Em um Blog no qual o propósito declarado é dar a cara a tapa, obviamente não poderiam faltar polêmicas para incitar o leitor à violência (no bom sentido, claro) contra o Autor.
Para tanto, nada melhor do que misturar dois assuntos controversos e ver o que o povo acha disso. E que mundos seriam tão antagônicos quanto a ciência e a religião?
O post Darwinismo x Criacionismo cumpriu exatamente a esse propósito. Não à toa, quando o Blog não tinha sequer 15 dias de vida, 11 incautos cederam aos apelos deste que vos escreve e comentaram o escrito.
Embora hoje eu provavelmente reescrevesse o texto, mudando-lhe a forma, sinto-me reconfortado que, no mérito, manteria o conteúdo tal e qual postei então.
Darwinismo x Criacionismo
(Publicado originalmente em 28.01.11)
Pra fazer jus ao nome do blog e pra deixar a polêmica truando no final de semana, vou me aventurar em uma discussão científico-religiosa.
Há um certo preconceito da comunidade científica contra o criacionismo. O que é justificável, já que ambos lutam pelo mesmo troféu: o domínio da criação do universo e de suas criaturas. Normalmente, qualquer um que venha a falar em criacionismo é sumariamente desqualificado como obscurantista, carola ou simplesmente tapado. Mas o buraco é mais embaixo.
Pra começo de conversa, o darwinismo é uma teoria cientificamente fraca.
“Fraca?!? Como assim?!?”
É só parar pra pensar. A teoria de Darwin é tautológica. Ela parte do pressuposto de que só os mais aptos sobrevivem (survival of the fittest – não os mais fortes, como erroneamente passado por aí).
É como é aferida essa aptidão? Pelo simples fato de ter sobrevivido. Em outras palavras: o sujeito sobreviveu porque é mais apto; e é mais apto porque sobreviveu. A teoria fica resumida a uma variante daquela propaganda de TV: tem o preço mais baixo porque vende mais, ou vende mais porque tem o preço mais baixo?
Quanto ao criacionismo, ele precisa ser mais bem explicado.
Quem defende o criacionismo não está necessariamente dizendo que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, nem defende o terceto Adão-Eva-Serpente no Jardim do Éden. Como Santo Tomás de Aquino explica na Suma Teológica, quando Deus resolveu dar vida às criaturas, não fez uma a uma, tipo: “Agora, vou criar o gato”; “Agora, vou criar o cachorro”. Não. Ele simplesmente “criou” a natureza, e deixou que ela se encarregasse do resto.
Portanto, sob esse ponto de vista, criacionismo e darwinismo não são necessariamente excludentes. São, na verdade, complementares.
Aliás, o papa Bento XVI sacou isso outro dia, ao chamar para Deus a responsabilidade pelo Big Bang. Se a ciência não consegue achar uma explicação para o porquê da criação do Universo, há alguma razão para excluir a hipótese da Providência Divina?
Pra mim, uma coisa não exclui a outra.
Alguém discorda?
vou discordar postando o seguinte documentário: http://www.youtube.com/watch?v=4tjdSBtqYFo
mesmo documentário com uma edição levemente diferente: http://www.youtube.com/watch?v=N-YHsuSmlVA
e se é pra falar de deus… 🙂
http://www.youtube.com/watch?v=nZiHdycQ0-o
http://www.youtube.com/watch?v=VL62Y7nM3Z8
acho que quem vai levar um tapa na cara (senão um gancho) sou eu: http://www.youtube.com/watch?v=7L7VTdzuY7Y
Que nada, Rômulo, a crítica aqui é sempre bem-vinda. Gostei dos vídeos. O History é um dos melhores canais da TV paga. Mas devo ressaltar em relação ao Stephen Hawking que ele mesmo dizia que a ciência não era incompatível com a idéia de Deus. Pelo menos foi isso que ele escreveu em “Uma breve história do tempo”. O que fez ele mudar de idéia? Vai saber… Um abraço.