Pagando gorjetas nas viagens internacionais

Uma coisa que normalmente aflige os marinheiros de primeira viagem e, ao receber a conta, ficar na dúvida: devo pagar gorjeta? Se pagar, quanto devo pagar? Se não pagar, tem  problema?

E isso não só para restaurantes, mas para virtualmente todos os serviços dos quais você precise: táxi, hotel, guia de turismo, etc.

De fato, aqui no Brasil é muito mais fácil, porque normalmente a gorjeta dos garçons vem discriminada na conta, e o percentual é sempre o mesmo: 10% onde quer que se vá. Na Europa, no entanto, a coisa complica um pouco, porque quase nunca – na verdade, nunca mesmo (não que eu lembre) – a gorjeta vem cobrada na conta. Cabe a você adivinhar o quanto pagar para fazer a felicidade do atendente.

Nos restaurantes, a forma de cobrança varia de país para país. Na França, por exemplo, muitos restaurantes exibem no final do menu um aviso: service compris, ou seja, o serviço está incluso. Não é necessário pagar nada além do que vem cobrado. No entanto, se o serviço for bom, não hesite em deixar uma gorjeta para o garçom, salvo se você realmente não for voltar ao local. Algo entre 10% e 15% do total da conta está de bom tamanho.

Parênteses. Como norma de polidez, nunca chame um garçom mais idoso na França de “garçon”. A palavra de origem francesa significa “moço”. Para os mais jovens, não há problema. Mas um sujeito de mais idade pode se sentir ofendido ao ser chamado assim. Seria algo parecido a chamá-lo de “moleque” em português, sem motivo algum. Por isso, prefira chamá-lo de monsieur. Fecha parênteses.

Na Espanha e em Portugal, aplica-se a mesma regra. O serviço normalmente está incluído no preço dos pratos, mas, ao contrário da França, é difícil encontrar indicação de “serviço incluso”. O mesmo vale para Reino Unido e Alemanha.

Para os táxis, a coisa complica um pouco. No Brasil, é difícil imaginar alguém deixando uma gorjeta para o taxista, porque não é costume por aqui. No exterior, a cobrança varia de país para país. Em Portugal, por exemplo, o sujeito adiciona um valor (em torno de EU$ 1) para cada volume de mala que você trouxer. Na França, não acontece a mesma coisa. Mas normalmente se paga uma gorjeta de 10% para o taxista que te pega no aeroporto. Se você não der, prepare-se para levar grito ou, no mínimo, uma bela cara feia. Nos demais países, costuma-se arredondar o valor da corrida. Tipo: se a viagem custou EU$ 18,50, paga-se EU$ 20 e não se pede o troco.

Nos hotéis, eu mesmo nunca paguei gorjeta, salvo aos carregadores de mala. Normalmente, paga-se entre EU$ 1 e EU$ 2 por volume, a depender do peso da mala, é claro. Nos Estados Unidos, os valores são os mesmos, só que em dólar.

Há sites e livros de viagem que falam em pagar 10% a mais na estadia para ser “distribuída” aos funcionários, mas eu nunca soube de alguém que tenha feito semelhante coisa. Se o hotel dispuser de restaurante, siga a regra do país, deixando a gorjeta em dinheiro para o garçon (já que a conta da comida normalmente vem junto com a da estadia).

Não se esqueça: pagar gorjeta é um gesto de amabilidade. Uma maneira de reconhecer um serviço bem prestado. Tente colocar-se na posição de quem presta o serviço: você não gostaria de ser recompensado quando prestasse realmente um excelente serviço? Pois é. O sujeito também pensa assim.

De todo modo, uma regra é universal: só pague gorjeta se for oferecido um bom serviço. Se você não gostar do atendimento, não pague. Simples assim.

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