aulas o pianoforte. Usava, sim, o cravo, o órgão e, às vezes, o clavicórdio. Bach conhecia o pianoforte, sim, e incentivava Silbermann no seu aperfeiçoamento. Mas não o usava prá tocar em público. O cravo era sempre seu instrumento de ensinamento aos alunos.
Muitos especialistas em Música Erudita gostariam de dizer isso, mas preferem ficar calados, se omitirem, prá não criar polêmicas e até se queimarem profissionalmente, porque o “lobby” da Grande Mídia Hollyoodiana e Européia ( que ainda continua discriminando Bach) é poderoso e faz cara feia, se disserem isso. Mas como estou pouco me importando prá Grande Mídia Hollyoodiana e não tenho nenhuma vontade de ser politicamente correto, afirmo que Johann Sebastian Bach é INCOMPARÁVEL, porque:
1 – suas peças musicais tem, via de regra, uma costura melódica, um FRASEADO (como gostam de dizer os especialistas em música) extremamente rico, que não se vê na obra de nenhum outro Grande Mestre;
2 – o CONTRAPONTO – que se traduz por duas ou mais melodias sendo executadas, simultaneamente, com diferença de ½ tempo entre elas – é utilizado em grande parte de suas peças, um PLUS DE QUALIDADE E COMPLEXIDADE que, forçosamente, tem de diferenciá-lo dos demais Grandes Mestres, quase todos MONOFÕNICOS, ou seja, uso tão somente da MELODIA mais o ACORDE;
3 – Não dá prá comparar uma peça POLIFÔNICA com uma MONOFÔNICA, pois estaria a comparação viciada, no seu nascedouro, vez que o parâmetro é absolutamente inadequado, gerando um resultado injusto, a desfavor do Grande Mestre Polifônico, soando como comparar um carro 2.0 com um outro 1.0, totalmente incompatível, portanto;
4 – Deve-se comparar Peça Polifônica com Peça Polifônica, assim como Peça Monofônica com Peça Monofônica, criando, assim, um critério justo;
5 – essa junção de melodias (contraponto), costuradas como se fosse uma renda, criando um ambiente diversificado de sons aos nossos ouvidos, resulta numa extraordinária sensação plena da Música, proporcionada pelas Peças de Bach;
6 – grande parte das peças desse Grande Mestre, sem qualquer erro técnico ou incorreções, não era revisada, a exemplo das 224 Cantatas que se salvaram, mostrando sua explosiva genialidade criativa;
7 – foi o Grande Mestre que mais compôs (catalogadas 1.100 peças), numa qualidade lá em cima, em termos de harmonia e perfeição técnica;
8 – sua Música pode ser tocada em QUALQUER INSTRUMENTO, pouco importando se é PIANOFORTE, piano, cravo, harpa, violino, sanfona, acordeon, guitarra, violão, e não é repetitiva, não guardando similaridade entre uma peça e outra;
9 – a Música de Bach é ATEMPORAL, foi composta, por acaso, no período Barroco, mas é música de todas as épocas, sendo executada, mais do que nunca, agora, no Século XXI;
10 – suas peças instrumentais são de curta duração – durando, em média, 20 minutos – permitindo aos apreciadores de música sua memorização, podendo até ser cantaroladas, tranquilamente, o que não ocorre com outros Grandes Mestres, cujas peças duram, na sua maioria, acima de 40 minutos.
Dito tudo isso, eis porque Johann Sebastian Bach, prá mim, INCOMPARÁVEL, é o Maior Gênio da História da Música, O Pai da Música, O Pai da Harmonia (como dizia Beethoven), e tantos outros títulos que recebe, merecidamente.
Quanto a Mozart e Beethoven, apesar de vários momentos de genialidade, não podem ser comparados a J S Bach, não só pela característica MONOFÔNICA de suas músicas, mas também porque não conseguem, em suas peças, costurar o tecido de renda criativo que se observa nas peças de Bach.
Mozart, em algumas de suas peças lírico-religiosas (Requiem, Grande Missa em Do Menor, Missa da Coroação) usou, sim, de maneira brilhante e com grande beleza o CONTRAPONTO, ainda que na forma mais simples (a 2 vozes, duas melodias), assim como em algumas fugas e sonatas, mostrando que o aprendizado com os manuscritos de Bach surtiu grande efeito. Beethoven, me parece, nem isso fez. É cem por cento monofônico (melodia + acorde).
