Pra fazer jus ao nome do blog e pra deixar a polêmica truando no final de semana, vou me aventurar em uma discussão científico-religiosa.
Há um certo preconceito da comunidade científica contra o criacionismo. O que é justificável, já que ambos lutam pelo mesmo troféu: o domínio da criação do universo e de suas criaturas. Normalmente, qualquer um que venha a falar em criacionismo é sumariamente desqualificado como obscurantista, carola ou simplesmente tapado. Mas o buraco é mais embaixo.
Pra começo de conversa, o darwinismo é uma teoria cientificamente fraca.
“Fraca?!? Como assim?!?”
É só parar pra pensar. A teoria de Darwin é tautológica. Ela parte do pressuposto de que só os mais aptos sobrevivem (survival of the fittest – não os mais fortes, como erroneamente passado por aí).
É como é aferida essa aptidão? Pelo simples fato de ter sobrevivido. Em outras palavras: o sujeito sobreviveu porque é mais apto; e é mais apto porque sobreviveu. A teoria fica resumida a uma variante daquela propaganda de TV: tem o preço mais baixo porque vende mais, ou vende mais porque tem o preço mais baixo?
Quanto ao criacionismo, ele precisa ser mais bem explicado.
Quem defende o criacionismo não está necessariamente dizendo que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, nem defende a trilogia Adão-Eva-Serpente no Jardim do Éden. Como Santo Tomás de Aquino explica na Suma Teológica, quando Deus resolveu dar vida às criaturas, não fez uma a uma, tipo: “Agora, vou criar o gato”; “Agora, vou criar o cachorro”. Não. Ele simplesmente “criou” a natureza, e deixou que ela se encarregasse do resto.
Portanto, sob esse ponto de vista, criacionismo e darwinismo não são necessariamente excludentes. São, na verdade, complementares.
Aliás, o papa Bento XVI sacou isso outro dia, ao chamar para Deus a responsabilidade pelo Big Bang. Se a ciência não consegue achar uma explicação para o porquê da criação do Universo, há alguma razão para excluir a hipótese da Providência Divina?
Pra mim, uma coisa não exclui a outra.
Alguém discorda?
Meu caro Senador, suas observações são, como quase sempre instigantes. porém, penso eu que se a teoria de Darwin hoje lhe parece fraca, foi ela que, ao longo da história, estimulou inúmeros, complexos e profundos estudos sobre a origem das espécies animais, sobretudo o homem. Para chegar a conclusão de que o homem sapiens ( nós outros) somos fruto de processo evolutivo, Darwin desenvolveu com, com muita propriedade, um fecundo estudo biológico.
Meu caro Comandante,
Dê uma lida na resposta ao comentário filonazista que entenderás um pouco mais o meu raciocínio.
Um abraço.
Agora entendi… é grande Garga bem inspirado…e isento ideologicamente, não é mesmo?
Detesto gente que se mete a escrever sobre o que não entende. Quando li as bobagens sobre a teoria da relatividade, não fiz comentário por uma questão de educação. Mas com essas asneiras sobre a teoria da evolução, não posso me omitir. Para começar, a expressão “Survival of the fittest” não representa o defendido na teoria da evolução darwinista. A frase é um mito já bastante manjado, que deveria ser do conhecimento de quem se propõem a escrever sobre o assunto. Quanto ao criacionismo.. bom, não suporto essas beatas que fazem um esforço tremendo para conciliar essas idéias religiosas (e OBSCURANTISTAS) com a Ciência. Portanto, para se manter um nível mínimo desse blog, sugiro o autor se detenha em seus posts a assuntos que tenha um mínimo conhecimento.
O sujeito ter email da Gestapo e assinar Heinrich Himmler me acusando de “obscurantista” é engraçado.
Mais engraçado é que sua “argumentação” só vem comprovar o que eu havia escrito: quem vier falar de criacionismo é sumariamente desqualificado como obscurantista. Gostaria de ver os “argumentos” da fina estirpe Nacional Socialista.
Dizer que Darwin não falou na sua obra em “sobrevivência dos mais aptos” é tão correto quanto dizer que Monstesquieu não fala sobre “separação de poderes” n´O Espírito das Leis. Não se trata de citaçao textual, mas de conclusão a que se chega a partir do raciocínio descrito nela.
Poderia escrever páginas e páginas sobre mutações genéticas aleatórias e seleção natural, para depois explicar que somente a adaptação ou não da variante genética da espécie dirá sobre sua capacidade de sobreviver no mundo lá fora. Não é mais simples e mais inteligível dizer simplesmente “sobrevivência dos mais aptos”?
