Nem só do saibro de Roland Garros vivem os one hit wonders do tênis. Para provar isso, basta recordar o caso do sujeito que levou o Aberto da Austrália: Petr Korda.

Petr Korda
Jogador magro, alto e desengonçado, Petr Korda não dava a aparência de ter o menor tino pra raquete. A despeito de ser canhoto, seu forehand não machucava muito o adversário. Sua força residia no saque, sem angulação, mas com enorme potência.
Em favor dele, diga-se que, logo no começo da carreira, chegou a fazer uma final em Paris. Mas perdeu contra Jim Courier em 3×0.
Em 1998, no entanto, Korda conseguiu chegar a outra final de Grand Slam. E, dessa vez, não deu chance pro azar. Numa partida estranhíssima contra um apático Marcelo Rios, Korda detonou o chileno por 3 sets a 0.
O problema foi que, depois da final, Korda caiu no anti-doping do torneio. Até hoje, Korda ostenta o “honroso” título de único campeão de Grand Slam a ostentar um teste positivo em anti-doping. Com isso, seu título, sua carreira e sua credibilidade caíram em desgraça. Ele nunca mais se recuperou e, algum tempo depois, despediu-se do tênis, sem deixar grandes recordações.
Melhor assim.