A nova onda de islamofobia, ou Há algo de errado no Islã?

É sempre a mesma história. Toda vez que acontece um atentado terrorista promovido por fundamentalistas islâmicos, ressurge com força o preconceito contra a religião de Maomé. De Norte a Sul, de Leste a Oeste, quase todo o mundo se pergunta como impedir que os devotos de Allah dominem o mundo e o lancem numa nova Idade das Trevas.

Não que o preconceito seja de todo injustificado. Afinal, 9 em cada 10 ataques terroristas têm como agentes pessoas ligadas ao radicalismo muçulmano. E, quando se pensa que o que havia de pior contra a humanidade foi feito – como foi o caso do de 11 de setembro -, eis que surge mais um novo ataque para tentar demolir os fundamentos da nossa civilização – como foi o caso da chacina da redação da Charlie Hebdo.

A questão, contudo, vai além dos medos e (pré) julgamentos formados a partir da experiência mundial recente sobre o terror islâmico. Toda essa discussão remete a uma pergunta básica, que acaba passando despercebida no meio da comoção: por que a maioria dos terroristas é islâmica? Ou, de forma mais clara, há algo de fundamentalmente errado com o Islã, que direciona seus seguidores a atos bárbaros como o atentado de Paris?

O assunto há foi abordado aqui em pelo menos uma oportunidade. Naquela ocasião, tentou-se demonstrar que todo ataque terrorista praticado em nome de Allah é, na verdade, uma deturpação da fé muçulmana, uma religião que prega a paz e a tolerância com as demais religiões. Mesmo assim, a recorrência dos atentados e da origem religiosa de seus praticantes faz surgir a dúvida se essa posição não estaria incorreta. Aparentemente, a resposta é não.

Há de se ter em mente, antes de mais nada, que o fundamentalismo religioso não é exclusividade dos seguidores de Maomé. No Brasil mesmo, um país de tradição católica, ele dá as caras vez por outra. Quando o pessoal do Porta dos Fundos resolveu fazer um especial de Natal baseado no nascimento de Jesus, a repercussão foi tão imensamente negativa que um dos seus integrantes, Fábio Porchat, teve a vida ameaçada por fundamentalistas cristãos (para saber mais, clique aqui).

Além disso, é necessário contextualizar a intolerância de certos setores do Islã com os, digamos, fundamentos da civilização ocidental. A imensa maioria dos países de profissão muçulmana vive sob um regime ditatorial, no qual não há liberdade alguma e a informação é rigidamente controlada pelo Estado. E, na maior parte das vezes, seus governos são inimigos dos países ocidentais, Estados Unidos à frente.

Imagine, então, você sendo um cidadão de um Estado que promove a opressão em nome de Allah. Imagine, agora, você ouvindo 24h por dia, na TV e na rádio, que o responsável pela desgraça do país em geral e a sua, em particular, são os “infiéis do Ocidente”. De que forma você encararia o mundo ocidental?

O que estou dizendo pode ser muito bem compreendido ao se analisar as origens geográficas dos terroristas (ou, no caso da Charlie Hebdo, das células que formaram os terroristas). É fácil encontrar gente desse tipo no Iraque, no Afeganistão ou no Iêmen. Mas quantos terroristas do Kwait você já ouviu falar praticando atentados contra os americanos? Ou quantos terroristas indonésios atacaram cidadãos franceses (lembrando que a Indonésia é o maior país muçulmano do mundo)?

No fundo, no fundo, a questão por trás desses atentados é muito mais política do que religiosa. As referências ao Corão não passam de um pretexto para o exercício da vingança por parte de gente que culpa o Ocidente por tudo de ruim que existe em seu país e, em alguns casos, como instrumento de terror por parte de governos que utilizam a velha tática do “inimigo externo” para pintar e bordar internamente.

Além disso, é necessário render-se ao fator temporal.

Como todo mundo sabe, a religião muçulmana surgiu apenas no século VII d.C. Por isso, quando as pessoas acusam os radicais islâmicos de quererem lançar o mundo numa nova Idade das Trevas, na verdade é justamente isso que eles querem. No fundo, os muçulmanos estão no mesmo estágio evolutivo em que esteve o catolicismo quando houve a Inquisição: cassando liberdades individuais e matando (ou queimando) quem se opõe à fé professada.

Com o tempo, claro, a religião passou a ocupar cada vez menos espaço no campo político, e a separação entre Igreja e Estado passou a ser novo dogma do secularismo. No mundo islâmico, não. A religião representa ainda fator fundamental de identidade e união do povo, estando umbilicalmente ligada à institucionalização da maioria dos estados árabes Vide o caso da Revolução Iraniana de 1979 e a estruturação do “Novo Estado Persa” que lhe seguiu.

