Na seqüência desta semana dedicada aos one hit wonders do tênis mundial, vamos à Espanha resgatar um dos mais esdrúxulos casos do gênero: Albert Costa.
Albert Costa
Ninguém dava nada pelo espanhol, muito menos ele. No circuito profissional, tinha 10 títulos, nenhum de grande relevo. Sua maior “conquista” fora o Masters 1000 de Hamburgo, que conquistara em cima de Alex Corretja. E, ainda assim, porque Corretja abandonara o jogo por problemas físicos. Em Grand Slams, sua melhor participação fora no Aberto da Austrália, no qual não passou das quartas-de-final.
Quando desembarcou em Roland Garros para disputar o Aberto da França em 2002, os favoritos eram Guga (então bicampeão do torneio) e seu compatriota, Juan Carlos Ferrero, mais conhecido como Mosquito.
Comendo pelas beiradas, fazendo a cada partida o jogo da sua vida, Albert Costa foi subindo a tabela do torneio como quem não queria nada. Quando menos se esperou, lá estava ele na final contra o Mosquito, favoritíssimo ao título. Na partida, no entanto, Costa não deu chance pra Ferrero. Com direito a um pneu (6×0) no segundo set, Costa massacrou Ferrero em inapeláveis 3 sets a 1.
Depois disso, Albert Costa voltou a virar saco de pancadas do circuito. Como se parecesse ter gastado todo o talento que tinha naquelas duas semanas decisivas em Paris, nunca mais ganhou um torneiozinho sequer. Entrou para a história – com justiça, ressalte-se – como uma das maiores zebras do saibro parisiense.
Bem se vê que não foi por acaso…