Na sequência desta semana comemorativa aqui no Blog, vamos tratar da Economia neste ano da graça de 2018.
Como todo mundo sabe, já há algum tempo o Autor resolveu colocar sua chutometria em confronto com as previsões do tal do “Mercado”. Começando com três até chegar em cinco parâmetros (inflação, dólar, PIB, balança comercial e taxa de juros), até agora o resultado representa uma verdadeira lavada deste espaço nos “çábios”: foram cinco vitórias fáceis e apenas uma derrota apertada em 2014.
O histórico desse embate parece ser suficiente para concluir o óbvio: os caras regiamente pagos para analisar cenários macroeconômicos sequer conseguem, em regra, enxergar meio palmo na frente do nariz. Só isso explica como chutes declarados podem estar mais próximos da realidade em 80% do tempo, enquanto as previsões oficiais mal alcançam 20% do total.
Antes de renovar mais uma vez a briga, vamos à prova dos 9 em relação às previsões do ano passado. Neste post aqui, encontram-se relacionados os chutes do Boletim Focus e do Blog. Eis o resumo:
“1 – Inflação:
– Focus: 4,84%.
– Blog: 4,15%.
2 – Dólar:
– Focus: R$ 3,30.
– Blog: R$ 2,80.
3 – PIB:
– Focus: 0,50 %.
– Blog: 1 %.
4 – Saldo da balança comercial:
– Focus: US$ 46 bilhões.
– Blog: US$ 37 bilhões.
5 – Taxa de juros ao final do ano:
– Focus: 13,25%.
– Blog: 9,75%”.
No primeiro quesito, o Blog marca seu primeiro gol. Como todo mundo sabe, a inflação fechou não só abaixo da meta de 4,5%, como abaixo mesmo do intervalo de tolerância de 1,5%, resultando em um IPCA de 2,95%. Uma vez que o Mercado chutou uma previsão acima da meta, ponto para o Blog.
No segundo quesito, os “çábios” empatam. O dólar terminou o ano em R$ 3,31, quase na mosca do que previra o Boletim Focus. O chute do Blog passou longe, muito longe do resultado final. Ponto para o Mercado.
No terceiro quesito, temos uma incógnita, porque o IBGE ainda não divulgou o resultado oficial. Estima-se que a economia tenha crescido em torno de 0,75%. E, embora seja mais provável que o Brasil tenha crescido mais próximo de 1% (o que daria o ponto nesse quesito ao Blog), acredito que o mais justo seja considerar um empate e não atribuir o ponto a ninguém.
Questão parecida se repete no quarto quesito. Embora se possa dizer que o chute do Mercado tenha ficado, em valores absolutos, mais próximo do que resultado final (US$ 67 bilhões), o fato é que eles erraram a previsão por mais de 50%. Longe, portanto, de qualquer margem de erro. Assim como no caso anterior, o mais justo é considerar que ambos erraram e não atribuir ponto a ninguém.
E, para não dizerem que os números aqui são manipulados, pelo mesmo critério pode-se concluir que ninguém acertou o último quesito (taxa de juros). Embora o Blog tenha chegado mais perto do que o Mercado, também aqui o erro supera a margem de erro em quase 50%, pois a taxa de juros encerrou o ano a 7%.
Em resumo, temos pela primeira vez nesse duelo histórico um empate. Como o propósito é provar que os çábios é que estão errado, o mais correto é fazer como nos torneios de antigamente, nos quais o empate favorecia o dono da casa. Visto que o dono da casa, nessa hipótese, é o próprio Mercado, o pessoal da grana grossa da Paulista diminui a lavada econômica para ainda ridículos 5×2.
Vejamos, agora, as previsões para 2018:
1 – Inflação:
– Focus: 3,95%.
– Blog: 3,5%.
2 – Dólar:
– Focus: R$ 3,32.
– Blog: R$ 3,10.
3 – PIB:
– Focus: 2,69 %.
– Blog: 2 %.
4 – Saldo da balança comercial:
– Focus: US$ 55,6 bilhões.
– Blog: US$ 50 bilhões.
5 – Taxa de juros ao final do ano:
– Focus: 6,75%.
– Blog: 6,5%.
A sorte está lançada. Em 2019 veremos novamente quem esteve com o pé mais calibrado em matéria de chutes. A julgar pelo histórico, eu não hesitaria em dizer que teremos uma nova vitória do Blog.
Quem viver, verá.
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