Do ponto de vista histórico, portanto, há um hiato de seis séculos de evolução que o cristianismo percorreu e que o Islã ainda terá de percorrer. A melhor forma de abreviar esse caminho é exercitar a tolerância e tentar trazer os muçulmanos para dentro do mundo. Segmentá-los e hostilizá-los somente fará com que outros 600 anos se passem até que os seguidores de Maomé alcancem o mesmo nível de contemporização hoje ostentado pelos cristãos.

É o que se espera que todo mundo entenda neste momento difícil.

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6 Responses to A nova onda de islamofobia, ou Há algo de errado no Islã?

  1. Avatar de André André disse:

    Instigante texto, em que usas com habilidade o recurso retórico da pergunta. Vários pontos polêmicos, algo natural ao se tratar de um tema de tamanha complexidade, mas isso é uma questão menor. Preferível se fixar nos consensos e lançar novas reflexões.

    Nesse sentido recomendo o texto (link ao final) escrito por André Lajst, um jovem brasileiro e israelense, que serviu a força aérea de Israel e é especialista em terrorismo, segurança nacional e história israelense. Reproduzo algumas partes de sua fala, merecedoras de reflexão:

    – “o terrorismo e o radicalismo islâmico aos poucos estão claramente tentando roubar algo que não pertence a eles: A religião islâmica em si”.

    – “Esta semana vi um vídeo surpreendente no qual o Presidente do Egito Abdel El-Sisi discursava a um grupo de clérigos religiosos muçulmanos na Jordânia e disse claramente que estes radicais estão “roubando a religião” e que somente uma reforma rigorosa que venha de dentro do islã poderá combater de forma efetiva estes radicais. Ele tem razão. A solução duradoura para este problema vira de dentro do islã e não de fora”.

    – “Os muçulmanos de bem precisam ser fortes e ter motivação para criar as reformas e as devidas revoluções contra estes radicais terroristas que deturpam o islã e interpretam a mesma da maneira que bem entendem”.

    – “Temos nosso papel neste progresso e um deles é não generalizar. É abrir uma porta a estas pessoas moderadas e não fechá-las”.

    – “Não acredito em utopias e em contos de fadas. Entendo o significado do terrorismo radical e a necessidade de combatê-lo. O que está acontecendo no mundo muçulmano e em especial na Europa é importante, é sério e merece toda nossa atenção e preocupação e principalmente e acima de tudo, da nossa razão”.

    http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/o-fantastico-texto-de-um-brasileiro-israelense-contra-a-islamofobia/

  2. Avatar de Mourão Mourão disse:

    Você foi altamente feliz na construção do texto.Pena que prevaleçam na mídia deias apressadas, expressas ao sabor dos acontecimentos. Lembro apenas que muitos dos terroristas são oriundos da Arábia Saudita e que os islâmicos têm uma tendência, por razões por você explicitadas a se sentir ultrajados pelo ocidente, então tudo que serve de deboche contra o profeta para eles é uma ofensa ao povo muçulmano. Considero que o Ocidente precisa rever sua posição com referência aos islâmicos. Em vários casos o uso fa força se justifica e é mesmo inevitável, porém urge uma política de verdadeira integração dos jovens muçulmanos na Europa, grande parte deles querendo viver de acordo com os costumes seculares.
    Um texto que e eu digo aristocrático, sem perder a simplicidade.
    Valeu.

  3. Avatar de Ivani Medina Ivani Medina disse:

    Tão perigosa quanto à imbecilidade assassina do Estado Islâmico é a covardia ocidental. Na década de 50 o historiador britânico Arnold J. Toynbee havia previsto que a próxima guerra seria entre cristãos e muçulmanos. Vale lembrar que, naquela época, Gerge W. Bush ainda usava calças curtas e nesses últimos 15 anos contabiliza-se quase 25.000 ataques islâmicos (da religião da paz). Depois de um dos ataques mais recentes, a um balneário tunisiano (26/06/2015), 82 mesquitas foram fechadas na Tunísia porque seus clérigos incitavam os fiéis à violência. Aqui não estamos a falar exclusivamente de grupos terroristas, mas também de religiosos com uma responsabilidade social considerável. Sermão inflamado contra o Ocidente não é escandaloso no meio islâmico. O problema é que outros fatos do tipo iriam repercutir negativamente na receita tunisiana com a debandada dos turistas europeus.
    .
    Dizer que nem todo islâmico é terrorista significa o quê? Absolutamente nada! Dizer que os terroristas não são islâmicos, “se fingem de islâmicos”, significa o quê? Que são cristãos disfarçados a confundir a opinião pública? Ora, gritam a cada ação “Allah ú akibar” (Alá é grande) só para confundir e não pelo que, realmente, acreditam estar lutando? Qualquer bobagem da desinformação é usada, se for para contribuir com o avanço do islã sobre o mundo ocidental.

