Já há algum tempo uma das seções mais cultuadas deste espaço anda sem atualizações. Para retomar as Dicas de Viagem com alguma coisa que efetivamente faça diferença nas vossas vidas, vamos aqui deitar algumas linhas sobre como aproveitar ao máximo os inevitáveis gastos com o transporte aéreo internacional.
Como todo mundo está careca de saber, o custo do avião é o que normalmente mais pesa no seu orçamento de viagem. Lugar para ficar, todo mundo arranja. Se não for na casa de um amigo ou de um parente, há sempre opções de pousadas e de hotéis “meia estrela” para se abrigar quando se viaja on budget. Comer também não chega a ser um grande problema. Para os que têm estômago mais forte e não são importam com decigramas a mais no seu exame de colesterol, os fast foods sempre conseguem desenrolar os hidratos de carbono necessários para manter o corpo de pé.
Mas o transporte, não. Salvo para quem vive perto de fronteiras – como no Sul – e não vai viajar para muito longe – Paraguai, Argentina ou Uruguai – o único modo de sair do país é pelo aeroporto. E, de uns tempos pra cá, as tarifas das companhias aéreas só tem conhecido uma direção: morro acima.
A questão que fica, pois, é a seguinte: como fazer para gastar menos em passagens aéreas internacionais?
Salvo a óbvia dica de ficar atento às promoções, a alternativa mais evidente é planejar a viagem com antecedência. Comprando o ticket aéreo com 3 ou 4 meses de antecedência, o valor tende sempre a ser mais baixo do que aqueles comprados a menos de duas semanas da passagens. Se for possível, fuja dos períodos de alta estação (julho-agosto e (dezembro-janeiro), pois, como a demanda nesses meses é alta, mesmo comprando a passagem com antecedência o valor será maior do que a média.
Fora isso, uma dica muito pouco utilizada pelos passageiros brasileiros é a modulação do tempo nas escalas. Pouca gente sabe, mas, quando você compra uma passagem aérea com conexão, você pode pedir para fazer uma “longa escala”. Assim, com o preço de uma só passagem, você consegue aproveitar e viajar para várias cidades.
Imagine, por exemplo, uma viagem na qual você saia de Fortaleza para Roma, com escala em Lisboa. Imagine, agora, que o trajeto de volta seja Roma-Fortaleza, com escala em Madrid.
Pois bem. Saindo, por exemplo, no dia 30 de março de Fortaleza para Lisboa, você pede para fazer uma longa escala na capital portuguesa. Ao invés de fazer conexão imediatamente no aeroporto, você desembarca e passa 3 dias curtindo a primavera lisboeta. De lá, segue seu caminho para Roma no dia 2 de abril. Depois de uma semana na Itália, você faz o mesmo esquema: sai de Roma para Madrid no dia 9 de abril, desce na capital espanhola, passa 3 dias por lá, e depois pega o avião de volta para Fortaleza no dia 12.
Fazendo dessa forma, você consegue conhecer mais cidades gastando menos. Como o preço da passagem é o mesmo, com escala longa ou curta, é como se você recebesse de graça os trechos Lisboa-Roma e Roma-Madrid. Sem gastar um tostão a mais, você ganhou a possibilidade de conhecer as duas capitais ibéricas e, assim, “agregar” mais ao seu roteiro turístico.
O único inconveniente dessa modalidade é que você não consegue fazer isso sozinho, comprando pelos sites das companhias aéreas. Para esquematizar a longa escala, você precisará da ajuda de um agente de viagens, isto é, você terá necessariamente de comprar as passagens por intermédio de uma agência de turismo. Em que pese o valor pago a mais pela comissão do agente, ainda assim a economia pelo “não pagamento” dos trechos internos transformados em “longa escala” compensa.
Fica, pois, a dica para as suas próximas viagens.
Essa dica merece 18 valores, classificação excelente! Rsrsrs bjos
Hehehe, brigado, minha amiga. Beijos.