Mas aprecio e ouço, também, Mozart e Beethoven, considerando-os, merecidamente, componentes da SANTÍSSIMA TRINDADE DA MÚSICA. Mas, PRÁ MIM,, Bach é absoluto. Sua Música Polifônica me atende, plenamente, me encanta. Enfim, “cada um é cada um”.
Amigo, insistir no equivoco é burrice. Sem mais comentários de respostas à voce, pois voce parece dessas pessoas que morre mas não perde a pose. Casa vez que voce tenta responder se enche de contradição. Então melhor seria ficar calado. Vlw e fica aí com seu Deus da música.
afranioff, acho bobagem ficarmos aqui discutindo se Bach usou ou não o pianoforte em suas aulas. A mim, o que importa é que sua Música Polifônica é ESPETACULAR, INIGUALÁVEL, atende plenamente o que espero da Música Erudita! Assim como você admira mais Mozart, acha Mozart mais genial. Deve ter suas razões prá isso, assim como tenho as minhas prá achar Bach o Maior Gênio da História da Música. É questão de gosto. E nosso público de admiradores da Música Erudita (Clássica) é tão restrito, no Brasil, que temos mais é que ficarmos unidos no nosso excelente gosto musical, sem muito sectarismo. Que cada um defenda seu Grande Mestre favorito. Quem sou eu prá contrariar! Ouço Também Mozart, Beethoven, Vivaldi, Handel, Chopin, Villa Lobos, Tchaikovsky, etc.
“afranioff”, vou aqui defender o Paulino que se mostrou uma pessoa conciliadora sem propensão pro atrito. QUEM NÃO “PERDE A POSE” É VOCÊ! Apareceu aqui nesse espaço democrático se achando o tempo todo o dono da verdade, cheio de prepotência, com desmerecimento pela opinião alheia, como se fosse o dono da história. Você é um presunçoso que se acha o bam bam bam e não aceita ser contrariado. Deve ser um PIANISTA MEDÍOCRE que tentou tocar a Música de Bach e não conseguiu. Aí ficou frustrado e passou a desmerecer Bach e a exaltar a musica ligeirinha de Mozart que consegue tocar. Um nítido exemplo da Fábula da Raposa e as Uvas. Quem tem de ficar calado é você e ir destilar sua prepotência e intolerância em outro espaço. Se você continuar a escrever aqui e a ofender, vai ter resposta a altura! O espaço aqui é de diálogo …. prá quem quer dialogar. Prá quem não quer vai ter resposta na medida certa!
O Afranio citou o exímio pianista David Fray, e, de fato, é de se notar e até mesmo se comover como esse músico excepcional tenta interpretar o que Johann Sebastian Bach quis dizer, ao colocar nas partituras as notas musicais, a exemplo da interpretação que ele faz da peça Piano Concerto em Lá Maior, tentando mostrar aos músicos como Bach queria que fosse tocado. É muito interessante e até mesmo tocante como esse pianista se entusiasma e mesmo se emociona, transferindo isso aos músicos da orquestra! Notável!
Vè-se isso em “Swing, sing, think: David Fray – Bach’s Keyboard’s Concertos”. Ele faz essas interpretações, também, com músicas de outros Grandes Mestres, não somente de Bach, é bom que se diga.
É verdade, Armando. É de se notar como os PIANISTAS EXCEPCIONAIS adoram as Músicas de Bach. Já os Pianistas apenas bons ou esforçados gostam mesmo é das Músicas Monofônicas de Mozart, Beethoven e outros Grandes Mestres menos votados. Conseguem tocar suas Músicas e, aí, acham-nos os “Maiores Gênios da História da Música”. Quanto a Bach, acham sua Música muito “complexa, chata, antiquada e … de Igreja”. Sabe a Fábula da Raposa e as Uvas? É mais ou menos por aí. O pior é que, acredite, muitos desses “Músicos” se tornam, lá na frente, “regentes” e “diretores musicais”. E é claro que, na hora de escolher o repertório, a Música excepcional de Bach vai ser desenhada ….., pois eles, lá atrás, nas suas mediocridades, não conseguiam tocá-la. Hollyood, muitas vezes, tem esses caras no “front”. Algumas mentes do Século XVIII se reproduzem no Século XX/XXI. Mas isso, felizmente, tá mudando! É só um desabafo!
