Despontando para o anonimato – Semana Especial de Música Clássica

Seguindo com a semana de one hit wonders da música clássica, hoje teremos uma das mais conhecidas: Carmina Burana, do alemão Carl Orff.

Enquanto boa parte da música clássica conhecida data do final do século XVIII até meados do século XIX, Carmina Burana e seu autor são contemporâneos do século XX. Orff nasceu quase nos 1900 (1895), e sua obra mais conhecida data de 1937. Comparada às outras, é quase um bebê musical.

Nessa composição, Orff denuncia desde logo sua inspiração beethoveniana. Todos os quatros movimentos da cantata contam com um coro ao fundo, que, na verdade, é o que dá a graça da composição. Os metais impõem um tom grave à composição, devidamente ladeados pela percussão pesada. Os instrumentos de corda têm lá sua importância, mas não são eles que dão o tom da música. Talvez por isso mesmo, alguns diretores tenham tido a idéia de utilizá-la como trilha sonora de seus filmes, especialmente em momentos de uma seqüência frenética marcada pelo suspense.

Carmina burana desenvolve-se em ritmo grandioso. A primeira parte é a mais conhecida – O Fortuna, Imperatrix Mundi, que pode ser traduzido como Ó, Sorte, Imperatriz do mundo. Ao contrário das sinfonias, digamos, convencionais, Carmina burana não é uma história com enredo: começo, meio e fim. Sua origem remonta a um escrito poético medieval do século XIII, o Codex Latinus Monicensis. Vindo de uma família de eruditos, Carl Orff em momento algum negou a origem de onde tinha bebido a inspiração para sua composição.

Abaixo, a versão correta de Seiji Ozawa, regendo a sempre excelente Filarmônica de Berlim. Com a vantagem – ou desvantagem – de ter a letra legendada em português.

 

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