    Além de mentirosa e ridícula, essa mania de isentar o islamismo da sua responsabilidade é uma opção covarde e equivocada. Não se vai evitar nada de ruim desse modo, uma vez que a omissão favorece a expansão do islã por toda parte, com sua sedução enganadora. Seria mais digno e eficiente dizer: “Resolvam logo isso entre vocês. A construção de mesquitas, madraças, centros culturais e a difusão da sua crença estarão suspensas no Ocidente até que se mostre, na prática, uma solução confiável e duradoura para esse confronto”.

    Hoje, com as informações que dispomos relativas ao comportamento humano, podemos concluir que as atitudes mais ou menos agressivas acabam dependendo muito da índole do indivíduo. A maioria da espécie humana parece tender a boa índole. O problema é que a minoria má é grande demais. Quando o indivíduo se sente liberado à barbárie, não só pela falta da educação, mas principalmente por causa dela ou pela sua cultura religiosa, são os atos dessa minoria altamente numerosa que vão deixar todos em perigo.

    Nesse caso, o ego coletivo pode ser comparado, argumenta Toynbee, ao poderoso e mitológico monstro bíblico Leviatã. Este poder coletivo a mercê das paixões subconscientes escapa à censura pessoal que freia os baixos impulsos do ego. A má conduta, que seria condenada sem hesitação, no entanto, quando o indivíduo transita do singular para o plural, ainda mais sob a instigação de clérigos exaltados amparados por um livro sagrado (Alcorão), encontra a responsabilidade individual em recesso.

    Então, estes, chegam às barbaridades sem culpa alguma, e aqueles que não têm tal inclinação a flor da pele não os condenam Sabem que seus irmãos de crença agiram em cumprimento do livro imutável que orienta a todos. Portanto, ideologicamente devem apoiá-los. Mesmo que essa maioria se sinta constrangida e prejudicada nos seus interesses nas sociedades ocidentais que as abrigam, se veem moralmente contidas. São as sociedades ocidentais que reclamam dos excessos dos seus e não as delas. O Alcorão pode incitar a violência? Dizem que não. Então vejamos alguns versículos de algumas das suas suras. Todavia, cabe um esclarecimento importante antes dessa apresentação: costuma-se dizer que os ocidentais fazem uma interpretação fora de contexto e tendenciosa de certos versos do Alcorão. A interpretação literal não seria a correta, pois na época em que este livro foi escrito o profeta encontrava-se em guerra. Sim, o livro narra exatamente a história da Jihad, da guerra aos infiéis do islã. Guerra pela implantação de uma crença religiosa.

    Atualmente, fala-se como uma forma de divulgação diplomática do islã, da “Jihad Maior”, aquela descrita como a luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma. Porém, não se explica que essa interpretação é herética no entendimento fundamentalista, pois surgiu depois do século XI, em um livro de al-Kahtib al-Baghdadi. Este foi um controverso intelectual muçulmano e aconselho aos interessados pesquisarem um pouco sobre esse curioso personagem.

    Até então, a Jihad era entendida, desde o século VII, como sendo uma luta no sentido literal, que ficou posteriormente conhecida como “Jihad Menor”, e não no sentido figurado, como propôs al-Baghdadi. Os propagandistas do islã se apoiam na forma interpretativa posterior para acusar os interpretes ocidentais de tendenciosos e utilizarem versículos fora do contexto, mas isso não é verdade. Dizer que a verdadeira Jihad é a luta interior, a “Jihad Maior”, é uma afirmação herética, inclusive às escolas ortodoxas de jurisprudência islâmica, indo contra as palavras do profeta.

    Para aqueles que buscam conduzir suas vidas baseados nos fundamentos do islã, os fundamentalistas, fica valendo a interpretação literal dos versos do Alcorão. Por isso dizem que os “terroristas” (esse nome é usado apenas no Ocidente) não são islâmicos. O curioso, é que verdadeiro islamismo acaba atrapalhando a propagação sua versão Light nos meios mais informados, mais ao gosto ocidental. Mas isso ninguém vai explicar. Pesquise a respeito e veja que al-Baghdadi teve problemas com isso.

    Sura 2,193 “E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Allah”.

    Sura 3, 85 “Quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não o islã, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados.”

    Sura 5:33 – “O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo”.

    Sura 8:12 “E quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois aos fiés! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos!”