Em Eisenach, Turíngia (hoje, Alemanha), em 21 de março de 1685, nascia a 336 anos, aquele, que para muitos especialistas em Música e para mim, é o MAIOR GÊNIO DA HISTÓRIA DA MÚSICA: JOHANN SEBASTIAN BACH. Hoje, acordei ouvindo a singela “KEEP CALM AND LISTEN TO BACH”, na internet. São mais de 4 horas de música genial, diferenciada, acima dos padrões normais da Música Erudita/Clássica. Música Polifônica de altíssimo nível, inalcançável, em termos de genialidade. De minha parte, a melhor homenagem que posso prestar a esse Monstro da Música é ouvir e ouvir suas peças, que são muitas e prá todos os gostos. Como dizem alguns especialistas: “Bach não se discute, ouve-se”. É isso: APENAS OUÇA. E se não se sensibilizar por sua Música, meus pêsames!
Paulino se refere ao fato de a Música Instrumental de Bach, por ser Peças, em sua maioria, de curta duração (entre 15 min e 25 min) permitir que seja até cantarolada e assobiada, em alguns de seus Movimentos. Eu concordo, pois, como tenho muito boa memória, já decorei alguns desses movimentos, e costumo assobiar e cantarolar, debaixo do chuveiro. E, aí, me reporto aos BACHFEST anuais, de Leipzig, Alemanha, mais especificamente ao que foi realizado, anos atrás, o SWINGING BACH – 24 HOURS BACH. Durante pouco mais de 2 horas, Músicos e Bandas como Bob McFerrin, German Grass, Jacques Loussier e Outros mostram como a Música de Bach é Multinstrumental, Multivocal e Atemporal, se perenizando através dos Séculos. É uma maneira criativa de mostrar a Música desse Gênio.
Hoje, 28 de julho de 2021, se completam 271 anos da partida daquele que, na minha opinião, foi o MAIOR GÊNIO DA HISTÓRIA DA MÚSICA, JOHANN SEBASTIAN BACH. Vou dormir, hoje, ouvindo as VARIAÇÕES GOLDBERG, prá ter meu sono acalentado, como outrora, lá na primeira metade do Século XVIII, o tivera o Barão Russo. Mas, agora, ouço, enquanto escrevo essas mal traçadas linhas, a fantástica Suite Orquestral número 1, já no seu último Movimento, o magnífico “PASSEPIED”, sentindo toda a beleza do Contraponto entre o oboé e as violas e/ou violoncelos. A BENÇÃO, JOHANN SEBASTIAN BACH, aí da Bem Aventurança, onde você está, Deus que você é ……DA MÚSICA.
Identifico-me muito com Ludwig Van Beethoven, em termos de sentimentos, em aspectos emocionais, pois, como Ele, me sinto um tanto quanto fracassado com as mulheres, no lado amoroso. Talvez não com a profundidade do Grande Mestre, mas me sinto. E, por isso, posso, sim, pelo menos tentar interpretar sua Sonata em C Menor, Opus 13, a denominada “Pathetica”. Essa Sonata – e não somente essa, pois há outras com estrutura composicional idêntica – é a cara de Beethoven, do Beethoven emocional, com suas carências afetivas, sua profunda frustração amorosa, seus demônios interiores.
O Primeiro Movimento – “Grave – Allegro di molto e Con Brio” (rápido, como soe ser), mostra um Beethoven com um misto de fúria, inconformismo e desespero d’alma, que se aventura, em alguns momentos, até mesmo no Contraponto, como se quisesse, a duas vozes (ou melodias), a duas mãos, expor todo o seu estado de espírito, inconformado com sua desventura.
No BELÍSSIMO Segundo Movimento – “Adagio Cantabile” (lento, de maneira dramática), o Compositor cai numa tristeza depressiva, num movimento prositalmente lento além do normal, como prá expressar o quão profunda é sua “chaga” interior, o seu desânimo com sua situação. O Movimento é de uma tristeza pungente. Confesso que me vem lágrimas nos olhos, quando o ouço, pois parece que me identifico com o que o Compositor estava sentindo, ao compô-lo.
No Terceiro Movimento – “Rondo: Allegro”, Beethoven retoma o fôlego e o ânimo, como se não quisesse se dar por vencido, na sua desdita, sempre na esperança de encontrar seu grande amor. O Movimento é alegre sem ser agressivo como no Primeiro, menos grave, mas ágil, indicando um Beethoven que não se deixa vencer pelas intempéries de seu tempo, pelas suas desventuras …. e pelos seus demônios. O Movimento começa e termina alegre, num promissor otimismo pessoal e musical. Identifico-me muito com esse CARA! Baita Sonata!!!