A crítica à Darwin, aliás, é compartilhada por um sujeito chamado Eric Hobbsbawn. Insuspeito, Hobbsbawn é historiador e comunista. Logo, Deus é algo em que ele não acredita. Muito menos na Igreja Católica. Leia, a propósito, o Longo Século XVIII (1789-1914) – Era das Revoluções(1789-1848).
Não vale historiador? Tudo bem. Vai um cientista: Roberto Gallo, um dos cientistas que isolou o vírus da AIDS. Ele foi um dos que defendeu a mesma coisa que escrevi: criacionismo não é incompatível com darwinismo. Se quiser, pode verificar na entrevista que ele deu ao Roda Viva em 9 de outubro de 2006.
No mais, sugiro que da próxima vez o nobre comentarista siga o lema do Blog e dê a cara a tapa. Exponha seus argumentos e prepare-se para a pancada.
Do contrário, sugiro que fique no inferno mesmo, que é melhor.
Bom, como não tenho tempo para ensinar aos leigos sobre a teoria da evolução, aconselho ao senhor essa explicação elementar: “http://en.wikipedia.org/wiki/Survival_of_the_fittest”. Em relação ao argumento de autoridade do “cientista” ROBERT Gallo, bem, basta dizer que ele furtou a pesquisa do cientista francês, Luc Montagnier (http://ori.hhs.gov/education/products/unh_round1/www.unh.edu/rcr/Misconduct-FraudGoTo2.htm),
sendo uma ovelha negra na comunidade científica. Aliás, essa citação realmente combina com a credibilidade de seu post.
Quanto a citação do comuna Eric Hobsbawm, basta dizer que o velhinho é marxista até hoje; daí você vê como ele tem “bom senso”. Vou parar por aqui para não aumentar o vexame desse post.
Sieg Heil!
Esperava argumentos, Herr Himmler, ARGUMENTOS.
Robert Gallo é o cara. Só porque o outro ganhou o Nobel não quer dizer nada. O Marconi não inventou o telefone e não foi o Graham Bell quem levou a fama?
Sobre o Hobsbawn, o velhinho é marxista, mas é porreta. Além disso, quando ele escreveu Era das Revoluções, só tinha uns 90 anos, e não 150 como agora.
Apelar para citações de Wikipedia é deprimente. Tsc, tsc, tsc.
Sem mais.
Arrasou com sua resposta!!! Não ligue pra esse povo que gosta de causar polêmicas e querem colocar os outros pra baixo, pessoas assim só tendem a quebrar a cara na vida, querendo se mostrar melhor que os outros quando na verdade estão se enganando e afundando em suas ideologias errôneas, concordo plenamente com seu raciocínio Artur Maximus, e continue fazendo essas postagens muito bem elaboradas.
Obrigado, Laryssa. Muito gentil da sua parte. Um abraço.
Para o Heinrich Luitpold Himmler:
Buuuuuuuuufo!
Bem… relativamente a este post, a evolução por selecção natural não é um axioma da Teoria sintética da Evolução, mas sim um facto observado experimentalmente em laboratório (em culturas de bactérias). A Teoria sintética da evolução afirma a sobrevivencia dos mais aptos porque esta já foi directamente observada. Além disso, a sobrevivencia do mais apto, actualmente refere-se á selecção natural dos genes no fundo genético de uma população que trazem mais beneficios para estes endividuos. É, no entanto uma boa reflexão pois de facto o criacionismo e o evolucionismo não são totalmente exclusivos, embora a ideia de que se pode aceitar uma evolução “guiada” não é das melhores, pois segundo a Teoria Sintética da Evolução esta é orientada pela selecção natural relativamente á predominancia de determinados genes no “fundo”.
Sugiro uma visita ao meu blog, nomeadamente a este post: http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/2012/06/criacao-vs-evolucao.htm
Muito giro o comentário, Maria. De facto, tentei apenas dar uma noção básica sobre a controvérsia, a afastar a aproximação por vezes apressada e equivocada sobre os dois conceitos. Lerei atentamente o post enviado. Abraços.
Pingback: A velha briga entre Darwinismo e Criacionismo, ou A Ciência refuta Deus? | Dando a cara a tapa
Não descordo de vc. Aliás tenho minha própria teoria…ahhhh!!! Minha própria teoria!!!! Sim!! Minha própria teoria. Houve o big bang? Houve. Houve a e evolução das espécies? Houve. Deus, fez o homem a sua semelhança? Porque não?!? Pode sim ter feito. Minha teoria e que tudo foi um por acaso. O sol na distância propicia à vida, a massa que formou a terra, as especies se transformando e evoluindo até hoje… Enfim, foi tudo um por acaso. O criacionismo, o darwinismo, e outras teorias investigativas estão ligadas de certa forma. Isso aí.