Uma dificuldade sentida por boa parte das pessoas que – como eu – são semialfabetizadas em informática, é saber que tipo de computador comprar. Isto é: compro notebook ou desktop? Quantos gigas de HD? Quantos gigas de memória Ram? E afinal, o que diabo é “rã”?
Bom, vou tentar recorrer a uma metáfora culinária pra explicar os principais ingredientes que formam um bom computador. E antes que alguém reclame, isso não é nenhum tipo de indireta ou preconceito com as mulheres. Só não consegui pensar em nada melhor pra explicar.
Seguinte:
Todo computador tem um processador: Pentium, Athlon, etc. O processador é o cérebro do computador. Ele seria, na metáfora culinária, o cozinheiro, ou seja, o sujeito responsável por organizar os ingredientes e fazer a receita. Portanto, quanto melhor o processador, mais “inteligente” e desenrolado é o cozinheiro.
As marcas dominantes de processador são a Intel (responsável pelo Pentium) e AMD (responsável pelo Athlon). Existem também os da Apple, mas esses são um caso à parte (assim como tudo o mais da Apple).
Há quem diga que a Intel é melhor, mas, no fundo, no fundo, ambos se equivalem. Procure apenas saber e procurar pelo mais novo, que normalmente é melhor do que os mais antigos.
Outra coisa é o clock. Sabe aquela indicação de “tantos Hertz por segundo”? Ou tipo: “Pentium 2, 2.4Hz”? Pois é. Isso é o clock. Na verdade, isso indica tão-somente a velocidade de processamento do computador. Ou, em termos culinários, quantas operações simultâneas o seu cozinheiro consegue fazer por segundo (cortar batata, picar cebola, etc.). Quanto maior, mais rápido, e potencialmente melhor.
Depois do cozinheiro e da velocidade de processamento, o mais importante num computador é o tamanho da despesa. Por despensa, entenda-se: o famoso HD (Hard Disk). “Pentium 2, 2.4 Hz, 500Gb”, por exemplo. Esses “500Gb” são a capacidade de armazenamento do HD. É lá que os dados e os programas (ingredientes) ficam armazenados. E é lá que o cozinheiro (processador) vai buscá-los quando precisa de alguma coisa.
Se você gostar muito de armazenar fotos, vídeos e outros arquivos pesados, compre um com bastante espaço no HD. Se usa só pra planilhas de cálculos e escrever textos no Word, não precisa exagerar nesse quesito. Uns 120Gb são mais do que suficientes.
Cozinheiro, velocidade de pensamento, despensa…que mais? Ah, panela.
Sim, a famosa memória “rã” não é nada mais do que a “panela” onde são colocados os ingredientes pelo cozinheiro. Portanto, de nada adiante você ter um bom cozinheiro, rápido, um grande espaço pra colocar os melhores ingredientes, e se ver com uma panela pequena, que não dá nem pra fazer omelete.
Em geral, o recomendado, hoje, são no mínimo 2Gb de memória RAM. Menos que isso, o computador tende a ficar lento, especialmente se você gosta de fazer várias coisas ao mesmo tempo (escrever texto, abrir o Excel, mexer no MSN e abrir umas 30 páginas de Internet ao mesmo tempo). Pra quem mexe com vídeos, tipo gente de marketing, o ideal é de 4Gb pra lá.
Há também os acessórios. Mas esses normalmente não influem no rendimento da máquina. Se você não for vidrado em jogos de computador, por exemplo, itens como Placa de Vídeo, Placa de Som e otras cositas más são inteiramente supérfluas. Pode descartar de cara.
No mais, tente procurar uma boa marca, tipo HP, IBM, Dell, pois as marcas “genéricas” são bem menos confiáveis.
Acho que, com essas informações, pelo menos será mais fácil saber do que você precisa pra não comprar mais do que o necessário. Lições de economia doméstica…
Eu recomendaria, também, verificar a garantia da máquina, já que algumas marcas se recusam a ir buscar seu computador, caso ele dê problemas, empurrando a despesa para o consumidor. Outras, mandam buscar em casa, ficando a cargo das despesas de envio. Acho que a Dell é uma que manda recolher a máquina problemática no endereço onde ela estiver.
Grande dica, Big Sandro. De fato, a escolha da marca com garantia mais confiável deve ser um dos fatores decisivos na hora da escolha de qual computador comprar. Abraços.