Eu também considero Bethoven o maior compositor de todos os tempos. Todas as suas sinfonias, sonatas, trios, quartetos e concertos são de excelente qualidade técnica. A demora em tornar pública uma sinfonia, deve-se a complexidade para compor cada uma delas. Frise-se que em cada uma, três ou quatro sinfonias são executadas no mesmo movimento. Até então nenhum compositor fizera assim, nem o Mozart, outro gênio.
Não afirmei que Beethoven foi o maior de todos. Apenas analisei sua Sonata, denominada “Pathetica”, e o modo como ela me comove. Gosto, sim, de Beethoven, como gosto de outros Grandes Mestres. Mas Bach, prá mim, é incomparável. É, sem dúvida, o Pai da Harmonia, o Pai da Música. Sua Musica POLIFÔNICA, CONTRAPONTÍSTICA, dificilima de compor e belissima, não tem comparação com as dos outros Grandes Mestres. É questão de justiça.
A PROPÓSITO, NO ÚLTIMO DIA 21 DE MARÇO DE 2022, COMPLETARAM-SE 337 ANOS DO NASCIMENTO DO MAIOR GÊNIO DA HISTORIA DA MÚSICA, JOHANN SEBASTIAN BACH, NA MINHA MODESTA OPINIÃO E DE MUITOS ESPECIALISTAS EM MÚSICA CLASSICA/ERUDITA. APESAR DA GRANDE MÍDIA DEIXAR PASSAR EM BRANCO, PRESTEI A ELE MINHA SINGELA HOMENAGEM, OUVINDO, NAS 24 HORAS QUE SE SEGUIRAM, SUAS BELISSIMAS MÚSICAS. Agora, enquanto escrevo essas mal traçadas linhas, ouço o Concerto de Brandemburgo número 4, de cabo a rabo. Que sonoridade, especialmente o Primeiro e Segundo Movimentos! A Bênção Grande Mestre, Deus da Música! Pai Eterno e Incomparável da Harmonia!
O maior gênio da música clássica chama-se JOHANN SEBASTIAN BACH. A meu ver, Bach SOBRA, Bach ganha, DE LAVADA. Sua Música POLIFÔNICA é INCOMPARÁVEL É incomparável, porque é única, inimitável, BELÍSSIMA. De fato, o rigor técnico, o senso de justiça e a sensatez faz com que seja obrigatório assevera que a Música de Bach seja INCOMPARÁVEL, porque a POLIFONIA, o CONTRAPONTO, por sua própria natureza sonora, NÃO POSSA SER COMPARADA COM A MÚSICA HOMOFÔNICA PRATICADA PELOS DEMAIS GRANDES MESTRES. Logo, Johann Sebastian Bach é um caso à parte na música clássica/erudita, é hors-concours, não pode ser comparado com os outros, sob pena de haver uma lamentável e indesculpável injustiça. Simples assim.
Bacana a homenagem que o Sistema Globo está prestando a Ludwig Van Bethoven, pelo seu aniversário de nascimento, inserindo o Primeiro Movimento da Quinta Sinfonia na trilha sonora de sua novela das 7. Muito merecido, pois é gênio! Quem nos dera que Bach recebesse tal homenagem! Até recebe, mas não dá Grande Mídia, por enquanto. O que é de se lamentar. PARABÉNS LUDWIG VAN BEETHOVEN!!! Você é o cara, você é genio!
No dia 21 de março próximo passado comemorou-se 338 anos do nascimeno do MAIOR GENIO DA MÚSICA CLASSICA, JOHANN SEBASTIAN BACH. Os especialistas costumam dizer que “Bach é INCOMPARÁVEL” De fato, Bach é INincomparável, PORQUE: 1) seu estilo de Música Polifônica/Contrapontística tem uma dimensão e grau de complexidade que supera, ultrapassa, está alguns (de)graus acima da dita Música Homofônica, estilo da esmagadora maioria dos Grandes Mestres: 2) nesse estilo de Música Contrapontística, complexa e extremamente melódica, ele compôs cerca de 1.100 Peças, quase todas num notável nível de perfeição melódica, harmônica e de ritmo. Poderia ficar, aqui, escrevendo sobre Johann Sebastian Bach, ad aeternum. Mas fico apenas nesses dois tópicos. O Planeta Terra, que ouve sua excepcional Música, cada vez mais, fala por mim. Mesmo porque BACH NÃO SE DISCUTE, SE OUVE.