Un musée pour la vie entière

Esqueça National Gallery, Museo del Prado, Smithsonian… Se há um museu que você tem que visitar, ao menos uma vez na vida, esse museu é o Louvre.

O Louvre é o museu. Na verdade, é os museus. Sim, porque o Louvre são uns 15 museus reunidos em um só. Quer ver antigüidades egípcias? Tem. Quer ver pintura renascentista? Tem também. Arte flamenca, esculturas clássicas, pintores espanhóis, relíquias persas? Tem, tem, tem. E olha que tiraram as pinturas modernas e impressionistas dos Sex. XIX e XX e trasladaram par ao Museu D´Orsay.

Esse é um dos problemas do Louvre. Ele é grande demais. Mesmo que você queira, você jamais conseguirá visitá-lo todo em um único dia. Com muita disposição e uma certa dose de boa vontade, talvez você consiga andar por todo o museu em um único dia (isso, é claro, se você não reparar no que há nas paredes). Não sem sair com as pernas latejando e o corpo implorando por uma cama para arriar.

Antes de tornar-se um museu, o Louvre era um palácio real. Construído e reconstruído diversas vezes, passando por várias ampliações, o então “Palais des Tulleries” acabou se tornando o maior palácio real da Europa.  Seu último hóspede foi Luís Bonaparte, vulgarmente conhecido com Napoleão III. Nouveau riche como só ele, Luís Bonaparte fez decorar o palácio com que havia de mais lindo – e caro – na época. Não por acaso, parte do Louvre daquela época foi mantida, e hoje funciona como uma atração em separado, os chamados Aposentos de Napoleão III.

E aí está o outro grande problema do Louvre. O prédio em si mesmo é uma atração à parte. Por incrível que pareça, há salas onde o encanto é maior ao se olhar a estrutura e a decoração do edifício do que as obras que estão penduradas nas paredes. É por isso que muitas pessoas dizem que, como museu, o Louvre é um equívoco, porque sua beleza e imponência funcionam como distração para o visitante.

De todo modo, algumas das mais belas obras já concebidas pelo homem estão lá. A Vênus de Milo, que flutua soberana em uma sala enorma onde só há ela;

A Vitória de Samotrácia, ou Vitória Alada:

E, é claro, A Mona Lisa (se bem que você provavelmente vai se decepcionar com o tamanho da tela):

Isso para não falar do Código de Hammurabi, das relíquias fenícias, das múmias egípcias, e etc, etc, etc…

Visitar o Louvre exige planejamento.

Primeira dica: Chegue pelo metrô. A estação Palais Royal – Musée du Louvre permite que você entre direto pelo Carrossel, onde a fila da segurança é um pouco menor do que na pirâmide, que é a entrada principal. Há ainda as entradas laterais de Sully, Richelieu e Denon. Em todas você vai passar pelo mesmo esquema de segurança; o que vai diferenciar é o tamanho da fila. Aí vai um plano geral do Louvre:

Segunda dica: compre o Paris Museum Pass. Assim, você pode pular a fila do ingresso e entrar direto nas entradas. Uma fila a menos. Ou então, se você viaja on bugdet, planeje sua viagem de modo com que sua visita ao Louvre caia no primeiro domingo do mês. Nesse dia, a entrada é franca, e você poupa algumas eurotas pra gastar com bugigangas.

Terceira dica: Leve água e alguma coisa pra beliscar enquanto anda, pra não ter que ficar saindo do roteiro toda vez que sentir sede ou fome.

Quarta dica: Escolha no mapa quais as atrações que você quer ver. A não ser que você seja muito pretensioso, esqueça a idéia de conhecer tudo de uma vez só, num único dia. Veja o que você mais quer conhecer e planeje os deslocamentos dentro do Louvre. Nos mapas estão indicadas as salas e as atrações mais conhecidas, o que ajuda no seu planejamento. Aí abaixo vão os mapas de dois andares do museu:

No mais, tente conter a emoção e profitez le paysage. Acredite: nunca mais na vida você será o mesmo depois de conhecer o Louvre.

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2 Responses to Un musée pour la vie entière

  1. Avatar de Ana Ana disse:

    Conhecer o Louvre é realmente uma grande experiência.
    Uma primeira visita assim bem planejada é interessante, mas também é fantástico simplesmente se perder lá dentro…

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