    Sura 8:13 “Isso, porque contrariaram Deus e o Seu Mensageiro; que Deus é severíssimo no castigo”.

    Sura 7, 4 “Quantas cidade temos destruído! Nosso castigo tomou-os (a seus habitantes) de surpresa, enquanto dormiam, à noite, ou faziam a sesta”.

    Sura 8, 60 “Mobilizai tudo quanto dispuserdes, em armas e cavalaria, para intimidar, com isso, o inimigo de Deus e vosso, e se intimidares ainda outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece. Tudo quanto investirdes na causa de Deus, ser-vos á retribuído e não sereis defraudados”.

    Sura 8, 72 “Os fiéis que migraram e sacrificaram seus bens e pessoas pala causa de Deus, assim como aqueles que os amparam e os secundaram, são protetores uns aos outros. Quanto aos fiéis que não migraram, não vos tocará protegê-los, até que o façam. Mas se vos pedirem socorro, em nome da religião, estareis obrigados a prestá-lo, salvo se for contra povos com quem tenhais um tratado; sabeis que Deus bem vê tudo quanto fazeis”.

    Sura 8, 74 “Quanto aos fiéis que migraram e combateram pela causa de Deus, assim como aqueles que os ampararam e os secundaram – estes são os verdadeiros fiéis – obterão indulgência e magnífico sustento”.

    Sura 9, 14 “Combatei-os! Deus os castigará, por intermédio de vossas mãos, aviltá-los-á e vos fará prevalecer sobre eles, e curará os corações de alguns fiéis”.

    Sura 8, 60 “Mobilizai tudo quanto dispuserdes, em armas e cavalaria, para intimidar, com isso, o inimigo de Deus e vosso, e se intimidares ainda outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece. Tudo quanto investirdes na causa de Deus, ser-vos á retribuído e não sereis defraudados”.

    Sura 8, 72 “Os fiéis que migraram e sacrificaram seus bens e pessoas pala causa de Deus, assim como aqueles que os amparam e os secundaram, são protetores uns aos outros. Quanto aos fiéis que não migraram, não vos tocará protegê-los, até que o façam. Mas se vos pedirem socorro, em nome da religião, estareis obrigados a prestá-lo, salvo se for contra povos com quem tenhais um tratado; sabeis que Deus bem vê tudo quanto fazeis”.

    Sura 8, 74 “Quanto aos fiéis que migraram e combateram pela causa de Deus, assim como aqueles que os ampararam e os secundaram – estes são os verdadeiros fiéis – obterão indulgência e magnífico sustento”.

    Sura 9, 14 “Combatei-os! Deus os castigará, por intermédio de vossas mãos, aviltá-los-á e vos fará prevalecer sobre eles, e curará os corações de alguns fiéis”.

    Sura 9, 111 “Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos. É uma promessa infalível que está registrada na Torá, no Evangelho e no Alcorão. E quem é mais fiel a sua promessa do que Deus? Regozijai-vos, pois, a troca que haveis feito com Ele. Tal é o magnífico benefício”.

    Qualquer semelhança não é mera coincidência com o perfil desses ataques e organizações. O Alcorão incentiva ou não a violência? Fica difícil alegar inocência do islamismo quando ele mesmo depõe contra si ao tentar impor seu ponto de vista.

    O cristianismo já passou por essa fase. Felizmente, a abnegação dos pensadores ocidentais, de todas as épocas, e o iluminismo, na busca constante do aperfeiçoamento, nos ensinou a arte da persistência, pois o pensamento não tem ponto final. Não nos vieram de graça a liberdade de pensamento e expressão que ora desfrutamos. Custou-nos muitas dores, sangue e lágrimas em nossa construção. Devemos muito a memória daqueles que fizeram por onde.

    • Avatar de arthurmaximus arthurmaximus disse:

      Bom, Ivan, nesse caso sugiro que você leia o último parágrafo do que escreveu, quando diz que “o cristianismo já passou por essa fase”. Logo, a menos que você defenda que também o cristianismo deva ser extirpado, devemos concordar que não há algo fundamentalmente errado com o Islã. Há loucos que matam em nome de Deus e, por uma série de circunstâncias expostas no texto, eles hoje encontram-se majoritariamente no islamismo. Continuo a acreditar, sinceramente, que o melhor que poderíamos fazer é tentar integrar toda essa gente ao nosso lado – a maioria, como você próprio reconhece, é pacífica, ordeira e aceita a religião alheia. Quanto aos extremistas, deve-se caçá-los, prendê-los e julgá-los. Não faz sentido pra mim colocar todo mundo no mesmo balaio de gatos. But that’s just me… Um abraço.

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